Energia mais barata: bandeira verde reduzirá contas de luz em dezembro
Energia mais barata: bandeira verde reduzirá contas de luz em dezembro
Consumidores terão alívio no bolso; especialista explica o impacto e alternativas para economizar ainda mais
Os consumidores de energia elétrica no Brasil têm uma boa notícia para dezembro: a bandeira tarifária verde vai aliviar as contas de luz. Segundo Davi Brito, gerente comercial da Lud Force, que participou do Jornal Novabrasil com Heródoto Barbeiro, a mudança reflete os reservatórios mais cheios e o menor uso de termelétricas.
“O acionamento das termelétricas é mais custoso, e isso pesa na conta do consumidor. Com menos necessidade delas conseguimos migrar para a bandeira verde, o que traz redução nos custos”, explicou Brito.
O sistema de bandeiras tarifárias é ajustado mensalmente pelo Ministério de Minas e Energia e outros órgãos reguladores. Ele reflete os custos de produção, especialmente em períodos de seca, quando o uso de termelétricas se intensifica. Em períodos de chuvas, como agora, a energia das hidrelétricas predomina, reduzindo os custos.
Como economizar ainda mais?
Além de se beneficiar da bandeira verde, consumidores podem adotar práticas para economizar ainda mais. Davi Brito destacou duas alternativas principais:
1- Geração distribuída: Consiste na aquisição de cotas de energia de usinas que oferecem preços menores do que as distribuidoras locais. “Essa é uma forma de obter energia a preços mais competitivos, especialmente para pequenos consumidores”, apontou o especialista.
2- Mercado Livre de Energia: Atualmente disponível apenas para grandes consumidores, como indústrias e comércios de alta tensão, esse mercado permite escolher o fornecedor de energia com melhores condições.
Futuro do setor elétrico: liberdade de escolha
O setor elétrico brasileiro está caminhando para oferecer mais liberdade de escolha ao consumidor. De acordo com Davi Brito, o objetivo é criar um cenário onde cada pessoa possa comprar energia como em um “supermercado”, selecionando o fornecedor mais barato.
“Hoje, já existem diversas opções, mas elas ainda são pouco conhecidas pelos consumidores residenciais. A abertura total do Mercado Livre deve ocorrer até 2030, permitindo que todos escolham seu fornecedor de energia”, afirmou Brito.
O projeto de abertura do setor está sendo implementado em fases. A primeira já beneficiou consumidores de alta tensão, reduzindo o limite de consumo necessário para participar do Mercado Livre. Brito destacou que “o calendário de mudanças tem sido positivo. O próximo passo é alcançar o consumidor residencial”.
Com a bandeira verde e as transformações no setor, o caminho para contas de luz mais acessíveis está cada vez mais próximo. A dica principal é se informar e adotar práticas que incentivem o uso consciente e aproveitem as oportunidades de economia já disponíveis.