
A aposta de Diego Amorim sobre a duração do conclave
A aposta de Diego Amorim sobre a duração do conclave
Dia agitado na Praça de São Pedro, com movimento acima do comum


Roma/Vaticano – “Não dá mais para voltar, o barco está em alto mar”, diz trecho de uma música católica bastante conhecida. Os cardeais já estão ‘trancados’ no Vaticano, incomunicáveis. Agora, o conclave vai começar.
Nesta quarta-feira (7), às 10h, horário de Roma, os ‘príncipes da Igreja’ participarão da última missa antes do início da eleição secreta. Depois do almoço na Casa Santa Marta, seguirão em procissão para a Capela Sistina, para o primeiro escrutínio da sucessão de Francisco.
Por volta das 19h, horário de Roma, 14h, horário de Brasília, sairá a primeira fumaça da chaminé da Capela: muito provavelmente preta, ou seja, ainda sem dois terços dos votos em um mesmo cardeal. A partir de quinta, serão quatro votações por dia, se necessário, claro: duas pela manhã e duas pela tarde.
Hoje foi um dia agitado na Praça de São Pedro, com movimento acima do comum. Só de jornalistas, são mais de 5 mil do mundo inteiro por aqui, muitos chegando somente para o início do conclave. Fiéis, curiosos e turistas rondam a imponente Basílica, dando palpites sobre o novo pontífice e com olhos e celulares voltados para o balcão central da ‘Igreja mãe’ do catolicismo.
Antes do sigilo começar para valer, consegui trocar mensagem com um dos 7 cardeais brasileiros votantes. Ele preferiu conversar com o jornalismo da Novabrasil somente após o conclave. Compreensível. Em caso de quebra do juramento em vigor, a ‘pena’ pode ser até mesmo de excomunhão.
Veja também:
Foram, ao todo, 11 congregações gerais antes do conclave. Nessas reuniões preparatórias que antecedem os escrutínios, cardeais votantes (com até 80 anos) e não votantes conversam sobre os rumos, os problemas e as conquistas da Igreja. O terreno está pavimentado, portanto. Eu acredito que as previsões de um conclave ‘rápido’ irão se confirmar. Minha aposta é a de que chegaremos ao fim de sexta-feira, no máximo, com um novo pontificado vigente.