Ivana Moreira: “A dor que não sangra, dói em dobro”

Imagine o que é para uma jornalista jovem chegar ao cargo de apresentadora na maior emissora de televisão do continente.

A Izabella Camargo tinha chegado lá, era âncora de telejornais da Rede Globo quando um apagão ao vivo, em 2018, mudou tudo na sua vida.

Desde a primeira vez que entrevistei a colega de profissão, fiquei profundamente inspirada por sua história.

Com diagnóstico de Burnout, quando a síndrome ainda não era reconhecida (nem compreendida) pelas empresas, a jornalista acabou demitida. É claro que ela foi ao fundo do poço.

Mas Izabella transformou o episódio e sua própria dor em combustível para lutar contra uma realidade muito cruel: o silencioso processo de adoecimento mental que se tornou comum no mundo corporativo. “Dor que não sangra, dói em dobro”, diz ela.

A jornalista, autora do livro “Dá um tempo: como encontrar limite em um mundo sem limite”, é atualmente uma das referências do país na luta por mais cuidado com a saúde mental.

Ele criou o movimento em defesa dos EPIs da Saúde Mental, destinados a preservar e promover a saúde mental dos colaboradores nas companhias.

Izabella Camargo é minha convidada desta semana do Inspiradoras Cast, uma conversa com mulheres que mudaram suas vidas para melhor e, hoje, influenciam milhões de outras mulheres a fazerem o mesmo.

Segundo ela, pessoas que “amam demais o que fazem” correm ainda mais risco de se tornarem vítimas de uma cultura corporativa que não preserva limites saudáveis nas relações de trabalho em nome dos resultados.

Na conversa com a Novabrasil, Izabella falou também sobre os impactos que a mudança de estilo de vida trouxe para a vida dela.

Confira abaixo: