Hoje, 18 de maio, é celebrado o Dia Internacional dos Museus. Conheça mais sobre a data e uma lista especial com 10 museus brasileiros que você não pode deixar de conferir.

Confira uma lista com 10 museus brasileiros para conhecer o quanto antes | Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Como surgiu o Dia Internacional dos Museus?

Criada em 1977, por uma iniciativa do ICOM – Conselho Internacional de Museus, um organismo que integra a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a data tem o objetivo de promover na sociedade uma reflexão sobre o papel dos museus para o seu desenvolvimento e incentivar a população ao hábito de visitar e apreciar museus e a arte em geral.

Além disso, a data visa aumentar a conscientização sobre o fato de que os museus são um importante meio de intercâmbio cultural, enriquecimento das culturas e desenvolvimento da compreensão mútua, cooperação e paz entre os povos.

Anualmente, mais de 40 mil museus participam no evento, organizando programações que envolvem visitas guiadas, concertos, teatro, cinema, abertura dos espaços das reservas, lançamento de livros, recriações históricas e conferências.

A cada ano, a ICOM escolhe um tema específico para debater durante o Dia Internacional dos Museus. O tema de 2023 é Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar. 

A importância dos museus para cultura mundial

Os museus são um dos principais contribuintes para o bem-estar e para o desenvolvimento sustentável de nossas comunidades. Como instituições confiáveis ​​e segmentos importantes em nosso tecido social compartilhado, eles estão em uma posição única para criar um efeito cascata e promover mudanças positivas. 

Há muitas maneiras pelas quais os museus podem contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: desde apoiar a ação climática e promover a inclusão até combater o isolamento social e melhorar a saúde mental.

Conforme destacado na resolução do ICOM “Sobre a sustentabilidade e a implementação da Agenda 2030, Transformando nosso mundo” (Kyoto, 2019), todos os museus têm um papel a desempenhar na formação e criação de futuros sustentáveis, e podem fazer isso por meio de programas educacionais, exposições , divulgação e pesquisa da comunidade. 

Os objetivos de 2023

Todos os anos, desde 2020, o Dia Internacional dos Museus apoia um conjunto de objetivos das Metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Em 2023, o evento vai se concentrar nos seguintes objetivos:

  • Meta 3 – Saúde e bem-estar globais: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades, em particular no que diz respeito à saúde mental e ao isolamento social. 
  • Meta 13 – Ação Climática: Tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos, adotando práticas de baixo carbono no Norte Global e estratégias de mitigação no Sul Global. 
  • Meta 15 – Vida na Terra: Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, ampliando as vozes dos líderes indígenas e conscientizando sobre a perda da biodiversidade. 

No dia 18 de maio, Dia internacional dos Museus, a ideia é encorajar todos os membros da sociedade civil a se unirem e realizarem todo o potencial transformador que os museus têm para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar! 

10 museus brasileiros para visitar o quanto antes

E para celebrar o dia de hoje, nós preparamos uma lista com 10 museus espalhados pelo Brasil, que você não pode deixar de conhecer! Aproveite! E viva a arte!

1 – MASP – Museu de Arte de São Paulo (SP)

O MASP – Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos, fundado em 1947 por Assis Chateaubriand (1892-1968), tornando-se o primeiro museu moderno no país.

Chateaubriand convidou o crítico e marchand italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999) para dirigir o MASP, e Lina Bo Bardi (1914-1992) para desenvolver o projeto arquitetônico e expográfico. 

Mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul, hoje a coleção do MASP reúne mais de 11 mil obras, abrangendo arte africana, das Américas, asiática, brasileira e europeia, desde a Antiguidade até o século 21, incluindo pinturas, esculturas, desenhos, fotografias e roupas, entre outros.  

Além de nomes do acervo europeu – com obras de Rafael, Ingres, Van Gogh, Cézanne, Renoir, Monet e Picasso –, fazem parte desse conjunto peças de outras culturas, como o par de guerreiros chineses e a escultura da divindade africana Exu.

Entre os brasileiros, há trabalhos de:

  • Maria Auxiliadora;
  • Agostinho Batista de Freitas;
  • Albino Braz;
  • José Antônio da Silva;
  • e Rafael Borjes de Oliveira

Todos são artistas autodidatas que atuavam fora do circuito tradicional da arte e da academia, e frequentemente são deixados de lado na história da arte. Este grupo ajuda a construir um panorama mais amplo e diverso da cultura brasileira, ao lado dos já reconhecidos:

  • Anita Malfatti;
  • Di Cavalcanti;
  • Candido Portinari;
  • e Victor Meirelles.

