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BRASIL COM S – Abreugrafia

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09:30 31.01.2023
Jornalismo

BRASIL COM S – Abreugrafia

Hoje, aqui no Brasil com S, a gente fala sobre a Abreugrafia! Você sabia que a Abreugrafia foi um invento genuinamente brasileiro que transformou para sempre a história da medicina mundial? A Abreugrafia foi inventada pelo médico pneumologista Manuel Dias de Abreu Inventado no ano de 1936, pelo médico pneumologista e cientista paulista Manuel Dias … Continued

Novabrasil - 31.01.2023 - 09:30
BRASIL COM S – Abreugrafia
BRASIL COM S – Abreugrafia

Hoje, aqui no Brasil com S, a gente fala sobre a Abreugrafia! Você sabia que a Abreugrafia foi um invento genuinamente brasileiro que transformou para sempre a história da medicina mundial?

Manoel Dias de Abreu e a Abreugrafia | Foto: Revista Brasileira de Tuberculose.

A Abreugrafia foi inventada pelo médico pneumologista Manuel Dias de Abreu

Inventado no ano de 1936, pelo médico pneumologista e cientista paulista Manuel Dias de Abreu, era um método rápido e barato de tirar pequenas chapas radiográficas dos pulmões, para facilitar o diagnóstico da tuberculose e do câncer de pulmão, ainda não detectados por outras técnicas de diagnóstico na época.

O teste, que registrava a imagem do tórax numa tela de Raio-X, foi reconhecido naquele mesmo ano pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e, depois, adotado universalmente.

O que é a Abreugrafia?

A Abreugrafia era um Raio-X de menor proporção, que fazia um rastreamento de doenças pulmonares e possibilitava sua consequente detecção precoce, sendo muito eficaz em uma época em que a tuberculose era uma doença que matava muito.

O diagnóstico precoce de pessoas que estivessem sem os sintomas, mas – mesmo assim – transmitindo a tuberculose, ajudou a conter a disseminação da doença, controlada efetivamente com o uso de antibióticos, a partir da década de 1950.

Primeira Abreugrafia registrada | Foto: Roentgen

Como funcionava?

Combinando as técnicas de radiologia e de fotografia, a máquina emitia um feixe de raios-X, que sensibilizava uma tela que se tornava fluorescente e produzia uma imagem visível a olho nu, captada por uma câmera fotográfica.

“A imagem era registrada em filmes de 35 milímetros, muito mais baratos que os em voga naquele momento, de 30 x 40 centímetros, típicos de outros processos concorrentes, como a radiografia” –  relatou o jornalista e historiador Oldair de Oliveira, no livro O mestre das sombras – Um raio X histórico de Manoel de Abreu, editado em 2012, pela Sociedade Paulista de Radiologia.

“Apesar da menor dimensão do filme, o registro era plenamente eficaz para o diagnóstico, bastando o uso do negatoscópio ou de uma lente de aumento”.

O Dia da Abreugrafia

O invento foi batizado em homenagem a Manuel e – na data de seu aniversário, 4 de janeiro – é comemorado o Dia da Abreugrafia no Brasil.

O inventor, que lecionou Radiologia em inúmeras instituições científicas do Brasil e exterior e foi membro das mais importantes organizações médicas do mundo, recebeu seis indicações para o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.

Manoel Dias de Abreu morreu, em 1962, ironicamente, de câncer de pulmão. A doença foi, provavelmente, causada porque o médico tinha o hábito de fumar.

O médico pneumologista e cientista Manuel Dias de Abreu | Foto: Academia Nacional de Medicina

Hoje, a Abreugrafia não é mais utilizada, pois a técnica foi ganhando novos avanços a cada ano, mas – atualmente – o Raio-X de tórax normal continua sendo usado para fazer diagnóstico referencial. 

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