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Viva, Flávio Venturini!

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09:30 23.07.2023
Brasilidade

Viva, Flávio Venturini!

Hoje é aniversário de mais um grande nome da nossa música popular brasileira: o cantor, compositor, tecladista e pianista mineiro Flávio Venturini! E nós preparamos uma matéria especial para homenagear o artista, que está completando 74 anos de vida e tem quase 50 anos de carreira. O início de tudo e o Clube da Esquina … Continued

F.Content - 23.07.2023 - 09:30
Viva, Flávio Venturini!
Flavio Venturini. | Foto: Montagem/ Reprodução

Hoje é aniversário de mais um grande nome da nossa música popular brasileira: o cantor, compositor, tecladista e pianista mineiro Flávio Venturini!

E nós preparamos uma matéria especial para homenagear o artista, que está completando 74 anos de vida e tem quase 50 anos de carreira.

O início de tudo e o Clube da Esquina

Nascido em Belo Horizonte, em 1949, Flávio Venturini iniciou seus estudos musicais aos 15 anos, primeiro com o acordeom e depois estudou percepção musical e piano. 

Ingressou no universo artístico quando passou a participar dos festivais de música do final do ano 60 e início dos anos 70. Nessa época, passou a integrar o movimento de artistas mineiros Clube da Esquina, ao lado de conterrâneos como Milton Nascimento, Lô Borges e Beto Guedes.

Nos anos 70, os artistas do Clube da Esquina tornaram-se referência de qualidade na MPB, pelo alto nível de sua performance, e disseminaram suas inovações e influência nacional e internacionalmente.

A sonoridade inovadora do Clube da Esquina trazia a fundição das inovações propostas pela Bossa Nova com elementos do jazz, do rock (principalmente dos ingleses The Beatles), da música folclórica, da música regional mineira, erudita e hispânica. Essas influências permeiam todo o trabalho musical do Clube: desde a composição, aos arranjos, às letras, processos de gravação em estúdio e shows.

No disco Clube da Esquina II, de 1978, Flávio Venturini participou como instrumentista, e a sua composição Nascente, em parceria com Murilo Antunes, entrou para o repertório do álbum.

O Terço

De 1974 a 1977, Venturini – indicado por Milton Nascimento – foi tecladista, compositor e um dos vocalistas da banda O Terço, que contava com Vinícius Cantuária na bateria e tinha uma pegada voltada para o rock progressivo, o rock rural e o pop. 

Com a banda, Flávio compôs canções como: Queimada e Jogo das Pedras (ambas em parceria com Cezar de Mercês); Criaturas da Noite (com Luiz Carlos Sá, do trio Sá, Rodrix e Guarabyra); além da instrumental 1974.

14 Bis

Em 1979, Flávio Venturini fundou – mais uma vez apadrinhado por Milton Nascimento – a banda de rock 14 Bis, ao lado dos músicos Sérgio Magrão, Hely Rodrigues, Vermelho e de seu irmão, Cláudio Venturini. 

A ideia do grupo era formar uma banda brasileira nos moldes das bandas internacionais que os influenciavam, como The Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, The Who, Deep Purple e Rolling Stones.

O primeiro álbum do 14 Bis, com título homônimo, foi produzido por Milton Nascimento, e Flávio Venturini assina a composição de 10 das 11 canções presentes, entre elas, o sucesso Natural (parceria com Tavinho Moura). A única que não tem sua participação na autoria é a clássica Canção da América, inédita até então, de Milton e Fernando Brant.

Em 1980, a banda lançou o seu segundo disco, 14 Bis II, com sucessos como Planeta Sonho (de Flávio, Vermelho e Márcio Borges); e Nova Manhã (de Venturini, Vermelho e Tavinho Moura); além das clássicas Bola de Meia, Bola de Gude (de Milton Nascimento e Fernando Brant); e Caçador de Mim (de Sérgio Magrão e Luiz Carlos Sá).

Em 1981, foi a vez do álbum Espelho das Águas, com o sucesso homônimo (de Venturini e Vermelho); e a canção Ciranda (de Venturi com Murilo Antunes). Neste disco também está a clássica e ainda inédita Nos Bailes da Vida (de Milton e Fernando Brant).

