BRASIL COM S – Orelhão
BRASIL COM S – Orelhão
Hoje, aqui no Brasil com S, a gente fala sobre o Orelhão! Você sabia que o orelhão foi inventado aqui no Brasil por uma mulher? O Orelhão é criação brasileira Aparelho indispensável em tempos sem celular. Vai uma ficha aí? Tá certo que, depois do advento dos aparelhos de telefone celular, o orelhão caiu em … Continued
Hoje, aqui no Brasil com S, a gente fala sobre o Orelhão! Você sabia que o orelhão foi inventado aqui no Brasil por uma mulher?
O Orelhão é criação brasileira
Aparelho indispensável em tempos sem celular. Vai uma ficha aí?
Tá certo que, depois do advento dos aparelhos de telefone celular, o orelhão caiu em desuso, mas ele foi indispensável para a nossa história em uma época em que nem se pensava em aparelhos móveis de telefonia.
Quem não se lembra da época em que a gente tinha comprar fichas (antes mesmo do cartão telefônico) e pegar uma fila para fazer uma ligação em um telefone público quando estávamos na rua?
Invenção da arquiteta e design Chu Ming Silveira
E aquele protetor de telefones públicos em formato de uma grande orelha – que muita gente usava também para se proteger da chuva! – que passou a ser chamado de orelhão, foi inventado aqui no Brasil, pela arquiteta e design Chu Ming Silveira, nascida em Xangai – na China – e radicada no Brasil, para onde se mudou com apenas nove anos.
Chu Ming projetou o orelhão em 1972, um ano depois de os telefones públicos chegarem ao país, e o advento foi lançado inicialmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Depois, os orelhões foram instalados por todo o Brasil, em países da América Latina, como Peru, Colômbia e Paraguai, em países africanos como Angola e Moçambique, na China e em outras partes do mundo.
As cabines telefônicas
Quando os telefones públicos chegaram ao Brasil, acontecia um desafio recorrente: em muitos locais, era muito difícil ouvir e ser ouvido a partir de um telefone instalado no meio da rua. Como solução para o problema, a Companhia Telefônica Brasileira desenvolveu cabines circulares de fibra de vidro e acrílico e, para testar a novidade, instalou 13 delas na cidade de São Paulo.
O resultado não agradou a companhia, que detectou a utilização inadequada do equipamento, alto índice de vandalismo e concluiu ainda, que a espaçosa cabine – além de abafada – acabava por disputar espaço com os pedestres nas calçadas.
Orelhão: Um dos grandes ícones do design brasileiro
Para tentar resolver esse problema, Chu Ming Silveira – que chefiava a seção de projetos do Departamento de Engenharia da CTB – passou a trabalhar no projeto que resultaria em um dos grandes ícones do design brasileiro e que, depois, ganharia o mundo.
Com design e acústica adequados às condições climáticas do país, ela criou uma espécie de cabine feita em fibra de vidro, forte, leve, barata, resistente ao sol, à chuva e ao fogo e. Chu Ming contava que partiu da forma do ovo, segundo ela “a melhor forma acústica”, para encontrar a solução que fez parte da nossa rotina cotidiana por tantos e tantos anos.