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10 anos sem Suassuna: “Nos ensinou a beleza do riso e a importância de sonhar”, diz Chalita

Pensa Comigo com Gabriel Chalita
13:50 24.07.2024
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Pensa Comigo com Gabriel Chalita

Escritor, filósofo e professor
Jornalismo

10 anos sem Suassuna: “Nos ensinou a beleza do riso e a importância de sonhar”, diz Chalita

Católico assumido, torcedor do Sport, Intelectual, escritor, dramaturgo, ele foi um dos maiores pensadores da nossa história

Novabrasil - 24.07.2024 - 13:50
10 anos sem Suassuna: “Nos ensinou a beleza do riso e a importância de sonhar”, diz Chalita
Ariano Suassuna | Foto: Reprodução

O escritor Ariano Suassuna foi tema da coluna de Gabriel Chalita nesta quarta-feira (24). A morte do escritor paraibano completou dez anos nesta terça-feira (23). Ele morreu em 23 de julho de 2014, dias após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral)

Católico assumido, torcedor do Sport, Intelectual, escritor, teórico da arte, dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, artista plástico, professor, advogado e palestrante, Suassuna foi um dos maiores pensadores da nossa história.

Chalita destacou algumas frases marcantes do escritor como: “O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado” e “A tarefa de viver é dura, mas fascinante”.

Confira abaixo:

Quem foi Ariano Suassuna?

Criado em uma família de intelectuais, desde cedo foi influenciado pelas artes e pela cultura popular do Nordeste do Brasil. Seu pai, João Suassuna, foi governador do estado da Paraíba e seu avô, João Ribeiro de Suassuna, foi um importante escritor e político. 

Ariano Suassuna estudou Direito na Universidade Federal de Pernambuco, onde também se envolveu com movimentos artísticos e culturais.

Durante sua juventude, ele foi um dos fundadores do Movimento Armorial, que buscava valorizar e difundir as manifestações culturais tradicionais do Nordeste brasileiro, como a literatura de cordel, a música de viola e a xilogravura.

Em 1956, Suassuna escreveu a sua peça mais famosa e importante, Auto da Compadecida. A obra mistura elementos da tradição da literatura de cordel com o teatro clássico e popular, criando um estilo único e inovador. A peça se tornou um grande sucesso e é considerada uma das mais importantes do teatro brasileiro, tendo ganhado também uma versão para o cinema, em 2000. 

As peças mais conhecidas de Ariano Suassuna

A partir daí, Ariano Suassuna consolidou sua carreira como escritor e dramaturgo, produzindo diversas peças teatrais, romances, ensaios e poemas. Suas obras frequentemente abordam temas ligados à cultura nordestina, à religiosidade popular e à crítica social. 

Entre suas peças mais conhecidas estão:

  • O Santo e a Porca (1957);
  • O Casamento Suspeitoso (1957);
  • e Farsa da Boa Preguiça (1960).

Além do teatro, ele também escreveu romances, como Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971). 

Prêmios e Honrarias

Ariano Suassuna recebeu diversos prêmios e honrarias ao longo de sua carreira, sendo um dos escritores mais importantes e respeitados do Brasil. Ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1989, ocupando a cadeira número 32.

Além de sua carreira literária, Suassuna também foi professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco, onde lecionou por muitos anos. 

Sua atuação como educador e sua paixão por disseminar a cultura nordestina influenciaram gerações de estudantes e artistas, tendo deixado um legado significativo para a literatura e para a cultura brasileira como um todo.

Sua obra continua sendo estudada e apreciada, mantendo-se como referência na valorização da cultura popular e no fortalecimento da identidade nordestina.

O escritor também era uma apaixonado pelo Brasil. Em jantar em casa de amigos, Suassuna descobre que a humanidade se dividia em quem já foi e quem jamais foi à Disneylândia. Relembre abaixo o fato citado por Gabriel Chalita na sua coluna na Novabrasil.

Confira abaixo:

As 10 melhores frases de Ariano Suassuna

E, para homenagear Ariano Suassuna neste dia, separamos 10 de suas célebres e inesquecíveis frases:

1- Os doidos perderam tudo, menos a razão. Têm uma (razão) particular. Os mentirosos são parecidos com os escritores que, inconformados com a realidade, inventam outras.

2 – Não troco o meu ‘oxente’ pelo ‘ok’ de ninguém!

3 – Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.

4 – Tudo que é bom de passar é ruim de contar. E tudo que é ruim de passar é bom de contar.

5 – Eu divido a humanidade em duas metades: de um lado os que gostam de mim e concordam comigo. Do outro, os equivocados.

6 – É tanta qualidade que exigem para dar emprego, que não conheço um patrão com condições de ser empregado.

7 – Ser poeta é muito bom porque eu não tenho nenhuma obrigação de veracidade. Eu posso mentir à vontade, cientista é que não pode.

8 – O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado.

9 – Quem gosta de ler não morre só.

10 – A tarefa de viver é dura, mas fascinante.

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