
Datafolha tem empate triplo e acirra disputa à prefeitura de SP
Datafolha tem empate triplo e acirra disputa à prefeitura de SP
Datafolha traz primeira pesquisa após o início do horário eleitoral


A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (05) com as intenções de voto para prefeito de São Paulo mostra um empate entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), venceria Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB).
Foram ouvidos 1.204 eleitores da cidade de São Paulo pelo Datafolha, presencialmente, entre os dias 3 e 5 de setembro. O nível de confiança é de 95%.
Em entrevista ao Jornal Novabrasil, o cientista político Rodrigo Prando avalia que os votos da direita podem decidir algum resultado: “Se a gente pensar no Pablo Marçal e no Ricardo Nunes, temos aí 44% dos votos. E a gente tem o Boulos, com 23%. Então, no fundo, dentro da direita e até a extrema direita, nesses dois candidatos, um precisa tirar votos do outro”.
Ainda de acordo com o especialista, o resultado da pesquisa foi positivo para a atual prefeito: “A candidatura de Ricardo Nunes respira aliviado, pois se esperava um aumento ainda maior de Pablo Marçal que poderia, em tese, ter assumido a liderança. O que não aconteceu”.
O Datafolha também mostrou que se houvesse um 2º turno na capital, o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), venceria Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB).
Rodrigo Prando lembra que o resultado é um empate triplo e, por enquanto, não sabemos quem estará no segundo-turno. Além disso, também deve-se levar em consideração o destino do eleitorado de Tabata Amaral e de José Luiz Datena.
Abalo do bolsonarismo?
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Jair Bolsonaro, ainda que de forma tímida, mostrou apoio ao atual prefeito Ricardo Nunes. Mas na avaliação do cientista político, o apoio não reflete em votos ao atual prefeito: “Esse eleitor bolsonarista, não tá, pelo o que parece indicar as pesquisas, querendo votar em Nunes e sim em Pablo Marçal”.
O especialista também diz que o “clã” Bolsonaro tem medo de perder o protagonismo para uma figura como o Pablo Marçal: “Ele se encaixa também em um discurso da direita. Diferente de Bolsonaro, ele é o ator e o roteirista. Ou seja, ele tem assumido a liderança da campanha e se tornado, para as entrevistas e nos debates, a figura que centralizou as discussões”.
Confira a entrevista completa com Heródoto Barbeiro: