
“Esforço concentrado” do Congresso não pode ser glamourizado
“Esforço concentrado” do Congresso não pode ser glamourizado
Em sua coluna Conexão Brasília, Diego Amorim critica o trabalho deixado para última hora por deputados e senadores

Na coluna Conexão Brasília desta quinta-feira (19), na Novabrasil FM, comento as avaliações em torno do que se convencionou chamar de “esforço concentrado” do Congresso Nacional, algo que se repete a cada fim de ano na capital federal.
Digo que “esforço concentrado” não pode ser glamourizado coisa alguma. Aliás, se alguém precisa fazer um “esforço concentrado”, é porque, em tese, não fez o esforço necessário na hora certa. Com raríssimas exceções, deixar para fazer o que tem de ser feito na última hora não costuma dar certo. Uma outra questão é parar de premiar o trivial: deputado e senador trabalhar de segunda a sexta no Congresso não deveria ser espanto.
Toda essa situação revela falta de planejamento e/ou falta de interesse e de vontade de cumprir responsabilidades, além de sinalizar um descaso com assuntos extremamente importantes para o país. Em outros casos mais espinhosos para eles, a título de comparação, parlamentares alegam que é preciso “seguir os trâmites, ter um tempo de maturação e não votar de maneira açodada”.
Além disso, “esforço concentrado” favorece a votação de qualquer jeito, numa dinâmica em que apenas um grupelho entende realmente os acordos e os parâmetros do que está sendo decidido. E eles estão decidido, em última análise, a nossa vida.
Assists à íntegra aqui: