
Diego Amorim: Janja e a ‘liturgia do cargo’


Conexão Brasília com Diego Amorim
Jornalista e radialista
Diego Amorim: Janja e a ‘liturgia do cargo’
Diego Amorim comenta na coluna Conexão Brasília, da Novabrasil FM, o xingamento da primeira-dama a Elon Musk

Na coluna Conexão Brasília desta terça-feira (19), somente no jornalismo da Novabrasil FM, comento um assunto polêmico e que desperta paixões políticas e ideológicas.
Janja, desde o início do terceiro governo do marido, Lula, fala em “ressignificar” o papel de primeira-dama, que não é um cargo em si, diga-se de passagem.
Há, sim, muito machismo enraizado em torno da figura da primeira-dama. Mas se Janja quer realmente fazer história e mudar essa percepção, não é com xingamentos que ela terá êxito.
Quando não se respeita a chamada “liturgia do cargo”, o preço a pagar pode ser caro. Aliás, Lula sabe disso. Por isso foi um dos primeiros a reconhecer a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos no início deste mês.
Hoje tem muita gente com ojeriza a essa história de “liturgia do cargo”. Mas foi quando acabamos com a “liturgia do cargo” que a polarização começou a ganhar contornos preocupantes; que a política passou a virar lacração e viralização; que adversários se tornaram inimigos que precisam ser xingados e eliminados.
Na política, e na vida, não podemos nos deixar levar 100% pela espontaneidade, pela naturalidade.
Janja tem o direito, claro, de xingar quem ela quiser, mas não quando se coloca como uma protagonista num evento preparatório para a maior reunião de líderes mundiais.
As sólidas relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos não serão abaladas pelo xingamento de Janja a Elon Musk, penso eu. Mas só fica escancarado que nem sempre o amor vence o ódio, não é?
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