Hoje, dia 10 de junho de 2021, o grande gênio da música brasileira, pai da bossa nova – João Gilberto – completaria 90 anos.

João nos deixou em 2019, mas será sempre lembrado como um ícone, que revolucionou e transformou a música popular brasileira para sempre, influenciando uma geração de artistas que surgiram junto ou depois dele, como Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Novos Baianos, Rita Lee, Chico Buarque, Roberto Carlos, Fernanda Takai, Jorge Ben Jor, Edu Lobo e Cazuza, entre tantos outros.

O baiano, de Juazeiro, alterou – de forma irreversível – o DNA da música popular brasileira, ao criar e consolidar um novo estilo de tocar violão, com uma batida que alternava as harmonias com a introdução de acordes dissonantes, não convencionais, e uma inovadora sincopação do samba, a partir de uma divisão única, inspirada no jazz norte-americano.

Além disso, João trouxe outro diferencial da bossa nova com relação ao que se ouvia até então na música brasileira: as letras com temáticas leves e a forma de cantar mais suave, baixinha e próxima da voz falada, com um texto bem pronunciado em tom coloquial.

Dono de uma sonoridade original e moderna, João Gilberto levou a música popular brasileira ao mundo, principalmente para os Estados Unidos, Europa e Japão. Tido como um dos músicos mais influentes no jazz americano do século XX, ganhou prêmios importantes nos Estados Unidos e na Europa e possui dois Grammy Awards.

O marco inicial da bossa nova foi quando João Gilberto lançou um disco com a canção título, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, Chega de Saudade, em 1959. Além dela, João eternizou outros sucessos como Desafinado, Garota de Ipanema e Samba de Uma Nota Só.

Viva, o eterno e genial, João Gilberto!