1 – João Silva

Nascido no município de Arcoverde, no sertão de Pernambuco, em 16 de agosto de 1935, João Silva foi um importante cantor e compositor e um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga, produzindo com ele dezenas de canções, entre elas sucessos como: Pagode Russo (1947), Meu Araripe (1968), A Mulher do Sanfoneiro (1985), Forró de Cabo a Rabo (1986), Nem se Despediu de Mim (1987), De Fiá Pavi (1987), Danado de Bom (1989) e Arcoverde Meu (1989). Sua participação foi de fundamental importância para que, em 1984, Luiz Gonzaga recebesse seu primeiro disco de ouro, com o LP Danado de Bom.

Possui composições de sucesso solo e com outros diversos parceiros, como: Pra Não Morrer de Tristeza (1965, com K-boclinho), Adeus a Januário (1979), com Pedro Maranguape), Aprendi com o Rei (2003), e Preciso do Teu Sorriso (2001, com Enok Virgulino); e já foi gravado por vários outros grandes nomes da música brasileira, como: Gilberto Gil, Alcione, Beth Carvalho, Bezerra da Silva, Dominguinhos, Elba Ramalho, Lenine, Ney Matogrosso e Zeca Baleiro.

João Silva morreu em 2013, aos 78 anos. Faria 87 anos neste 16 de agosto.

2 – Odair José

Nascido em Morrinhos, no interior de Goiás, em 16 de agosto de 1948, o cantor e compositor Odair José completa 74 anos nesta semana.

O artista surgiu no cenário musical brasileiro na década de 70, e – apesar de cantar um estilo mais voltado para o popular romântico – Odair José sempre trouxe muitas questões de cunho político e social para suas canções, tendo sido regravado também por nomes como Caetano Veloso, Zeca Baleiro, Pato Fu e Los Hermanos.

Entre seus principais sucessos estão: Vou Tirar Você Desse Lugar (1972), Uma vida só – Pare de Tomar a Pílula (1973), Eu, Você e a Praça (1973), Cadê Você (1973), Deixa Essa Vergonha De Lado (parceria com Andréia Teixeira, 1973) e Foi Tudo Culpa do Amor (parceria com Diana, 1974).

Odair permanece na ativa até hoje, tendo gravado o seu mais recente álbum de estúdio, Hibernar na Casa das Moças, em 2019.

3 – Marcelo Nova

Também nascido em 16 de agosto – só que de 1951, em Salvador, na Bahia – o cantor e compositor Marcelo Nova foi vocalista da banda baiana de rock nacional Camisa de Vênus durante os anos 80.

Em 1988, iniciou sua carreira solo, tendo gravado – no ano seguinte – um disco ao lado de Raul Seixas, intitulado A Panela do Diabo, pouco antes de Raul morrer.

Marcelo reúne-se esporadicamente com o Camisa de Vênus e seu último trabalho de estúdio é o álbum 12 Fêmeas, de 2013. Entre seus principais sucessos estão as canções Eu Não Matei Joana D’Arc (parceria com Gustavo Mullen, de 1984), Simca Chambord (parceria com Gustavo Mullen, Karl Hummel e Marcelo Cordeiro, de 1986), Deus Me Dê Grana e Só o Fim (parcerias com Gustavo Mullen e Karl Hummel, de 1986), com o Camisa de Vênus; Coração Satânico (1994), Faça a Coisa Certa (1994) e Cocaína (1999), da carreira solo; e Pastor João e a Igreja Invisível e Carpinteiro do Universo, de 1989, com Raul Seixas.

Marcelo Nova completa 71 anos no dia 16 de agosto.

4 – Monarco

Hildemar Diniz, o Monarco, nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1933. Cantor e compositor, se tornou um dos principais representantes da Velha Guarda da Portela, tendo convivido com figuras históricas da Escola, como o próprio Paulo da Portela, Natal e Manacéa.

