
Filme “A Melhor Mãe do Mundo” emociona e brilha em Berlim


Mulher 4.0
Aline Dini e Michelle Trombelli
Filme “A Melhor Mãe do Mundo” emociona e brilha em Berlim
Longa foi o tema da conversa do Mulher 4.0, que destacou a importância da arte retratar a realidade das mães solo


O cinema brasileiro brilhou mais uma vez e, desta vez, no Festival de Berlim com a exibição do filme “A Melhor Mãe do Mundo”, dirigido por Ana Muylaert. A produção, que recebeu uma longa e emocionante ovação do público, promete ser um dos destaques do ano.
O longa aborda questões sociais profundas e universais por meio da história de uma mãe que luta para proteger seus filhos. O filme foi o nosso tema nesta semana na coluna Mulher 4.0 que você ouve todas as semanas no rádio, terças-feiras, às 6h30.
Confira abaixo no ‘Nova Manhã’:
A história de força e resiliência materna
A trama acompanha Gal, interpretada por Shirley Cruz, uma catadora de materiais recicláveis que precisa fugir da violência doméstica imposta pelo marido Leandro, papel de Seu Jorge.
Em meio ao desespero, ela embarca em uma jornada pelas ruas de São Paulo, levando consigo seus dois filhos pequenos em sua carroça de reciclagem.
Com um instinto maternal inabalável, Gal transforma essa fuga angustiante em uma aventura para as crianças, tentando preservar a inocência delas e protegê-las da dura realidade que enfrentam.
A diretora Ana Muylaert, conhecida por seu trabalho no premiado “Que Horas Ela Volta?”, volta a explorar temas sociais urgentes, desta vez trazendo um olhar sensível sobre a maternidade, a violência doméstica e a desigualdade social no Brasil.
Semelhanças com “A Vida é Bela”?
Durante a coluna Mulher 4.0, da Novabrasil, as apresentadoras Michele Trombelli e Aline Dini comentaram sobre o impacto do filme. Michele destacou que “A Melhor Mãe do Mundo” parece ter o mesmo efeito emocional do clássico “A Vida é Bela” (1997), de Roberto Benigni, no qual um pai tenta amenizar os horrores da Segunda Guerra Mundial para seu filho, criando um universo lúdico em meio ao caos. A comparação ressalta a força da narrativa de Gal, que esconde dos filhos o verdadeiro perigo que os cerca.
Além da emocionante história de amor e sacrifício materno, o filme traz à tona estatísticas preocupantes. No Brasil, mais de 11 milhões de mulheres são mães solo, muitas enfrentando dificuldades financeiras e sociais para criar seus filhos. Além disso, os índices de violência doméstica continuam alarmantes: segundo dados recentes, houve um aumento de 36% nas denúncias de agressões contra mulheres no último ano.
O filme se insere nesse contexto como um importante instrumento de conscientização. Ao retratar uma mãe que luta incansavelmente para garantir um futuro melhor para seus filhos, “A Melhor Mãe do Mundo” convida o público a refletir sobre a necessidade de um país mais seguro e justo para as mulheres.
Veja trailer:
Estreia e expectativas
Com estreia prevista para agosto de 2025, a produção já gera grande expectativa entre cinéfilos e críticos. A recepção calorosa no Festival de Berlim reforça o potencial da obra para impactar plateias ao redor do mundo e, quem sabe, conquistar prêmios importantes.
O cinema nacional, mais uma vez, se mostra potente e necessário, contando histórias que emocionam, conscientizam e amplificam vozes muitas vezes silenciadas. “A Melhor Mãe do Mundo” promete ser mais do que um filme: será um retrato de amor, coragem e resistência.
Fique ligado na Novabrasil para mais novidades sobre essa e outras grandes estreias do cinema brasileiro!
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