
Eleição do Papa Leão XIV inspira esperança e clamor por paz no mundo
Eleição do Papa Leão XIV inspira esperança e clamor por paz no mundo
Primeiro papa norte-americano, Robert Francis Prevost assume com apoio global e ecoa mensagens de solidariedade e fé, especialmente na América Latina


A eleição de Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV mobilizou líderes mundiais e renovou expectativas por uma Igreja voltada à justiça social, ao meio ambiente e ao diálogo entre culturas e religiões.
Apoio da América Latina
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na Rússia para o desfile dos 80 anos da vitória soviética contra o nazismo, desejou que o novo papa siga o legado de Francisco.
“Não precisamos de guerras, ódio e intolerância. Precisamos de mais solidariedade e mais humanismo. Precisamos de amor ao próximo, que é a base dos ensinamentos de Cristo”, afirmou Lula.
Outros líderes da região também reagiram rapidamente. O colombiano Gustavo Petro pediu que o novo pontífice seja um defensor dos migrantes e da dignidade humana. A mexicana Claudia Sheinbaum destacou a convergência entre os dois pela paz e prosperidade global. Já o panamenho José Raúl Mulino desejou que o pontificado seja “um farol de paz, unidade e esperança”.
No Equador, o presidente Daniel Noboa disse receber Leão XIV “com esperança”.
Celebração no Peru
No Peru, onde Prevost viveu por mais de duas décadas e obteve cidadania em 2015, a eleição teve impacto especial. A presidente Dina Boluarte classificou o momento como histórico e agradeceu pelos “mais de 20 anos de serviço” prestados à população.
Durante seu primeiro discurso, Leão XIV falou em espanhol, relembrando a antiga diocese de Chiclayo. “O povo peruano é fiel e comprometido com a fé cristã”, disse, emocionando os presentes na Praça São Pedro, muitos com bandeiras sul-americanas nas mãos.
Prevost ficou conhecido no país pelo trabalho humanitário em momentos críticos, como as enchentes de 2022 e a pandemia de COVID-19, quando ajudou a instalar plantas de oxigênio na região.
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Europa destaca reconciliação
Já na Europa, líderes destacaram o papel diplomático e pacificador esperado do novo pontífice. O francês Emmanuel Macron e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ressaltaram a importância da liderança em tempos de crise. O chanceler alemão, Friedrich Merz, pediu uma “voz forte pela reconciliação”.
O espanhol Pedro Sánchez afirmou esperar que o pontificado fortaleça o diálogo e a defesa dos direitos humanos.
ONU e imprensa internacional reagem
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo precisa das “vozes mais fortes em prol da paz, da dignidade humana e da compaixão”. Ele também reafirmou a parceria entre a organização e a Santa Sé para promover um mundo mais justo e sustentável.
Ao mesmo tempo, a imprensa internacional também deu destaque à eleição.
O New York Times apontou que, apesar das raízes americanas, o novo papa é um líder “que transcende fronteiras”.
Já o The Guardian destacou a eleição como “igualmente histórica” à de Francisco.
O francês Le Monde escreveu que Leão XIV deve adotar um estilo mais diplomático. Já o El País definiu a escolha como uma continuação do espírito reformista de seu antecessor.