Há exatos 87 anos, em 28 de fevereiro de 1935, o Brasil perdia a grande Chiquinha Gonzaga.

Partindo curiosamente no meio de um Carnaval, Chiquinha entrou para a história por ser a autora da primeira marchinha de Carnaval com letra do nosso país: Ô Abre Alas, composta pela musicista em 1989, para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, que passava na frente de sua casa no bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro.

Pioneira, Chiquinha – que foi a primeira compositora popular e a primeira pianista de choro do Brasil – também era maestrina e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no país.

Gonzaga foi uma mulher à frente de seu tempo: quebrou muitas barreiras e rompeu padrões, tanto na música – abrindo portas para muitas mulheres em uma profissão que não era exercida por elas na época – quanto na sociedade, lutando pelas liberdades no país, pelo fim da escravidão e da monarquia e enfrentando uma cultura opressora ao romper casamentos e perder a guarda dos filhos para dedicar-se à carreira.

Em 1999, foi criada no Brasil a Medalha de Reconhecimento Chiquinha Gonzaga, para mulheres que militam em prol das causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais.

Chiquinha Gonzaga foi tão importante para a história da nossa música que, em 2012, foi sancionada uma lei que instituiu que o Dia da Música Popular Brasileira, seria comemorado no dia de seu aniversário: 17 de outubro.

Ô Abre Alas, que Chiquinha Gonzaga quer passar!