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Mudanças nas regras de aposentadoria em 2025 complicam planejamentos

Decio Caramigo
12:42 07.01.2025
Jornalismo

Mudanças nas regras de aposentadoria em 2025 complicam planejamentos

Novas normas da Reforma da Previdência tornam o processo mais desafiador, exigindo maior preparo aos trabalhadores

Decio Caramigo - 07.01.2025 - 12:42
Mudanças nas regras de aposentadoria em 2025 complicam planejamentos
Foto: Divulgação.

As regras de transição da Reforma da Previdência, válidas desde 1º de janeiro de 2025, estão trazendo novos desafios para quem pretende se aposentar neste ano.

Durante entrevista ao Jornal Novabrasil, apresentado por Michelle Trombelli e Roberto Nonato, a advogada Maria Faiock, especialista em Direito Previdenciário, destacou mudanças que afetam diretamente os trabalhadores, especialmente nas modalidades de aposentadoria por tempo de contribuição e pela regra dos pontos.

Segundo Maria, “a cada ano, no dia 1º de janeiro, algumas normas se ajustam até que a reforma seja totalmente consolidada em 2031”. Ela explica que essas alterações exigem um planejamento cuidadoso por parte dos segurados para evitar perdas financeiras.

Aposentadoria por tempo de contribuição está mais rígida

Uma das principais mudanças é o aumento da idade mínima para aposentadoria por tempo de contribuição. Agora, mulheres precisam ter 59 anos de idade e 30 anos de contribuição, enquanto homens necessitam de 64 anos de idade e 35 anos de contribuição.

Antes da reforma, não havia exigência de idade mínima nessa modalidade, “bastava atingir o tempo de contribuição para se aposentar. Hoje, é necessário cumprir a idade mínima também”, explicou Maria.

Regra dos pontos ficou mais difícil em 2025

A regra dos pontos, que combina idade e tempo de contribuição, também foi alterada. Este ano, mulheres precisam somar 92 pontos, enquanto homens devem alcançar 102 pontos.

Essa modalidade não exige idade mínima, mas os requisitos estão mais complexos. “É uma soma: 30 anos de contribuição para mulheres ou 35 anos para homens, mais a idade do trabalhador. Se atingir o total exigido, já é possível se aposentar”, detalhou a advogada.

Atenção aos cálculos e ao uso da calculadora do INSS

Maria Faiock enfatizou a importância de simulações para escolher a melhor data de aposentadoria e evitar prejuízos. “Muitas pessoas erram ao não esperar alguns meses e acabam recebendo valores menores. É crucial analisar todas as regras de transição disponíveis”, afirmou.

Ela alertou ainda para o uso da calculadora do INSS, que pode trazer resultados imprecisos. “Relatos de erros são comuns. Se isso ocorrer e o valor for baixo, é possível cancelar o benefício, mas o segurado não pode ter sacado nenhum pagamento ou o FGTS”, orientou.

Planejamento previdenciário é essencial

Com a complexidade crescente, a advogada recomenda buscar auxílio profissional para um planejamento previdenciário adequado. “Quem quer se aposentar precisa se programar, fazer cálculos e analisar os cenários. Um erro pode custar caro, tanto em tempo quanto em dinheiro”, finalizou.

As regras gerais da reforma estipulam aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com pelo menos 15 anos de contribuição. Para quem já estava no sistema antes de 2019, as regras de transição seguem até 2031, tornando indispensável o acompanhamento especializado.

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