Reposição hormonal e risco de tumores: o que dizem novos estudos sobre o tema
Vida e Saúde com Renato Kfouri
Pediatra, infectologista, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria
Reposição hormonal e risco de tumores: o que dizem novos estudos sobre o tema
A médica Andrea Gadelha, em entrevista à Novabrasil, explica que hoje há mais embasamento sobre o assunto e cuidados com as pacientes
A menopausa, parada permanente da menstruação causada por uma perda da função ovariana, faz parte do processo de envelhecimento, da longevidade da mulher. Geralmente, ela ocorre por volta dos 48 aos 52 anos. E, com ela, alguns reflexos são notados.
A menopausa se caracteriza por essa perda da função ovariana, consequentemente, diminuindo a produção dos hormônios produzidos pelo ovário: estrógeno e progesterona.
Em entrevista à Novabrasil, a médica oncologista Andrea Gadelha, diretora do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, diz que “isso leva a sintomas vasomotores. São as ondas de calor, suor noturno, além dos sintomas geniturinários relacionados à menopausa”. Isso causa desde redução de libido a ressecamento vaginal e dores nas relações sexuais, entre outros.
A reposição hormonal é um assunto muito discutido quando falamos de menopausa. E, com a longevidade, isso é muito mais presente. De acordo com Andra Gadelha, alguns estudos no passado associavam a terapia de reposição hormonal ao risco de alterações cardiovasculares e mesmo ao câncer. “Hoje, conseguimos falar sobre isso de uma forma mais tranquila e com mais embasamento. Esse risco é variável. Alguns tumores dependem de exposição e ao tipo de reposição hormonal. Os estudos trazem um grau de segurança maior mesmo para mulheres que já passaram por câncer como colo de útero ou de mama”, diz a oncologista.
OS profissionais de medicina fazem uma classificação de risco: mulheres com mais riscos e aquelas com menos possibilidades de reposição.
A médica Andrea Gadelha explica que “isso depende do tempo entre a entrada da menopausa e o início da reposição hormonal, antecedentes cardiovasculares, de AVC ou mesmo risco de câncer de mama na família”. Tudo isso será considerado para escolha das terapias que serão aplicadas.
O colunista da Novabrasil e infectologista Renato Kfouri ressalta que é importante fazer a reposição sempre com médicos e evitar automedicação. Já a oncologista Andrea Gadelha lembra que o objetivo da reposição é melhora de sintomas, mas é sempre importante pesar riscos e benefícios.
Para tentar minimizar os efeitos da menopausa, o controle de peso, boa alimentação e exercícios físicos regulares são pilares básicos.
Confira abaixo:
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