Primeiramente instalado na rua 7 de Abril, no centro da cidade, em 1968 o museu foi transferido para a atual sede na Avenida Paulista, icônico projeto de Lina Bo Bardi, que se tornou um marco na história da arquitetura do século 20 e também cartão postal da cidade de São Paulo.

A esplanada sob o edifício, conhecida como “vão livre”, foi pensada como uma praça para uso da população. 

MASP | Foto: Divulgação

Além da mostra de longa duração de seu Acervo em transformação na pinacoteca do museu, realiza-se ao longo do ano uma ampla programação de exposições coletivas e individuais que se articulam em torno de eixos temáticos.

O MASP, museu diverso, inclusivo e plural, tem a missão de estabelecer, de maneira crítica e criativa, diálogos entre passado e presente, culturas e territórios, a partir das artes visuais. 

O calendário de exposições é complementado pelos programas públicos desenvolvidos pelo núcleo de mediação e inclui seminários internacionais, palestras realizadas mensalmente no primeiro sábado de cada mês, o Programa MASP Professores, oficinas, cursos no MASP Escola e programação de filmes e vídeos. 

2 –  Inhotim – Brumadinho (MG)  

O Instituto Inhotim é um Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, localizado em Brumadinho, Minas Gerais.

Reconhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo Governo de Minas Gerais, em 2008, o Inhotim é uma entidade privada, sem fins lucrativos, mantida com recursos de doações de pessoas físicas e jurídicas – diretas ou por meio das Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura – , pela bilheteria e realização de eventos. 

Idealizado desde a década de 1980 pelo empresário mineiro Bernardo de Mello Paz, do solo ferroso de uma fazenda da região nasceu, em 2006, um dos maiores museus a céu aberto do mundo.

Sua localização privilegiada – entre os ricos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado – e as paisagens exuberantes ao longo dos 140 hectares de visitação, proporcionam aos visitantes uma experiência única que mescla arte e natureza.

Instituto Inhotim | Foto: Divulgação

Cerca de 700 obras de mais de 60 artistas, de quase 40 países, são exibidas ao ar livre e em galerias em meio a um Jardim Botânico com mais de 4,3 mil espécies botânicas raras, vindas de todos os continentes.

O acervo de arte contemporânea do Instituto Inhotim tem foco em instalações e obras de grande escala, mas é composto também por esculturas, fotografias, vídeos, performances, desenhos e pinturas que datam desde a década de 1960 até os dias atuais.

Das 23 galerias, quatro são dedicadas a exposições temporárias, que são renovadas para apresentar novos trabalhos e criar reinterpretações da coleção. As 19 galerias permanentes apresentam obras de Tunga, Cildo Meireles, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica & Neville d’Almeida, Adriana Varejão, entre outros.

3 –  Museu Ricardo Brennand – Recife (PE)  

O Instituto Ricardo Brennand é um espaço cultural sem fins lucrativos, inaugurado em 2002, que salvaguarda um valioso acervo artístico e histórico originário da coleção particular do industrial pernambucano Ricardo Coimbra de Almeida Brennand

Tem como missão a preservação, a difusão e o acesso à cultura e herança material e imaterial, visando a promoção do capital humano e cultural.  

Localizado nas terras do antigo engenho São João, no bairro da Várzea, ocupa uma área de 77.603 m², cercada por uma reserva de mata atlântica preservada. 

Possui uma das mais modernas instalações museológicas do Brasil, abrangendo um complexo de edificações constituído pelo Museu Castelo São João (museu de armas brancas), Pinacoteca, Biblioteca, Auditório, Jardins das Esculturas e uma Galeria para exposições temporárias e eventos.

O Museu de Armas Castelo São João tornou-se uma das mais importantes coleções particulares do mundo e conta com mais de três mil peças entre armas brancas, armaduras, obras de arte, vitrais e mobiliários das mais diferentes procedências e épocas.  

Instituto Ricardo Brennand | Foto: Divulgação

A Pinacoteca é uma das mais modernas do Brasil e apresenta as exposições do acervo, de longa duração:

  • “Frans Post e o Brasil Holandês”;
  • “O Oitocentos Brasileiro”;
  • “Coleção Janete Costa e Acácio Gil Borsoi”;
  • e “O Julgamento de Nicolas Fouquet”.  

