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Como o Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027?

Anita Efraim
17:00 29.10.2024
Autor

Anita Efraim

Jornalista
Esportes

Como o Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027?

A busca pela profissionalização é um dos principais objetivos das políticas públicas implementadas, já que quase metade das jogadoras adultas no país não recebem sequer uma ajuda de custo

Novabrasil - 29.10.2024 - 17:00
Como o Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027?
Medalha de parta em Paris reacende a esperança por um título inédito na Copa do Mundo de 2027 | Foto: CBF

A profissionalização do futebol feminino no Brasil foi colocada como uma das prioridades pelo Ministério do Esporte no ano passado, quando o país ainda pleiteava ser a sede da Copa do Mundo 2027 da modalidade. Desde então, estão sendo desenvolvidas ações para fortalecer as mulheres que jogam no país e mostrar ao mundo que podemos ser também uma referência do esporte na América Latina.

Um dos passos para trilhar esse caminho é a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino. O projeto prevê ações para aumentar a profissionalização na área. O ministro do Esporte, André Fufuca, ressaltou, na ocasião do lançamento da estratégia, que “o esforço reflete o compromisso do Governo Federal e do Ministério em promover o futebol feminino e seu papel transformador”.

Diagnóstico da precarização

O diagnóstico do futebol feminino no Brasil, publicado em julho de 2023, mostra que o futebol feminino ainda é predominantemente amador no Brasil. Segundo a sondagem, apenas 19,2% das atletas possuem vínculo profissional, enquanto 4,9% têm contrato de trabalho temporário e 1,2%, contrato de formação. Os dados foram coletados e analisados pela Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.

Quase 5 em cada 10 jogadoras adultas no Brasil não recebem salário ou qualquer ajuda de custo. Além disso, cerca de 70% das profissionais que atuam no futebol feminino fazem dupla jornada, dedicando-se também a outras atividades para complementarem seus vencimentos.

Como chegar lá?

São pelos menos cinco pilares principais que compõem a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino. O primeiro é oferecer cursos de capacitação para atletas, paratletas, treinadoras, árbitras, assistentes, gestoras e demais agentes do futebol. O objetivo é alcançar 1,5 mil beneficiárias que possam aumentar a presença de mulheres em posições de liderança no futebol.

Estão previstas também campanhas de conscientização e combate à discriminação de mulheres na prática desportiva e a criação de incentivos fiscais para empresas e pessoas físicas que invistam em programas de desenvolvimento da modalidade.

Mais competições, torneios e festivais de categorias de base e profissionais estão no radar da política pública. Serão apoiados ainda centros regionais de treinamento voltados à prática do futebol por mulheres e ações desse tema, que estão contemplados pela Rede de Desenvolvimento do Esporte.

Novos talentos

Para a próxima Copa do Mundo, nomes que marcaram a história do futebol feminino brasileiro, como Marta e Formiga, não estarão em campo. A presença de Cristiane ainda não está confirmada. Por isso, entre as tarefas do técnico Arthur Elias, está encontrar os nomes certos para levar o Brasil à taça, um título inédito. 

Por meio da política de incentivo, o objetivo é que, em dois anos, o Brasil possa seguir o caminho de ser uma potência da modalidade e, quem sabe, conseguir o primeiro Mundial da história em casa, em 2027. 

A atacante Gabi Portilho, do Corinthians, é um dos nomes que tem aparecido em todas as listas recentes de convocadas. Ela foi a autora do gol brasileiro que eliminou a França da Olimpíada de Paris. E também marcou no jogo da semifinal contra a Espanha. 

Aos 29 anos, Portilho é um dos destaques da seleção e deve carregar em 2027 o status de titular, se mantiver o alto nível. Outro destaque é a goleira Lorena. Ela foi cortada da última Copa do Mundo por uma grave lesão no joelho. Foram 11 meses de recuperação, até voltar a ser convocada para vestir a camisa da seleção brasileira. A volta foi em grande estilo, sendo protagonista na campanha da medalha de prata em Paris. 

Aos 27 anos, ela é um dos principais nomes do Brasil e deve aparecer como uma das lideranças técnicas na Copa de 2027.

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