
Rosa Magalhães: A grande dama do carnaval carioca; saiba mais


Carnaval Direto da Fonte com Sérgio Leão
Jornalista, roterista e radialista
Rosa Magalhães: A grande dama do carnaval carioca; saiba mais
Sete vezes campeã, a carnavalesca imortalizou seu nome com enredos históricos e desfiles de rara perfeição artística

Rosa Magalhães, renomada carnavalesca e maior vencedora do Sambódromo do Rio de Janeiro, faleceu em julho de 2024, aos 77 anos, deixando um legado inigualável.
Ao longo de sua carreira de mais de cinco décadas, Rosa acumulou sete campeonatos e transformou o Carnaval com seu estilo único e sofisticado.
Sua jornada começou em 1970, como assistente no Salgueiro, sob a orientação de Fernando Pamplona.
Já no ano seguinte, a escola sagrou-se campeã com o histórico enredo “Festa para um rei negro”. Em 1982, Rosa conquistou seu primeiro título como carnavalesca ao lado de Lícia Lacerda no Império Serrano, com o enredo “Bum bum paticumbum prugurundum”.
Rosa e Lícia formaram uma dupla memorável, também responsável pelo elogiado desfile da Estácio de Sá em 1987, com o enredo “Ti-ti-ti do sapoti”, que garantiu o quarto lugar para a escola.
Quando Lícia se mudou para os Estados Unidos, Rosa seguiu sozinha, mantendo seu padrão de excelência e inovação.

Em 1992, Rosa assumiu o comando do Carnaval da Imperatriz Leopoldinense após a morte de Viriato Ferreira, vivendo seu auge criativo entre 1994 e 2001. Nesse período, a carnavalesca conquistou cinco títulos, incluindo um tricampeonato consecutivo de 1999 a 2001, com enredos que se destacaram pela riqueza de detalhes e profundidade histórica, como “Catarina de Médicis” e “Cana-caiana”.
Seu último campeonato veio em 2013, na Unidos de Vila Isabel, enquanto sua última participação foi em 2023, como carnavalesca do Paraíso do Tuiuti, alcançando o oitavo lugar.
Além de sua trajetória nas escolas de samba, Rosa também brilhou em eventos internacionais. Em 2007, recebeu um prêmio Emmy pelo figurino da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos.
Em 2016, foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio, uma celebração que exaltou o samba e a cultura brasileira, com Martinho da Vila interpretando “Carinhoso”.

Artista plástica e professora, Rosa era graduada em pintura, cenografia e indumentária pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Foi levada ao Carnaval por Fernando Pamplona e trabalhou ao lado de nomes como Joãosinho Trinta, Maria Augusta e Arlindo Rodrigues.
Rosa Magalhães marcou época, não apenas pela quantidade de títulos, mas pelo impacto de sua arte na história do Carnaval. Com criatividade, inovação e paixão, ela eternizou seu nome como uma das maiores referências da folia carioca.
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