
Risco de doenças infecciosas e contagiosas aumenta no Rio Grande do Sul, diz especialista
Risco de doenças infecciosas e contagiosas aumenta no Rio Grande do Sul, diz especialista
Em entrevista à Novabrasil, o médico Renato Kfouri alerta que as enchentes tornam o cenário propício para vários problemas sanitários


As fortes chuvas que inundaram parte do Rio Grande do Sul, além de todos os problemas aparentes, também podem trazer doenças para a população. E isso já é motivo de preocupação. Em Porto Alegre, por exemplo, moradores já relatam uma infestação de ratos e baratas. Os animais deixam o subsolo e buscam lugares secos para se abrigar.
Essas situações de enchentes levam a um aumento do risco de doenças infecciosas e contagiosas. Além da leptospirose, que ocorre pelo contato com a urina do rato, há também o risco de ingestão de água contaminada e que pode trazer hepatites e surtos de diarréia. O tétano é outro problema que pode surgir nessas condições.
O infectologista e colunista da Novabrasil, Renato Kfouri lembra que “estamos no momento da dengue e água parada é tudo que o mosquito quer”. Lembrando que, além da dengue, o mosquito também transmite a chikungunya e a febre amarela.
O infectologista destaca que o fundamental “é evitar o contato direto com a água da enchente, ainda que seja muito difícil num cenário como o atual no Rio Grande do Sul”. “Tentar ficar o menor tempo possível nessa água e usar luvas, botas ou sacos plásticos”, diz Kfouri.
Segundo ele, quem tem contato com a água de enchente e apresenta alguns sintomas como diarreia, febre ou indisposição deve avisar aos médicos para um diagnóstico mais rápido.
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Renato Kfouri lembrou ainda que “as outras doenças continuam ocorrendo, como infartos, diabetes, entre outras. E as pessoas terão dificuldades para acessar os serviços médicos por falta de estrutura“. O médico alerta também que essas grandes catástrofes têm sido cada vez mais frequentes e é necessário nos prepararmos para enfrentar esses momentos.