Faleceu em dezembro de 2021, aos 88 anos, com um legado de composições históricas: Lenço (parceria com Francisco Santana, de 1957, gravada por nomes como Paulinho da Viola e Beth Carvalho), Passado De Glória (de 1970), Tudo Menos Amor (parceria com Walter Rosa, de 1973, gravada por Martinho da Vila e por Leci Brandão), O Quitandeiro (parceria com Paulo da Portela, de 1976), Jardim da Solidão (de 1979, gravada por Clara Nunes), Coração Em Desalinho (parceria com Alcino Correia “Ratinho”, de 1986, gravada por nomes como Zeca Pagodinho, Maria Rita, Mart’nália e Diogo Nogueira), e Vai Vadiar (parceria com Alcino Correia “Ratinho”, de 1998, gravada por nomes como Zeca Pagodinho, Mariana Aydar e Diogo Nogueira).

5 – João Donato

Nascido no Acre, em 17 de agosto de 1934, João Donato é um dos grandes nomes da MPB: pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor, iniciou sua carreira profissional aos 15 anos de idade, participando ativamente do circuito musical do Rio de Janeiro.

Daí em diante, ganhou cada vez mais reconhecimento nacional e internacional, se notabilizando com seu piano. Participou do movimento bossanovista, mas logo mudou-se para os Estados Unidos, onde viveu por 13 anos e – muito criativo – promoveu fusões musicais do jazz com a música caribenha. Foi um dos grandes responsáveis – ao lado de nomes como João Gilberto e Tom Jobim – por difundir a música popular brasileira no exterior.

Como arranjador participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elizeth Cardoso, além de trabalhar com Chet Baker.

Entre suas principais composições estão os sucessos: Minha Saudade (parceria com João Gilberto, de 1955), Amazonas (1965), Até Quem Sabe (parceria com Lysias Ênio, de 1973) A Rã (parceria com Caetano veloso, de 1974), Lugar Comum (parceria com Gilberto Gil, de 1974), Emoriô e Bananeira (parcerias com Gil, de 1975), Brisa do Mar (parceria com Abel Silva, de 1981), Simples Carinho (com Abel Silva, de 1982), Gaiolas Abertas (parceria com Martinho da Vila, de 1982), A Paz (parceria com Gilberto Gil, de 1987), Cadê Você (parceria com Chico Buarque, de 1987) E Doralinda (parceria com Cazuza, de 1996).

6 – Candeia

Antônio Candeia Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1935. Cantor, compositor e instrumentista, é uma referência no samba carioca, além de um grande defensor e divulgador da cultura afro-brasileira. Figura importante na história da Portela, desde a infância conviveu com outros grandes sambistas e participou da fundação da Escola.

Sem abandonar o samba, no início da década de 1960 ingressou na Polícia Civil, assumindo o cargo de investigador. No entanto, sua carreira como policial terminou de modo trágico, em

dezembro de 1965, ao se envolver em um incidente de trânsito, em que acabou surpreendido pelo motorista que abordava, que lhe desferiu cinco tiros. Um deles alojou-se na medula espinhal e o deixou sem movimento nas pernas.

Com a paralisia, foi obrigado a se aposentar por invalidez e passou a se locomover em cadeira de rodas. A partir daí, Candeia dedicou-se exclusivamente ao samba, tendo lançado seis discos de sucesso a partir de 1970.

Mas o artista faleceu precocemente em 1978, aos 43 anos, vítima de uma infecção renal, deixando um legado de grandes sambas para a história da música brasileira, como os clássicos: A Flor e o Samba (de 1969, gravado por nomes como Elza Soares, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila e Mart`nália), Dia De Graça (de 1970, gravada por nomes como Elza Soares, Martinho da Vila e Teresa Cristina), Filosofia do Samba (de 1971, gravada por Paulinho da Viola e Martinho da Vila), O Mar Serenou (lançada por Clara Nunes em 1975, e regravada por nomes como Alcione, Beth Carvalho, Jorge Aragão e Luciana Mello), Preciso Me Encontrar (lançada por Cartola em 1976 e depois regravada por nomes como Ney Matogrosso e Marisa Monte), Amor Não é Brinquedo (parceria com Martinho da Vila, de 1978), e Pintura Sem Arte (de 1978).