Dividido entre o 14 Bis e a carreira solo

Neste mesmo ano, mesmo dentro do 14 Bis, Flávio Venturini lançou o seu primeiro disco em carreira solo – chamado Nascente – que, além da canção título, conta com os sucessos Princesa (parceria com Ronaldo Bastos); e Espanhola (em parceria com Guarabyra).

Em 1982, com o 14 Bis, Flávio lançou o álbum Além Paraíso, que conta com o grande hit Linda Juventude, dele com Márcio Borges.

Nesse período, Venturini ingressou no curso de música para cinema do Núcleo de Animação da Embrafilme, promovido pelo National Film Board do Canadá, compondo trilhas para filmes premiados como: Quando os Morcegos se Calam e Viagem de Ônibus, de Daniel Schorr, e Instinto Animal, de Léa Zagury.

Em 1984, o grupo lançou outro grande hit: Todo Azul do Mar (de Flávio Venturini e Ronaldo Bastos). Em 1985, o disco A Nave Vai, conta com o sucesso Nuvens, também da dupla.

No mesmo ano, Venturini lançou o seu segundo disco solo, O Andarilho, com participação de Milton Nascimento, Toninho Horta, Nana Caymmi, Lô Borges e dos companheiros de 14 Bis. Entre as canções, está o sucesso Trilhas.

Em 1987, Flávio lançou seu último disco de estúdio como integrante do 14 Bis, Sete, que conta com o grande hit Mais Uma Vez, parceria do artista com Renato Russo. Em 1988, ainda sai o disco 14 Bis Ao Vivo, gravado no Teatro das Artes, em Belo Horizonte, que marca a despedida de Venturini da banda, para seguir focado em sua carreira solo.

Uma carreira solo de sucesso

Em 1990, já exclusivamente em carreira solo, lançou o disco Cidade Veloz, que conta com o sucesso Besame (parceria com Murilo Arantes), que depois estourou na voz de Jane Duboc, que gravou a canção para a novela Vale Tudo.

Em 1992, o artista lançou o álbum Flávio Venturini Ao Vivo, com grandes sucessos de sua carreira, além da clássica Brincar de Viver (de Guilherme Arantes e Jon Lucien), que conta com a participação de Guilherme.

Em 1994, é a vez do disco Noites com Sol, primeiro disco de ouro de sua carreira, que conta com o hit da faixa título e com o sucesso O Que Tem Que Ser (com participação de Ritchie) ambas parceria com Ronaldo Bastos; além da canção Clube da Esquina 2 (de Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges).

Em 1996, Flávio Venturini lançou o álbum Beija-Flor e, em 1997, um disco ao vivo em parceria com Toninho Horta. 

Em 1998, é a vez do disco Trem Azul, que conta com grandes sucessos como a faixa título (de Lô Borges e Ronaldo Bastos); Amor de Índio (de Beto Guedes e Ronaldo Bastos); Cais (de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos); Travessia (de Milton e Fernando Brant); e Tão Seu, dos também mineiros Samuel Rosa e Chico Amaral; além de canções clássicas de seu repertório como compositor.

Em 1999, o disco Linda Juventude Ao Vivo conta com participações de Paulinho Moska, 14 Bis, Paulo Ricardo, Lô Borges, Beto Guedes e Leila Pinheiro, entre outros, e traz vários sucessos de sua carreira, desde a época em que fazia parte da banda O Terço.

Em 2003, Flávio Venturini lançou o álbum Porque Não Tínhamos Bicicleta, que – além da clássica adaptação e arranjo de sua autoria para a canção Céu de Santo Amaro, inspirada na melodia de J. Sebastian Bach e com participação de Caetano Veloso – conta com uma parceria com Milton Nascimento, na canção Música, na qual o amigo de longa data participa dos vocais.

Em 2006, o mineiro lançou  o disco Canção Sem Fim, que conta com suas canções Flores de Abril e Amor Pra Sempre, além de Fênix, em parceria com Jorge Vercillo.

Em 2007, participou da gravação do CD e DVD 14 Bis Ao Vivo, com seus antigos companheiros de banda.

