Os melhores filmes brasileiros que você precisa assistir; confira
Os melhores filmes brasileiros que você precisa assistir; confira
Site da Novabrasil separou desde os clássicos atemporais até as produções contemporâneas
Sim, estes são os melhores filmes brasileiros que você precisa assistir!
O cinema brasileiro é uma poderosa ferramenta de expressão cultural, carregando nas telas as diversas nuances da nossa história, sociedade e identidade.
Trata-se de uma expressão vibrante da nossa cultura, uma arte que capta as múltiplas facetas do país e as traduz em histórias que refletem tanto a nossa realidade quanto a nossa imaginação.
Desde o início, com as produções pioneiras, até os dias atuais, o cinema nacional tem sido uma ferramenta poderosa para narrar as complexidades sociais, políticas e emocionais do Brasil, produzindo obras que não apenas refletem a realidade do país, mas também contribuem significativamente para o cenário cinematográfico mundial.
Cada filme é um registro histórico, um espelho que reflete nossa identidade e, ao mesmo tempo, projeta nossas narrativas para o mundo. Com reconhecimentos internacionais, como prêmios em festivais de prestígio e indicações ao Oscar, o cinema brasileiro não apenas conquista corações além de nossas fronteiras, mas também influencia a forma como o mundo percebe o Brasil.
A importância do cinema brasileiro vai além do entretenimento; ele educa, provoca debates e inspira mudanças. Suas obras são janelas para diferentes épocas, lugares e perspectivas, capturando desde o calor humano nas relações familiares até as tensões sociais nas ruas.
Ao longo das décadas, nosso cinema tem se reinventado – mesmo em tempos mais sombrios, em que tivemos mais dificuldades e a falta de apoio e recursos – refletindo as transformações da sociedade e se consolidando como uma das principais forças culturais do país.
Neste artigo, apresentamos uma seleção dos melhores filmes brasileiros que você precisa assistir. Divididos em clássicos; filmes que marcaram época; novas produções; e por gêneros; esses títulos oferecem um panorama rico e diversificado do que o cinema nacional tem de melhor, convidando você a explorar o que há de mais profundo e relevante na sétima arte brasileira.
Clássicos do Cinema Brasileiro
- Limite (1930), de Mário Peixoto
O tema de Limite é a passagem do tempo e a condição humana.
Em um pequeno barco à deriva, duas mulheres e um homem relembram seu passado recente. Uma das mulheres escapou da prisão; a outra estava desesperada; e o homem tinha perdido sua amante. Cansados, eles param de remar e se conformam com a morte, relembrando (por meio de flashbacks) as situações de seu passado. Eles não têm mais força ou desejo de viver e atingiram o limite de suas existências.
O filme provocou polêmica durante as primeiras exibições, com inúmeros relatos de quebra-quebra durante as exibições.
Se transformou em um mito do cinema nacional durante o período que deixou de ser exibido. Sendo recuperado pela primeira vez apenas nos anos 70, o filme gradativamente adquiriu o status de obra-prima do cinema nacional, principalmente devido ao teor inovador adotado por Mário Peixoto na produção, além do valor histórico de ser um dos precursores do Cinema Brasileiro.
Sendo considerado um dos primeiros filmes experimentais já realizados na América Latina, embora o termo ainda não estivesse em circulação na época.
- Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha
Com extrema relevância no cinema nacional, Deus e o Diabo na Terra do Sol é considerado um marco no Cinema Novo.
Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes e acaba matando-o em uma briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços e foge com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães), juntando-se aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que promete o fim de qualquer sofrimento. Porém ao presenciar a morte de uma criança, Rosa mata o beato. Enquanto isso, Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador de aluguel que presta serviço à Igreja Católica e aos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.
- O Pagador de Promessas (1962), de Anatol Fugalla
Trazendo o realismo e a crítica à religiosidade popular e baseado na peça teatral homônima, do dramaturgo Dias Gomes, O Pagador de Promessas é – até hoje – o único filme brasileiro a conquistar a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes, na França, um dos mais prestigiados e famosos festivais de cinema do mundo.
Depois de seu asno de estimação ter sido atingido por um raio, Zé do Burro (Leonardo Villar) faz a promessa de carregar nas costas uma imensa cruz de madeira até a igreja de Santa Bárbara. Porém, sua jornada acaba se tornando um pesadelo.
