Subvagas, as migalhas para os 60+
Subvagas, as migalhas para os 60+
Algumas empresa propagandeiam seus programas de inclusão etária. Na prática, o que andam oferecendo são vagas menores para quem tem conhecimento, experiência e muito potencial
Depois de uma carreira longeva, em que atingiu o posto de gerente de produtos, um homem foi demitido. Três anos tentando uma recolocação e, finalmente, uma vaga: foi contratado como supervisor de estoque com um salário 40% menor do que recebia à época da demissão e praticamente nenhum benefício.
O mesmo aconteceu com a enfermeira-chefe que virou atendente em laboratório, a estilista que está empregada como passadeira numa confecção e a instrumentista que, hoje, vende uniformes médicos. Em comum, essa galera tem a faixa etária. Todos com mais de 60 anos. Nenhum deles conseguiu amealhar um patrimônio que garanta sustento sem mais uma fonte de renda. Eles precisam trabalhar e se contentaram com o que o mercado oferece: as vagas menores. Em alguns casos, subvagas.
Mas será que é só isso que um profissional 60+ tem a oferecer ao mercado: migalhinhas do seu conhecimento.
Muitas empresas adotam a política de inclusão etária… que vai só até a página 2.
Numa ponta estão os profissionais da geração Z que não querem trabalhar por pouco, impõem muitas condições e já entenderam que a vida não é trabalho (não tiro a razão deles). Na outra ponta estão os idosos que aceitam qualquer coisa… porque é melhor que nada.
Fica aqui o recadinho e a lição de casa para a turma do RH nessa virada de ano.