Nos 100 anos da Semana de Arte Moderna, a Semana de 22, tem ampla programação organizada pelo governo do Estado e prefeitura quanto por eventos privados.

São eventos que comemoram os artistas modernos e discussões que propõe o questionamento do que é ser moderno hoje.

Confira a programação da Semana de 22:

Casa Mário de Andrade
A antiga residência do escritor de “Macunaíma”, que deve passar por uma expansão ainda neste ano, expõe o álbum de gravuras “Fantoches da Meia-Noite”, trabalho emblemático de Di Cavalcanti, um dos propulsores do modernismo brasileiro, publicado no mesmo ano da Semana de Arte Moderna. A casa em si também apresenta a ambiência de como era quando o autor ainda morava lá.
R. Lopes Chaves, 546, Barra Funda. Ter. a dom.: 10h às 18h. Gratuito

Central Galeria
São os brasileiros um povo alegre? É o que a curadora Patricia Wagner questiona em “Alegria, Uma Invenção”, tomando como uma das heranças da Semana de 22 a construção de uma identidade nacional. A mostra reúne mais de 20 artistas, com obras de nomes como Cícero Dias, Randolpho Lamonier e Carmézia Emiliano.
R. Bento Freitas, 306, Vila Buarque. 12/2 a 26/3. Seg. a sex.: 11h às 19h. Sáb.: 11h às 17h. Gratuito

 

Obra de arte
Obra de Thiago Honório em exposição na Central Galeria – Divulgação

 

Centro Cultural Banco do Brasil
Artistas de peso da arte contemporânea como Cildo Meireles, Nelson Leiner, Anna Bella Geiger, Adriana Varejão e Tunga foram reunidos em “Brasilidade Pós-Modernismo” para discutir o legado do modernismo brasileiro —tanto como propulsor de pautas debatidas até hoje, caso da liberdade reivindicada por Mário de Andrade em “Pauliceia Desvairada”, quanto como um evento que foi restrito a ciclos pouco diversos do Brasil.
R. Álvares Penteado, 112, Centro Histórico. Até 7/3. Seg.: 9h às 19h. Qua. a dom.: 9h às 19h. Gratuito

Centro Cultural da Fiesp
São centrais na mostra “Era Uma Vez o Moderno”, realizada junto ao Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, documentos de 1910 a 1944 que dão um panorama de como foi a construção da arte moderna no Brasil. Estão lá, por exemplo, o diário da Anita Malfatti e a carta escrita por Mário de Andrade a Tarsila do Amaral.
Av. Paulista, 1313, Bela Vista. Até 29/5. Qua. a dom.: 11h às 20h. Gratuito

Conjunto Nacional
Treze artistas visuais homenageiam os nomes do modernismo com cartazes expostos na fachada do prédio histórico na avenida Paulista. O local, na esquina com a rua Augusta e projeto dos anos 1950 de David Libeskind, é também um marco da arquitetura modernista no país e da modernização da via, que deixou de lado os grandes casarões dos barões de café rumo a um visual industrial.
Até 28/2. Av. Paulista, 2073, Bela Vista. Gratuito

 

Banners em frente à prédio na Paulista
Em frente ao Conjunto Nacional, na av. Paulista, 13 artistas contemporâneos prestam homenagem ao centenário da Semana de 22 com cartazes – Phoética Ateliê Fotográfico/Divulgação

 

​Itaú Cultural
A partir do dia 23 de fevereiro, o espaço começa o projeto “Centenário da Semana de 22”, com uma série de publicações de textos e vídeos no site da instituição sobre o evento modernista. Os temas abordados durante o ano serão revisitados numa exposição presencial, organizada por Julia Rebouças, Luciara Ribeiro e Naine Terena, em dezembro, com data ainda a confirmar.
Av. Paulista, 149, Bela Vista. Gratuito. Em itaucultural.org.br

Instituto Moreira Salles
Como o cinema e a fotografia retrataram o processo de urbanização nas principais capitais brasileiras? É o que investiga a mostra “Modernidades Fora de Foco: A Fotografia e o Cinema no Brasil” a partir de uma certa ausência das duas linguagens na Semana de 22.
Av. Paulista, 2424, Bela Vista. De 13/9 a 26/2/23. Ter. a dom.: 10h às 20h. Gratuito

Masp
Um dos principais museus da cidade aborda o bicentenário da Independência do Brasil —cujo centenário também agitou o Municipal na década de 1920. As exposições de Alfredo Volpi e de Abdias do Nascimento abrem a programação, que se encerra com a grande mostra coletiva “Histórias Brasileiras”.
Av. Paulista, 1578, Bela Vista. ‘Volpi Popular’ e ‘Abdias Nascimento: Um Artista Panamefricano’ – 25/2 a 5/6. Ter.: 10h às 20h. Qua. a dom.: 10h às 18h. Ingressos a partir de R$ 25, com agendamento por masp.org.br/ingressos

Memorial da América Latina
Victor Brecheter, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Villa-Lobos e outros ícones do modernismo são retratados em 16 caricaturas, expostas nos pilares do espaço da Barra Funda. No dia da inauguração, no próximo dia 13, o Trio Jr Alves faz apresentação de chorinho.
Av. Mário de Andrade, 664, Barra Funda. 13/2. Ter. a dom.: 10h às 17h. Gratuito​

Museu do Futebol
O esporte mais popular do país também é aproximado com o modernismo nessa mostra organizada por Guilherme Wisnik. “22 em Campo: Modernismo e Futebol”, ainda sem data de abertura definida, relaciona como os dois movimentos foram importantes para criar uma identidade nacional que se perpetua até hoje.
Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), praça Charles Miller, s/nº, Pacaembu. Seg. a ex.: 9h às 18h. Ingressos a partir de R$ 10

Museu da Imagem e do Som
Candido Portinari, pintor de “O Mestiço”, será apresentado para o público na proposta de exposição imersiva que o MIS Experience, na Água Branca, já abordou com Leonardo Da Vinci. Já no prédio principal do MIS acontece a mostra “100 Anos Modernos”, prevista para abrir entre abril e maio deste ano.
R. Vladmir Herzog, 75. Fechado atualmente

Pinacoteca de São Paulo
O museu, que foi o primeiro a ter uma obra modernista em sua coleção, apresenta 134 trabalhos ligados ao movimento artístico em “Modernismo. Destaques do Acervo”. “Amigos”, de Di Cavalcanti, e “São Paulo”, de Tarsila do Amaral, estão entre eles. Neste ano, a instituição também se debruça na ideia de identidade nacional e em pautas decoloniais, com exposições dos artistas Adriana Varejão, Jonathas de Andrade —que estará no pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza deste ano—, Dalton Paula, Lenora de Barros —que é uma das cinco brasileiras na mostra principal de Veneza— e Ayrson Heráclito.
Praça da Luz, 2, Bom Retiro. Qua. a seg.: 10h às 18h. Ingressos a partir de R$ 10, com agendamento em pinacoteca.org.br/ingressos-e-releases

Sesc ​24 de Maio
A mostra “Raio-que-o-parta: Ficções do Moderno no Brasil” reúne cerca de 600 obras de 200 artistas —Anita Malfatti, Tomie Ohtake, Pagu e Guignard estão entre eles— para pensar a modernização do território brasileiro. O edifício da unidade, aliás, foi uma das últimas obras do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu no ano passado, e que foi um continuador da arquitetura de inspiração moderna.
R. 24 de Maio, 109, Centro. De 16/2 a 7/8. Ter. a sáb.: 10h às 20h. Dom. e feriado: 10h às 18h. Gratuito

Fonte: Guia Folha