Diego Amorim: “O papa é do mundo”

Diego Amorim
18:47 09.05.2025
Conclave 2025

Diego Amorim: “O papa é do mundo”

Em mais um relato do seu diário direto do Vaticano, o enviado especial Diego Amorim conta como foi o dia seguinte ao fim do conclave

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- 09.05.2025 - 18:47
Diego Amorim: “O papa é do mundo”
Papa Leão XIV. Foto: Vatican News,

Roma/Vaticano – Depois que o mundo parou para olhar para uma chaminé (não, não é exagero dizer assim), a vida seguirá seu curso a partir de hoje. Os desdobramentos do início de um novo pontificado na Igreja Católica interessarão somente a fiéis, e olhe lá.

A não ser que, vez ou outra, o papa Leão XIV diga ou faça algo que chame a atenção para além da bolha eclesial — e isso vai acabar acontecendo, ainda que ele tenha dado sinais de que é e será mais discreto, se compararmos, algo inevitável, com Francisco.

Hoje em Roma, uma sexta-feira ensolarada de primavera, a Praça de São Pedro parecia até mais movimentada do que no dia anterior ao conclave, quando desembarquei por aqui para esta cobertura inédita para a Novabrasil e o Grupo Thathi de Comunicação. Uma segurança menos reforçada, por motivos óbvios, talvez ajude a explicar. Havia maior liberdade para ir e vir.

A procura por uma edição histórica do jornal oficial do Vaticano, o L’Osservatore Romano, era grande. Eu, ufa, consegui garantir meu exemplar. Aliás, não o vendo nem o troco — Deus e o papa hão de me perdoar por isso. A primeira missa do cardeal Robert Prevost como papa foi fechada, na Capela Sistina, o que fez muitos turistas e curiosos perguntarem, na Praça, “onde está o papa?”.

Ele, o papa, só vai aparecer de novo para o povo no domingo, quando conduzirá uma tradicional oração católica, às 12h, horário local, a partir de uma das janelas do Palácio Apostólico. Depois, na segunda-feira, Leão XIV se reunirá com jornalistas que cobriram o conclave — eu vou estar lá: “mãe, ‘tô’ chique”.

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Ainda nesta sexta, cardeais brasileiros concederam uma coletiva sem pressa. Falaram do clima de fraternidade antes e durante o conclave entre os chamados “príncipes da Igreja”, e, ao elogiarem o novo papa, destacaram o fato de ele ser “um cidadão do mundo”, para além do rótulo de “primeiro papa americano”, explorado sobretudo pelos principais jornais aqui na Itália.

O papa é do mundo, dos católicos e dos souvenirs — os primeiros com a cara de Leão XIV já estão em confecção acelerada, me garantiu o dono de uma resiliente banca de jornais.

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