Plataforma Mãe aos 40 lança o 1º Guia Acessível da Fertilização in Vitro, conheça

Querer é poder. Muita gente cresceu ouvindo essa afirmação, que é praticamente uma frase motivacional para encorajar pessoas a correrem atrás de seus objetivos. Mas a vida real é bem mais complexa e não precisamos ir muito longe para descobrir que não, querer não é poder. E não raras as vezes, isto se aplica também ao desejo pela maternidade.

Ao longo dos últimos cinco anos ouvindo centenas de mulheres que adiaram a maternidade e desejam uma gravidez que demora a chegar, me perguntei o que poderia fazer para auxiliar essas mulheres. Encontrei na informação a ferramenta mais poderosa de conscientização rumo à jornada em busca do filho nos braços.  

Muitas destas mulheres – e destes casais, afinal infertilidade não acomete apenas mulheres – terão de lidar com a barreira financeira para conseguir alcançar o desejo de ter filhos. O custo de um tratamento de alta complexidade, como a Fertilização in Vitro, ainda foge da realidade da maioria dos brasileiros, girando em torno de 30 a 40 mil reais.

Dos 10 centros de reprodução que ofertam a Fertilização in Vitro pelo SUS, apenas quatro são totalmente gratuitos, mas existe alta demanda e, na maioria deles, o limite de idade para a mulher poder realizar o tratamento é de 37/38 anos. Muitas terão mais que essa idade quando chegar a sua vez na fila.

E as que adiaram a maternidade nem têm a possibilidade de se candidatar a uma vaga. Diante deste cenário, dois pontos sempre me incomodaram muito: o primeiro é que a infertilidade é classificada como doença e, portanto, deveria ter cobertura para todos não só no SUS como nos convênios médicos; o segundo é que a concepção é um direito garantido na nossa constituição, mas na prática, vemos pessoas sem nenhuma assistência para conseguir gerar seus filhos quando precisam de ajuda. Mulheres que sonham em vivenciar uma gravidez e ver sua criança correr pela casa passam invisíveis e invisibilizadas em nossa sociedade.

É importante dar voz à dor da infertilidade e de fazer barulho para incomodar quem tem o poder nas mãos. Mas enquanto isso não acontece, resolvi mapear quais clínicas de reprodução assistida oferecem programas mais acessíveis financeiramente para quem precisa.

Ao longo de três meses, entrei em contato com 100 clínicas de diferentes regiões do Brasil para entender quais tinham programas de custos mais acessíveis e como eles funcionavam.

Recebi algumas portas na cara, que deixaram claro, que alguns programas existem mais para fazer um marketing bonito do que, necessariamente, para chegar em quem precisa. Mas, claro, encontrei também médicos comprometidos com o propósito genuíno de auxiliar essas pessoas.

E assim nasceu o “Guia Sua FIV Acessível”, um material que é fruto desta curadoria de conteúdo, cujo objetivo é facilitar o acesso à informação.

O Guia já está disponível para download gratuito e pode ser um primeiro passo importante para quem não se encaixa nos pré-requisitos do SUS, não pode pagar o valor integral de um tratamento em clínicas particulares ou que, simplesmente, sequer sabia da existência destes programas.

Desejo, do fundo do coração, que este material seja útil para quem precisa e que encurte caminhos para quem sonha em um dia segurar seu filho nos braços.

Para receber o material, basta preencher formulário de inscrição e fazer o download. Aline Dini é fundadora da plataforma Mãe aos 40, e colunista parceira da Michelle Trombelli no “Mulher 4.0”, aqui da Novabrasil.