Em 2009, lançou o CD e DVD Não Se Apague Esta Noite, com participação de Mart’nália e Luiza Possi, entre outros, e que conta com os sucessos Recomeçar, Beija-Flor e No Trem do Amor, todas em parceria com Ronaldo Bastos.

Em 2013, lançou o disco Venturini. Entre as canções: Um Dia De Verão, Beijo Solar e Idos Janeiro, esta última em parceria com Vander Lee.

Já em 2016, Flávio iniciou uma série de shows pelo Brasil com o espetáculo Encontro Marcado, ao lado dos amigos Sá & Guarabyra e 14 Bis. O lançamento da turnê ocorreu em Belo Horizonte e o espetáculo virou CD e DVD.  

Em 2019, lançou – ao lado do contrabaixista Neto Bellotto e seu grupo DoContra – o CD Paraíso, gravado ao vivo, e com faixas como Nascente, Planeta Sonho e a inédita Suíte Venturini, essa em parceria com Bellotto.

E, em 2020, o artista apresentou parcerias com Ronaldo Bastos, Nilson Chaves e Luiz Carlos Sá no primeiro disco de músicas inéditas em sete anos: Paisagens Sonoras – Volume 1.

Nos últimos anos, se apresentou ao lado de seus companheiros mineiros no show em comemoração aos 50 anos de Clube de Esquina, da banda O Terço, e também na turnê 4 Irmãos.

Sua rica obra como compositor foi gravada por diversos artistas importantes da MPB, como Leila Pinheiro, Jane Duboc, Emílio Santiago, Simone, Milton Nascimento, Nana Caymmi e Beto Guedes, e Flávio Venturini teve diversas canções em novelas e compôs trilha de diversos filmes nacionais ao longo de seus quase 50 anos de carreira.

Playlist Especial Flávio Venturini

E, para finalizar as celebrações do dia de hoje, nós preparamos uma Playlist Especial Flávio Venturini, com as músicas mais importantes da carreira do aniversariante do dia, em ordem cronológica de lançamento, para você fazer um passeio pela vida e obra do artista. Aproveite!

  1. Nascente (Flávio Venturini e com Murilo Antunes)
  2. Queimada (Flávio Venturini e Cezar de Mercês)
  3. Jogo das Pedras (Flávio Venturini e Cezar de Mercês)
  4. Criaturas da Noite (Flávio Venturini e Luiz Carlos Sá)
  5. 1974 (Flávio Venturini)
  6. Natural (Flávio Venturini e Tavinho Moura)
  7. Planeta Sonho (Flávio Venturini, Vermelho e Márcio Borges)
  8. Nova Manhã (Flávio Venturini, Vermelho e Tavinho Moura)
  9. Espelho das Águas (Flávio Venturini e Vermelho)
  10. Ciranda (Flávio Venturini e Murilo Antunes)
  11. Princesa (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  12. Espanhola (Flávio Venturini e Guarabyra)
  13. Linda Juventude (Flávio Venturini e Márcio Borges)
  14. Todo Azul do Mar (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  15. Nuvens (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  16. Trilhas (Flávio Venturini)
  17. Mais Uma Vez (Flávio Venturini e Renato Russo)
  18. Besame (Flávio Venturini e Murilo Arantes) 
  19. Noites com Sol (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  20. O Que Tem Que Ser (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  21. Trem Azul (Lô Borges e Ronaldo Bastos)
  22. Amor de Índio (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
  23. Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos)
  24. Céu de Santo Amaro (Flávio Venturini, inspirado na melodia de J. Sebastian Bach)
  25. Música (Flávio Venturini e Milton Nascimento)
  26. Flores de Abril (Flávio Venturini)
  27. Amor Pra Sempre (Flávio Venturini)
  28. Fênix (Flávio Venturini e Jorge Vercillo)
  29. Recomeçar (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  30. Beija-Flor (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  31. No Trem do Amor (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)
  32. Um Dia De Verão (Flávio Venturini)
  33. Beijo Solar (Flávio Venturini) 
  34. Idos Janeiro (Flávio Venturini e Vander Lee)
  35. Suíte Venturini (Flávio Venturini e Neto Bellotto)

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