Diego Amorim: “Eles só pensam naquilo”; entenda

Na coluna Conexão Brasília desta terça-feira (3), somente na Novabrasil FM, comento os fatos novos envolvendo a captura do orçamento público por parte do Congresso, intensificando a farra das emendas.

O ministro do STF Flávio Dino liberou o pagamento dessas emendas, com ressalvas. A decisão ocorre logo depois de líderes partidários mandarem recado, dizendo que não votariam o pacote de corte de gastos sem a grana garantida: é a barganha e a chantagem escancaradas.

Enquanto o país se distrai politicamente com questões ideológicas que dividem a nação entre direita e esquerda, Lula e Bolsonaro, fascistas e comunistas, boa parte do Congresso mergulha nas emendas: eles só pensam naquilo.

É de um absurdo sem tamanho, que tem passado despercebido por nós, o fato de o Congresso informar à Suprema Corte que não tem como dizer quem indicou e para onde foram bilhões de reais de dinheiro público distribuídos entre 2020 e 2022.

É igualmente inacreditável que parlamentares tenham a audácia de se revoltarem porque um ministro do Supremo tem exigido, veja só você, transparência na liberação de dinheiro público.

Reforço o que ouvi de um deputado do Centrão no fim do ano passado: “não precisa mais roubar” depois do orçamento secreto. Se as autoridades quiserem realmente desvendar o escândalo das emendas, com potencial de ser muito maior que mensalão e petrolão, basta vontade, basta rastrear e acompanhar, por exemplo, o padrão de vida de parlamentares, sobretudo dos que ficam mais revoltados com as decisões de Flávio Dino.