
Os graves riscos do uso inadequado de antibióticos

Os graves riscos do uso inadequado de antibióticos
Campanha visa educar leigos e profissionais de saúde sobre a importância do uso e descarte corretos desses medicamentos


O Instituto Latino-americano de Sepse lançou a campanha “Não tome de forma errada”, com o objetivo de alertar a população sobre os riscos do uso exagerado de antibióticos e do descarte inadequado desses medicamentos.
Os antimicrobianos são uma categoria de drogas utilizadas para prevenir e tratar infecções em humanos, animais e plantas e incluem antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários.
A resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, fungos, parasitas ou vírus evoluem de forma a tornar ineficazes os tratamentos desenvolvidos para combatê-los.
Esse mecanismo favorece o surgimento de infecções resistentes aos medicamentos, o que acaba tornando muito mais difícil (se não impossível) tratar e curar as infecções.
O aumento global da resistência antimicrobiana também leva a um aumento de condições potencialmente fatais, como a sepse, que é uma reação exagerada e grave do organismo a uma infecção.
CONFIRA ABAIXO:
O médico intensivista e integrante do Conselho Científico do Instituto Latino-americano de Sepse, Dr. Thiago Costa Lisboa, explica os 3 pontos centrais dessa campanha global: “Primeiro, entender que esses medicamentos só devem ser usados sob supervisão médica, de um profissional de saúde.
O segundo é cumprir/respeitar prazos: nem tomar de mais, nem tomar de menos. E o terceiro é em relação ao descarte: não reutilizar antibiótico, não tentar tomar de novo o que sobrou porque teve um quadro de saúde conhecido, não recomendar para outra pessoa e não armazenar e não descartar de maneira irresponsável”.

O médico reforça que a população de todo o mundo precisa entender a gravidade do problema. “O uso inadequado de antibióticos é um problema de saúde pública global e causa impactos importantes nos desfechos de saúde hoje.
A sepse é uma condição extremamente difícil de tratar em situações usuais, mas que nas últimas décadas têm se tornado um desafio cada vez maior para todos nós.
Enfrentamos hoje patógenos muito mais difíceis de tratar, muito mais capazes de resistir ou de escapar àquelas alternativas terapêuticas que usamos normalmente”.