Filmes que marcaram época
- Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund
Cidade de Deus é um dos filmes mais emblemáticos do cinema brasileiro e um marco na história do cinema mundial. O filme alcançou um sucesso internacional sem precedentes, levando a realidade das favelas cariocas para as telas de todo o mundo.
A obra recebeu quatro indicações ao Oscar, incluindo Melhor Direção, e foi amplamente aclamada pela crítica por sua narrativa impactante e pela forma visceral com que retrata a violência urbana.
O filme é uma adaptação do livro homônimo de Paulo Lins e narra a história de Buscapé (Alexandre Rodrigues), um jovem que cresce na favela Cidade de Deus, em meio à crescente criminalidade e violência.
Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé é salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É por meio de seu olhar atrás da câmera que ele analisa o dia a dia da favela em que vive, onde a violência aparenta ser infinita.
A trama se desenvolve ao longo de décadas, mostrando como o tráfico de drogas e o crime organizado transformam a vida de seus moradores. A brutalidade da vida nas favelas é mostrada sem filtros, mas também há espaço para explorar a humanidade e as aspirações dos personagens.
Um dos grandes destaques do filme é sua fotografia marcante, assinada por César Charlone. A câmera ágil e o uso inovador de cores e luzes criam uma atmosfera intensa, que captura a energia e a tensão da favela. A estética do filme combina realismo com uma estilização única, tornando cada cena visualmente impactante e emocionalmente poderosa.
A montagem rápida e a narrativa não linear reforçam o ritmo frenético da história, imergindo o espectador na realidade caótica da Cidade de Deus. O filme continua sendo um ponto de referência tanto para a representação da violência urbana no cinema quanto para a excelência técnica e artística do cinema brasileiro.
- Central do Brasil (1998), de Walter Salles
Um dos filmes mais icônicos do cinema nacional, Central do Brasil narra a jornada emocional de Dora (Fernanda Montenegro), uma amargurada ex-professora, ganha a vida escrevendo cartas na estação Central do Brasil, para pessoas analfabetas, que ditam o que querem contar às suas famílias.
Ela embolsa o dinheiro sem sequer postar as cartas. Um dia, Josué (Vinícius de Oliveira), o filho de nove anos de idade de uma de suas clientes, acaba sozinho quando a mãe é morta em um acidente de ônibus. Dora reluta em cuidar do menino, mas se junta a ele em uma viagem pelo interior do Nordeste em busca do pai de Josué, que ele nunca conheceu.
O filme foi aclamado mundialmente, ganhando o Urso de Ouro em Berlim e sendo indicado ao Oscar como Melhor Filme Internacional, e Fernanda Montenegro concorreu como Melhor Atriz.
- Tropa de Elite (2007), de José Padilha
José Padilha traz uma grande polêmica com muita ação e a crítica social no filme do gênero drama e policial, Tropa de Elite. O longa tem como tema a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro junto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Nascimento (Wagner Moura), capitão da Tropa de Elite do Rio de Janeiro, é designado para chefiar uma das equipes que tem como missão apaziguar o Morro do Turano. Ele precisa cumprir as ordens enquanto procura por um substituto para ficar em seu lugar. Em meio a um tiroteio, Nascimento e sua equipe resgatam Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro), dois aspirantes a oficiais da PM. Ansiosos para entrar em ação e impressionados com a eficiência de seus salvadores, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite.
Ganhou no Festival de Berlim 2008 o Urso de Ouro de Melhor Filme.
Produções recentes e novos talentos
- A Vida Invisível (2019), de Karim Aïnouz
Este delicado drama sobre as vidas separadas de duas irmãs no Rio de Janeiro dos anos 1950 conquistou o prêmio Un Certain Regard em Cannes e emocionou o público com sua história de opressão e resiliência feminina.
Baseado no livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, da escritora pernambucana Martha Batalha, e aclamado pela crítica, o filme recebeu indicações a diversos prêmios.
Antigas cartas de sua irmã Guida (Julia Stockler), há muito desaparecida, surpreendem Eurídice (Carol Duarte / Fernanda Montenegro), uma senhora de 80 anos. No Rio de Janeiro dos anos 1950, Guida e Eurídice são cruelmente separadas, impedidas de viver os sonhos que alimentaram juntas ainda adolescentes. Invisíveis em uma sociedade paternalista e conservadora, elas se desdobram para seguir em frente.
- Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert
Crítica contundente à desigualdade social no Brasil, o premiado filme narra a história da pernambucana Val (Regina Casé), que se mudou para São Paulo com o intuito de proporcionar melhores condições de vida para a filha, Jéssica (Camila Márdila).
Na capital paulista, Val consegue o cargo de babá e depois de empregada doméstica na casa de Bárbara (Karine Teles) e José Carlos (Lourenço Mutarelli), uma família de classe média alta onde ela cuida do filho dos patrões, Fabinho (Michel Joelsas).
Treze anos depois, Val é economicamente estável, mas se sente culpada por ter deixado para trás Jéssica. De repente, sua filha decide ir a São Paulo para fazer um vestibular, na mesma época que o filho do casal, e pede apoio a mãe, acreditando em uma segunda chance para um melhor relacionamento entre as duas.
Mesmo assim, a convivência é complicada, ainda mais pela personalidade da garota e forma como ela se comporta na casa e perante os patrões de sua mãe, se sentindo mais à vontade e não aceitando a separação de classes e posições impostas no lugar.
- Bacurau (2019), de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Por meio da ficção científica, Kleber Mendonça Filho traz uma denúncia da violência no sertão brasileiro.
Num futuro próximo, Bacurau, uma pequena cidade brasileira no oeste de Pernambuco, lamenta a perda de sua matriarca, Carmelita (Lia de Itamaracá), que viveu até os 94 anos.
Dias depois, seus habitantes aos poucos percebem algo estranho acontecer na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam pela primeira vez na cidade com planos de exterminar toda a população ali residente, carros são atingidos por tiros e cadáveres começam a aparecer. Os moradores de Bacurau descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa.
Teresa (Bárbara Cólen), Domingas (Sônia Braga), Acácio (Thomás Aquino), Lunga (Silvero Pereira) e outros habitantes chegam à conclusão de que precisam identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.
A produção conquistou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2019, tornando-se o segundo filme brasileiro da história a ser laureado no certame geral, após O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte.
Gêneros e temáticas exploradas no cinema brasileiro
Comédia:
- Minha mãe é uma peça (2013), de André Pellenz
Protagonizado com maestria pelo eterno e inesquecível Paulo Gustavo e escrito pelo mesmo em parceria com Fil Braz, Minha mãe é uma peça conta a história deDona Hermínia – baseada na mãe do ator – uma senhora de meia-idade, divorciada do marido, que a trocou por uma mulher mais jovem.
Hiperativa, ela não larga o pé de seus filhos Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo). Um dia, após descobrir que eles a consideram chata, ela resolve sair de casa sem avisar ninguém, deixando todos preocupados. Dona Hermínia decide visitar a querida tia Zélia (Suely Franco), para desabafar suas tristezas atuais e recordar os bons tempos do passado.
O filme é baseado na peça homônima criada e estrelada pelo próprio Paulo e que levou milhões de espectadores ao teatro ao longo dos anos em cartaz.
- O Auto da Compadecida (2000), de Guel Arraes
O Auto da Compadecida é dirigido por Guel Arraes, com roteiro de Adriana Falcão, João Falcão e do próprio Arraes, e baseado na peça teatral Auto da Compadecida, de 1955, de Ariano Suassuna, com elementos de O Santo e a Porca, Torturas de um Coração e A pena e a Lei, ambas do mesmo autor, além de influências de Decamerão, clássico de Giovanni Boccaccio.
Trata-se de uma adaptação de formato da minissérie homônima, lançada em 1999, pela TV Globo. O filme conta as aventuras de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver. Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região.
Drama:
- Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz (2022), de Gustavo Fernandez
Escrito por Jaqueline Vargas e inspirado na obra Arigo: Surgeon of the Rusty Knife, de John Grant Fuller, o filme é protagonizado por Danton Mello e Juliana Paes e conta a história de um homem simples que se tornou um símbolo de esperança por conta de suas cirurgias e curas espirituais.
Por meio do espírito do Dr. Fritz, médico alemão falecido durante a Primeira Guerra Mundial, José Arigó se tornou uma esperança de cura para milhões de pessoas ao redor do mundo. Ele foi alvo de críticas por parte dos mais céticos, mas com o apoio de sua esposa, conseguiu salvar inúmeras vidas por intermédio da cirurgia espiritual.