Com uma área de 992 m², a Galeria integra recebe mostras itinerantes e guarda no seu interior, esculturas em mármore representando as quatro estações e uma réplica de “O Pensador”, obra máxima de Auguste Rodin.

No período entre exposições, a galeria apresenta um panorama de artistas pernambucanos como:

  • Francisco Brennand;
  • Tereza Costa Rêgo;
  • José Cláudio;
  • Ismael Caldas;
  • Reynaldo Fonseca;
  • e Aloísio Magalhães.

4 –  Pinacoteca – São Paulo (SP) 

A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade e em diálogo com as culturas do mundo.

Museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais. 

A Pinacoteca também elabora e apresenta projetos públicos multidisciplinares, além de abrigar um programa educativo abrangente e inclusivo.

Seu acervo original foi formado com a transferência de 26 obras do Museu Paulista da Universidade de São Paulo e conta hoje com cerca de 11 mil peças.

Entre elas, trabalhos de autoria de importantes artistas brasileiros como:

  • Anita Malfatti;
  • Lygia Clark;
  • Tarsila do Amaral;
  • Almeida Júnior;
  • Pedro Alexandrino;
  • Candido Portinari;
  • Oscar Pereira da Silva;
  • entre outros.  

Possui dois edifícios abertos ao público e com intensa programação: a Pinacoteca Luz e a Pinacoteca Estação. E neste ano inaugurou ainda a Pina Contemporânea, transformando-se no maior museu do Brasil e o segundo maior da América Latina.

Comporta um dos principais laboratórios de conservação e restauro do país, Centro de Documentação e Memória (Cedoc) e a Biblioteca Walter Wey, que apresenta um significativo acervo de publicações de artes visuais disponível para consulta pública. Além do Memorial da Resistência de São Paulo, no edifício que um dia sediou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP).

Pinacoteca | Foto: Divulgação

5 –  Museu do Amanhã – Rio de Janeiro (RJ)  

A construção pós-moderna, orgânica e sustentável do Museu do Amanhã – projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, erguido ao lado na zona portuária do Rio de Janeiro – é, atualmente, um ícone da identidade local e cultural da cidade do Rio de Janeiro.

A descrição no site do museu explica bem o seu conceito:

“O Museu do Amanhã é um museu de ciências diferente. Um ambiente de ideias, explorações e perguntas sobre a época de grandes mudanças em que vivemos e os diferentes caminhos que se abrem para o futuro. 

O Amanhã não é uma data no calendário, não é um lugar aonde vamos chegar. É uma construção da qual participamos todos, como pessoas, cidadãos, membros da espécie humana.  

E por que um Museu do Amanhã? Porque vivemos em uma nova era, em que o conjunto da atividade humana tornou-se uma força de alcance planetário. Somos capazes de intervir na escala de moléculas e de continentes. Manejamos átomos e criamos microrganismos artificiais.

Desviamos o curso de grandes rios, alteramos florestas, influenciamos a atmosfera, transformamos o clima. Habitamos um planeta que vem sendo profundamente modificado por nossas ações. Que amanhãs serão gerados a partir de nossas próprias escolhas? 

O Museu do Amanhã oferece uma narrativa sobre como poderemos viver e moldar os próximos 50 anos. Uma jornada rumo a futuros possíveis, a partir de grandes perguntas que a Humanidade sempre se fez. De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?  

Orientado pelos valores éticos da Sustentabilidade e da Convivência, essenciais para a nossa civilização, o Museu busca também promover a inovação, divulgar os avanços da ciência e publicar os sinais vitais do planeta. Um museu para ampliar nosso conhecimento e transformar nosso modo de pensar e agir.”

Museu do Amanhã | Foto: Divulgação

6 – MIS – Museu da Imagem e do Som – São Paulo (SP)

Localizado na Avenida Europa, em São Paulo, o Museu da Imagem e do Som é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado e foi inaugurado em 1970.

Sua coleção possui mais de 200 mil itens, como fotografias, câmeras, filmes, vídeos e cartazes. 

Hoje é um dos mais movimentados centros culturais da cidade de São Paulo: além de grandes exposições nacionais e internacionais – diversas delas imersivas e interativas – oferece uma variedade de programas culturais, com eventos em todas as áreas e para todos os públicos: cinema, música, vídeo e fotografia estão presentes na vida diária do Museu.

