“Arroio do Meio praticamente não existe mais”, diz prefeito de cidade gaúcha

A cidade de Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, também foi severamente castigada pelas chuvas dos últimos dias e praticamente desapareceu. Com 22 mil habitantes, o município tem 12 mil pessoas fora de suas casas. Felizmente, a cidade não registra mortes por causa da enchente deste ano.

Em entrevista à Novabrasil, o prefeito de Arroio do Meio, Danilo José Bruxel, declarou que “é uma situação além de calamidade pública. Arroio do Meio praticamente não existe mais”. A cheia atingiu toda a população e a cidade ficou abaixo da água. Na região central somente a Igreja e a Prefeitura, além do hospital, ficaram fora do alagamento.

A cidade ainda contabiliza os prejuízos materiais e está praticamente isolada. Houve enxurradas que promoveram os deslizamentos de morros e interromperam as estradas. Além disso, as pontes para Lajeado ou Porto Alegre foram levadas pela água. O problema imediato, nesse sentido, é como escoar a produção por causa da falta de estradas e pontes de acesso.

Segundo o prefeito, desde as enchentes do ano passado já havia um pedido para novas verbas para construção de moradias. Com o volume de chuvas desse ano, será necessário muito mais recursos para a reconstrução.

Assim como todo o estado do Rio Grande do Sul, Arroio do Meio também pede doações para os desabrigados, como colchões e roupas. Os helicópteros têm feito as entregas de produtos para os mais necessitados. A segurança também foi reforçada para evitar saques ou qualquer tipo de distúrbio em meio à tragédia.

O prefeito Danilo José diz que será necessário reestudar o município e começar por locais onde a chuva não chegou. “Nós vamos reconstruir porque somos muito fortes. Somos a terceira economia da região”, afirma ele.