
Recuperação muscular: calor e gelo têm efeitos diferentes e podem ser aliados após o treino


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Recuperação muscular: calor e gelo têm efeitos diferentes e podem ser aliados após o treino
Especialista explica como cada técnica atua no corpo e orienta quando utilizar cada uma delas para evitar dor, inchaço ou rigidez


A escolha entre calor ou gelo na recuperação pós-treino depende do tipo de desconforto e do momento da aplicação. Ambas as terapias têm efeitos distintos sobre o corpo e, quando utilizadas corretamente, podem contribuir para uma recuperação muscular mais eficiente.
A crioterapia, baseada na aplicação de frio, é recomendada para reduzir inflamações e dores agudas logo após exercícios intensos. Já a termoterapia, com aplicação de calor, favorece o relaxamento muscular e a melhora da flexibilidade, sendo mais indicada em casos de rigidez crônica e antes da atividade física.
Segundo o Prof. Dr. João Douglas Gil, fisioterapeuta e head nacional da Fisioterapia da Brazil Health, o gelo atua provocando vasoconstrição, o que reduz o fluxo sanguíneo, alivia a dor e limita o inchaço. “A aplicação de frio imediatamente após treinos pesados ou lesões é muito eficaz para conter o processo inflamatório e acelerar a recuperação”, explica o especialista. O método pode ser realizado com bolsas de gelo, equipamentos de compressão com circulação de água gelada ou materiais reutilizáveis.
Calor para relaxar, frio para controlar a inflamação
Já o calor tem o efeito oposto: dilata os vasos sanguíneos e estimula a circulação local. Isso facilita a entrega de oxigênio e nutrientes aos tecidos, promovendo relaxamento muscular e maior mobilidade. A termoterapia pode ser aplicada com bolsas de água quente, banhos quentes ou mantas elétricas. “O calor é especialmente útil pela manhã, antes do exercício ou ao final do dia, para aliviar tensões acumuladas e melhorar a amplitude de movimento”, orienta Gil.
Embora eficazes, as duas abordagens apresentam limitações. O frio pode reduzir temporariamente a potência muscular e não é recomendado em casos de rigidez causada por tensão. O calor, por sua vez, pode intensificar inflamações se for utilizado logo após a lesão, quando a região ainda está inchada.
Alternância entre técnicas pode potencializar resultados
Estudos recentes reforçam esses usos complementares. Pesquisas sobre crioterapia demonstram bons resultados no alívio da dor muscular pós-exercício, embora seus efeitos a longo prazo ainda estejam sendo debatidos. Já a aplicação de calor tem mostrado melhora na flexibilidade e no tempo de recuperação, especialmente quando associada a outras estratégias fisioterapêuticas.
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Alguns atletas adotam a terapia de contraste, alternando calor e gelo na mesma sessão. Essa prática busca unir os benefícios de ambos os métodos, estimulando a circulação e reduzindo edemas persistentes ou dores mais resistentes.
Para quem busca uma rotina de recuperação eficaz, a recomendação é observar os sinais do corpo e aplicar a técnica mais adequada para cada situação. “A melhor escolha depende do tipo de dor, do momento da recuperação e do histórico do paciente. Quando bem utilizadas, essas estratégias ajudam a prevenir lesões, melhorar o desempenho e acelerar o retorno aos treinos”, conclui o fisioterapeuta.
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