7 – Ed Motta

Nascido em 17 de agosto de 1971, no Rio de Janeiro, Ed Motta teve uma inclinação precoce para a música. Durante sua adolescência, mergulhado no rock e no blues, Ed foi vocalista da banda de hard rock Kabbalah. Desde então, suas paixões e referências musicais se expandiram para soul, funk, jazz, rock clássico, música clássica, blues e Broadway.

Aos 15 anos, gravou seu álbum de estreia, que se tornou um clássico instantâneo do boogie-funk. Mais de três décadas depois, aclamado nacional e internacionalmente, com onze álbuns de estúdio completos, sete trilhas sonoras para cinema e uma partitura para teatro musical, Ed Motta lançou o seu mais recente trabalho, Criterion of the Senses, em 2018.

Cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador e produtor, o artista completa 51 anos neste 17 de agosto e tem entre suas principais canções de sucesso: Manuel (de Fábio Fonseca e Márcia Serejo, 1988), Vamos Dançar (parceria com Rafael Cardoso, 1988), Baixo Rio (parceria com Fábio Fonseca, Luis Fernando e Marcelo Meme Mansur, 1988), Daqui Pro Méier (parceria com Chico Amaral, de 1997), Falso Milagre do Amor e Vendaval (parcerias com Ronaldo Bastos, de 1997), Fora da Lei (parceria com Rita Lee, de 1997), Colombina (parceria com Rita Lee, de 2000), Tem Espaço na Van (parceria com Seu Jorge, de 2003).

8 – Francisco Alves

Francisco Alves nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de agosto de 1898, e foi um dos maiores e mais populares cantores do Brasil, considerado por muitos o mais versátil cantor brasileiro e também um dos mais influentes de todo Século XX.

Cantor e compositor, foi uma das maiores vozes da Era do Rádio, dono de um potente timbre. Apelidado de Chico Viola, foi amigo e parceiro de outros nomes importantes da nossa música como Noel Rosa, Ismael Silva, Orestes Barbosa e Ary Barroso.

Foi também figura chave para a construção de vários gêneros populares da música brasileira e a qualidade de seu trabalho lhe rendeu, em 1933, pelo radialista César Ladeira, a alcunha de “Rei da Voz”.

De origem humilde, deixou uma vasta produção de mais de quinhentos discos e sua morte trágica – vítima de um trágico acidente de carro, aos 54 anos, em 1952 – causou imensa comoção no país.

Foi dele a primeira gravação de disco elétrico feita no Brasil. Francisco Alves também foi o primeiro artista a gravar o clássico samba Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, em 1939.

Ao longo de sua carreira, Francisco Alves gravou canções de vários compositores célebres, como Herivelto Martins, Catulo da Paixão Cearense, Lamartine Babo, Grande Otelo e Dorival Caymmi, e cantou em parceria com Dalva de Oliveira e também com Mário Reis.

9 – Aracy de Almeida

Aracy de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de agosto de 1914, e foi identificada como a primeira grande cantora de samba, tendo também interpretado diversos outros estilos.

Conhecida também como “A Dama do Encantado” e “O Samba Em Pessoa”, conviveu ao longo da vida com artistas que variam de compositores populares a intelectuais e pintores, como Noel Rosa, Antônio Maria, Vinicius de Moraes, Aldemir Martins e Di Cavalcanti.

Amiga e principal intérprete da obra de Noel Rosa, é considerada a responsável pelo renascimento da obra do compositor, em 1950. Gravou diversos sambas, marchas e outros estilos ao longo da carreira.

Nos anos 1970, Aracy de Almeida se tornou jurada em programas de auditório, onde atuou até sua morte, em 1988, aos 73 anos.

Além desses 9 aniversariantes da semana, fizemos um texto especial sobre o aniversário de Emicida (17 de agosto), Elba Ramalho (17 de agosto) e Vitor Kley (18 de agosto). Confira!