- Querô (2007), de Carlos Cortez
Querô se cria sozinho, cometendo vários crimes menores, até ser detido pela FEBEM. Na instituição, faz inimizades entre os guardas e entre os delinquentes. Ao sair de lá, conhece Lica e se apaixona, mas não consegue abandonar a vida de crimes.
Com roteiro baseado no romance Querô, uma Reportagem Maldita, de Plínio Marcos, o filme éestrelado por Maxwell Nascimento como um adolescente abandonado que, após a morte da mãe, sobrevive sozinho em uma região violenta.
O elenco conta ainda com as atuações de Leandro Carvalho, Eduardo Chagas, Milhem Cortaz e Aílton Graça nos papéis coadjuvantes e com as participações especiais de Maria Luísa Mendonça e Ângela Leal.
Ação:
- Marighella (2021), de Wagner Moura
Baseado na vida do político, escritor e guerrilheiro brasileiro Carlos Marighella e adaptado da biografia Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, de Mário Magalhães, é o primeiro filme de Wagner Moura como diretor e conta com Seu Jorge como protagonista.
No ano de 1969, comandando um grupo de jovens guerrilheiros, Carlos Marighella tenta divulgar sua luta contra a ditadura para o povo brasileiro, mas a censura descredita a revolução. Seu principal opositor é Lúcio (Bruno Gagliasso), policial que o rotula como inimigo público do país.
- Bicho de Sete Cabeças (2000), de Laís Bodanzky
Dirigido por Laís Bodanzky e com roteiro de Luiz Bolognesi, baseado no livro autobiográfico de Austregésilo Carrano Bueno, Canto dos Malditos, Bicho de Sete Cabeças conta com Rodrigo Santoro, Othon Bastos e Cássia Kis nos papéis principais.
O filme conta a história de Neto (Rodrigo Santoro), um jovem que é internado em um hospital psiquiátrico após seu pai descobrir um cigarro de maconha em seu casaco. Lá, Neto é submetido a situações abusivas.
O longa, além de abordar a questão dos abusos feitos pelos hospitais psiquiátricos, também aborda a questão das drogas e a relação entre pai e filho e as consequências geradas na estrutura da família. Bicho de Sete Cabeças foi amplamente aclamado de um modo geral, recebendo vários prêmios e indicações.
O filme abriu portas para uma nova maneira de pensar sobre as instituições psiquiátricas no Brasil, e em torno disso, foi aprovada pelo Congresso Nacional uma lei que proíbe a construção de instituições com características asilares, ou seja, as que não garantem os direitos fundamentais dos doentes mentais.
Animação:
- O Menino e o Mundo (2013), de Alê Abreu
Escrita e dirigida por Alê Abreu, a animação O Menino e o Mundo foi um dos cinco indicados ao Oscar de Melhor Filme de Animação na edição de 2016.
Cuca é um menino que vive em um mundo distante, numa pequena aldeia no interior de seu mítico país. Sofrendo com a falta do pai, que parte em busca de trabalho na desconhecida capital, Cuca deixa sua aldeia e sai mundo afora à procura dele. Durante sua jornada, Cuca descobre uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.
- Rio (2011), de Carlos Saldanha
Capturada por contrabandistas de animais quando tinha acabado de nascer, a arara Blu nunca aprendeu a voar e vive uma vida domesticada feliz em Minnesota, nos Estados Unidos, com sua dona, Linda. Blu pensa que é a última arara de sua espécie.
Mas quando descobrem que Jewel, uma fêmea, vive no Rio de Janeiro, Blu e Linda vão ao seu encontro. Os contrabandistas capturam Blu e Jewel, mas as aves escapam e começam uma aventura arriscada rumo à liberdade.
Rio concorreu ao Oscar de Melhor Canção Original, por Real in Rio, de Sérgio Mendes, Carlinhos Brown e Siedah Garrett.
O cinema brasileiro é um verdadeiro tesouro cultural, repleto de histórias que emocionam, fazem refletir e, muitas vezes, incomodam por sua coragem e honestidade.
A diversidade de estilos, gêneros e narrativas presentes nas obras produzidas em nosso país demonstra a vitalidade e a relevância do cinema nacional no cenário global. Ao explorar esses filmes, você estará não só conhecendo mais sobre o Brasil, mas também mergulhando em histórias universais contadas por meio de lentes únicas e poderosas.
Viva a produção cinematográfica brasileira!