
Autor da PEC do Semipresidencialismo rejeita plebiscito: “Acho difícil”


Conexão Brasília com Diego Amorim
Jornalista e radialista
Autor da PEC do Semipresidencialismo rejeita plebiscito: “Acho difícil”
Deputado Lafayette de Andrada concedeu entrevista exclusiva dentro da coluna Conexão Brasília


Em entrevista ao jornalismo da Novabrasil nesta terça-feira (11), o deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), autor da PEC do Semipresidencialismo, disse achar difícil um novo plebiscito sobre o tema.
“Ah, vamos fazer um plebiscito? Eu acho difícil. A população brasileira não é acostumada com abstrações. Se perguntar o que é semipresidencialismo, acho que 90% não vão saber o que é isso. Acho difícil fazer um plebiscito nessas circunstâncias”, comentou.
Lafayette afirmou que esse entendimento não é o mesmo que considerar a população “ignorante” ou incapaz de decidir sobre a questão.
“O que estou querendo dizer é que, em assuntos de grande abstração e que a população não tenha o necessário conhecimento sobre o tema, é muito difícil fazer um plebiscito”, emendou.
O que muda?
A proposta prevê a mudança do modelo para daqui a 6 anos, com a criação da figura do primeiro-ministro, sem mandato fixo, que seria escolhido pelo presidente da República, eleito pelo povo.
“Naturalmente, o presidente vai buscar essa pessoa no Parlamento, no Congresso. O presidente nomeia e, na prática, quem governo é o primeiro-ministro, ele é o gerente da loja. Se o governo vai mal, quem toma pancada é o primeiro-ministro. Se não está dando certo, troca. Se está ruim, o Congresso vota a destituição dele”, detalhou.
“Diminuir a polarização”
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Para Lafayette, o atual modelo presidencialista “acaba gerando muitas crises”, ao, no entender dele, “concentrar muitos poderes nas mãos do presidente”. Ainda na avaliação do deputado, a mudança poderia diminuir a polarização, “sem crise do impeachment”, “sem traumas”.
“Nosso modelo acaba incentivando a polarização. E o Brasil não aguenta mais polarização”, afirmou.
Lafayette disse acreditar que a PEC possa avançar na Câmara após o carnaval, com o incentivo do novo presidente da Casa, seu correligionário Hugo Motta (Republicanos-PB).
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