Acervo MPB: Gilberto Gil – Parte 3

Este conteúdo faz parte do Acervo MPB, podcast com áudio-biografias de grandes nomes da nossa MPB, escute aqui:

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– Em 1977, Gil viajou para a Nigéria para participar, ao lado de Caetano, do II Festival Mundial de Arte e Cultura Negra. Ficou um mês conhecendo a cultura do país e, a partir de então, passou a trabalhar a temática afro em suas canções. O primeiro disco em que podemos observar essa influência é Refavela, desse mesmo ano, que também está entre os 100 melhores discos da história da MPB. São desse disco, as músicas: “Ilê Ayê” e “Aqui e Agora”.

– Gil participou do Festival Internacional de Jazz de Montreux em 78, e morou um tempo nos Estados Unidos, fazendo turnê pelo país.

– Lançou o álbum Realce no ano seguinte, com a faixa “Não Chores Mais” versão da música de Bob Marley, “No Woman, No Cry”. Esse foi outro grande sucesso da carreira de Gil, que vendeu cerca de 750 mil cópias e se transformou numa espécie de hino da anistia no Brasil. Neste disco, também estão “Realce” que dá título ao disco, “Toda Menina Baiana” e “Super-Homem”.

– Em 81 temos Luar, A Gente Precisa Ver o Luar, que trouxe os clássicos “Se Eu Quiser Falar com Deus”, “Cores Vivas e Palco”. Em 1982, o álbum Um Banda Um traz os hinos como “Andar com Fé” e “Drão”, entre outros sucessos.

– O disco Raça Humana, foi lançado em 84, e trouxe nele a canção “Vamos Fugir” que foi gravada na Jamaica, junto com o grupo que acompanhava Bob Marley: The Wailers, e ainda temos “Tempo Rei” e “Índigo Blue”.

– Gil também compôs trilhas para diversos filmes e documentários durante sua carreira e participou da primeira edição do Rock in Rio, em 85.

– Em 1987, se tornou presidente da Fundação Gregório de Matos, voltada para revitalização da cultura afro-brasileira e, durante sua gestão, intensificou a relação entre Bahia e África e esteve por trás de um projeto de recuperação centro histórico de Salvador.

– Gil comemorou 26 anos de Tropicalismo e 30 anos de amizade entre os dois artistas, com o disco Tropicália 2, em 1993. Neste disco, estão parcerias de sucesso dos dois artistas como “Haiti” e “Cinema Novo”.

– Em 94, Gil chegou com o Acústico MTV, com diversos sucessos, como “A Paz”, “A Novidade” e “Sítio do Pica-pau Amarelo” que foi o tema de abertura da série de Monteiro Lobato.

– O álbum Quanta, de 97, trouxe clássicos como a linda canção “Estrela” e “Pela Internet”. Já em 1998, com o disco Quanta Gente Veio Ver – que ganhou Grammy Award, temos vários clássicos do artista, além de duas gravações de canções famosas de Bob Marley: Is This Love e Stir It Up.

– Em 2000, Gil lançou um disco ao lado de Milton Nascimento. Em 2001, outro especial para as festas de São João – que ganha o Grammy Latino – e, em 2002, o álbum Kaya N’Gan Daya, gravado na Jamaica e com canções de Bob Marley.

– Em 2008, Gil, se tornou o primeiro artista brasileiro a ter um canal exclusivo no YouTube e lançou na internet – o álbum Banda Larga Cordel.

– Sempre muito ligado à cultura regional, lançou ainda mais dois álbuns em homenagem às festas dos santos populares, intitulados Fé na Festa, em 2010.,

– Em 2012, gravou ao lado de Ivete Sangalo e Caetano Veloso o especial Ivete, Gil e Caetano, que virou um álbum com canções dos três artistas e ganhou o Grammy de melhor disco de MPB.

– Em 2015, Gilberto Gil saiu em turnê ao lado de Caetano Veloso – pelo Brasil e pelo mundo – com o espetáculo Dois Amigos, Um Século de Música. Em 2016 foi a vez de rodar com Nando Reis e Gal Costa, com o espetáculo Trinca de Ases, que virou álbum.

– Seu último disco lançado é OK OK OK, de 2018, com contou com músicas inéditas como “Na Real”, “Sol de Maria” e “Prece” –  que também ganhou Grammy Latino de melhor álbum de MPB.