Tem o objetivo de adotar as tendências museológicas mais avançadas para conseguir o caráter de museu moderno e ter como matéria a comunicação de massa, apoiada em recursos de imagens e de sons, para, assim, ser um museu vivo.

Foto: Divulgação

Além disso, manter-se como um importante núcleo sobre comunicação cultural em um meio eficaz de difusão artística e educativa que atinja amplas camadas populares por meio da amplitude de sua programação.

O MIS é um importante espaço de fomento da linguagem audiovisual e da arte nas suas diferentes formas e técnicas, tanto no aspecto da produção, quanto no da exibição.

Oferece visibilidade e audiência a obras de artes plásticas, cinema, vídeo, fotografia e música, sem deixar de atender à documentação e conservação de importantes legados artísticos de imagem e som, sempre com olhar para a memória e para o novo que surge a cada dia.

7 – MAR – Museu de Arte do Rio – Rio de Janeiro (RJ)

Inaugurado em 2013, o Museu de Arte do Rio, MAR, promove uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais.

Suas exposições unem dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito local e nacional. 

O MAR está localizado na Praça Mauá, em dois prédios de perfis heterogêneos interligados por uma ponte sob uma bela laje sustentada por pilotis: o palacete Dom João VI, tombado e eclético, que abriga as salas de exposição e o edifício vizinho, de estilo modernista – originalmente um terminal rodoviário – onde a Escola do Olhar, que tem a missão de inscrever a arte no ensino público, está instalada.  

Com sua própria coleção, o MAR conta também com empréstimos de obras de algumas das melhores coleções públicas e privadas do Brasil para a realização de sua programação.  

Foto: Divulgação

Seu acervo conta hoje com quase oito mil itens museológicos, mais de sete mil arquivísticos e cerca de 16 mil  bibliográficos, dos quais 1.481 são livros de artistas.

Primeira coleção de arte concebida para o município do Rio de Janeiro, conta com obras de diversos artistas, mas também com objetos que representam o patrimônio cultural da cidade. São obras de arte contemporânea, mas também históricas. 

A imagem de “São José de Botas”, de Aleijadinho, é um dos destaques da coleção.  Há também trabalhos de nomes emblemáticos da arte moderna, como Tarsila do Amaral, Guignard e Pancetti, além da natureza etnográfica do acervo, que abrange coleções específicas, como as de Arte Indígena, Afro-Brasileira, Africana, Quilombola, Judaica, Islâmica, Sacra e Pré-Colombiana.  

8 –  Museu Oscar Niemeyer (MON) – Curitiba (PR)  

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é um patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná, localizado em Curitiba (PR), e abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional, com mais de nove mil obras nas áreas de artes visuais, arquitetura e design. 

Inaugurado em 2002, o projeto é de autoria do reconhecido arquiteto brasileiro que leva seu nome. Com um total de 12 salas expositivas, a cada ano são realizadas mais de 20 mostras, que juntas recebem um público superior a 360 mil visitantes.  

O MON é considerado uma instituição de referência em artes visuais no Brasil e no mundo e nomes como:

  • Alfredo Andersen;
  • João Turin;
  • Theodoro De Bona;
  • Miguel Bakun;
  • Guido Viaro;
  • Helena Wong;
  • Tarsila do Amaral;
  • Cândido Portinari;
  • Oscar Niemeyer;
  • Ianelli;
  • Caribé;
  • Tomie Ohtake;
  • Andy Warhol;
  • Di Cavalcanti;
  • Francisco Brennand;
  • entre outros, estão no acervo do museu.

O museu também conta com uma Coleção Asiática, com cerca de 3 mil peças que constituem um apanhado da cultura de diversos territórios, como os da Ásia Central, sudoeste asiático, subcontinente asiático, leste da Ásia e Mesopotâmia.

Esculturas, mobiliário, cerâmica, porcelana, pinturas, objetos em metal, gravuras, caligrafias, têxteis, com peças datadas de 3.000 anos a.C. até este século 21.  

Além disso, o MON possui uma Coleção Africana, com 1.700 obras de uma das mais importantes e significativas coleções de objetos de arte africana do século 20, vindas de  países como Costa do Marfim, Mali, Nigéria, Camarões, Gabão, Angola, República Democrática do Congo e Moçambique, entre outros.  

Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

9 –  Museu Afro Brasil, São Paulo (SP)

O Museu Afro Brasil  é uma instituição pública, subordinada à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e administrado pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. 

Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso Parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em 11 mil metros quadrados um acervo com mais de seis mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje. 

O acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira. 

O Museu exibe parte do seu Acervo na Exposição de Longa Duração, realiza Exposições Temporárias e dispõe de um Auditório e de uma Biblioteca especializada que complementam sua Programação Cultural ao longo do ano. 

Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do Diretor Curador Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil construiu, ao longo de 10 anos, uma trajetória de contribuições decisivas para a valorização do universo cultural brasileiro ao revelar a inventividade e ousadia de artistas brasileiros e internacionais, desde o século XVIII até a contemporaneidade, promovendo o reconhecimento, valorização e preservação do patrimônio cultural brasileiro, africano e afro-brasileiro e sua presença na cultura nacional.  

Foto: Divulgação

O museu registra, preserva e argumenta – a partir do olhar e da experiência do negro – a formação da identidade brasileira. No site oficial do museu, o Diretor Curador Emanoel Araújo descreve:

“É a escravidão que, na diáspora, força o contato e o intercâmbio entre membros de diferentes nações africanas e produz as mais diversas formas de assimilação entre suas culturas e as de seus senhores, bem como de resistência à dominação que estas lhes impõem.

Como um museu da diáspora, o Museu Afro Brasil, portanto, registra não só o que de africano ainda existe entre nós, mas o que foi aqui apreendido, caldeado e transformado pelas mãos e pela alma do negro, salvaguardando ainda o legado de nossos artistas – e foram muitos, anônimos e reconhecidos, os que nesse processo de miscigenação étnica e mestiçagem cultural contribuíram para a originalidade de nossa brasilidade.  

Entretanto, não se pode esquecer que a cultura mestiça que se forma nas sociedades afro-atlânticas envolve relações entre desiguais, em se tratando de senhores e escravos.

Da perspectiva do negro, esta é uma história de muito e doloroso trabalho, de incertezas, incompreensões e inconsciência, que ainda hoje persiste na mentalidade de parte da elite brasileira.

Não é só uma história de preconceitos e racismo e descriminação, mas, sobretudo, uma história de exclusão social das mais danosas e permissivas, nesse abismo das desigualdades criadas e cristalizadas no Brasil como herança da escravidão.

O Museu Afro Brasil tem, pois, como missão precípua a desconstrução de estereótipos, de imagens deturpadas e de expressões ambíguas sobre personagens e fatos históricos relativos ao negro, que fazem pairar sobre eles obscuras lendas que um imaginário perverso ainda hoje inspira, e que agem silenciosamente sobre nossas cabeças, como uma guilhotina, prestes a entrar em ação a cada vez que se vislumbra alguma conquista que represente mudança ou o reconhecimento da verdadeira contribuição do negro à cultura brasileira.”

10 – Museu de Arte Moderna da Bahia (BA)

“Ao pé de uma ladeira íngreme de pedras irregulares, circundado por mangueiras imponentes, banhado pelas ondas do mar e premiado pelo mais belo pôr do sol da cidade de Salvador. 

É neste belíssimo cartão postal chamado Solar do Unhão que se encontra o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), considerado o principal espaço para a arte contemporânea do estado e um dos mais importantes do país, por onde passa um público aproximado de 200 mil pessoas por ano.”, conta o site oficial do MAM-BA.

Exposições de artistas visuais consagrados do Brasil e exterior movimentam as cinco salas expositivas do museu, inserindo definitivamente o MAM no circuito nacional de arte contemporânea.

O museu conta ainda com uma galeria ao ar livre (o Parque das Esculturas), uma sala de cinema, setor técnico com serviços de conservação, restauro e museologia, oito salas de exposição, um teatro, uma biblioteca e uma oficina de arte que oferece cursos abertos à toda comunidade. 

A história do Museu de Arte Moderna da Bahia se confunde com a presença e as experiências da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (1914-1992) na Bahia. Lina concebeu e foi a primeira diretora do MAM-Bahia, de 1959 a 1963. 

O MAM-BA sedia eventos artísticos culturais de diferentes linguagens e possui um programa permanente de ações educativas. Seu acervo é constituído por pinturas, esculturas, fotografias e desenhos de artistas como:

  • Tarsila do Amaral;
  • Portinari;
  • Flávio de Carvalho;
  • Di Cavalcanti;
  • Rubem Valentim;
  • Pancetti;
  • Carybé;
  • Mário Cravo;
  • e Sante Scaldaferri;
  • entre outros.

Museu de Arte Moderna da Bahia | Foto: Divulgação