
Existe par perfeito? Como a personalidade influencia nas escolhas amorosas e na qualidade das relações


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Existe par perfeito? Como a personalidade influencia nas escolhas amorosas e na qualidade das relações
A chave para um relacionamento saudável pode estar mais no autoconhecimento do que na busca por alguém “ideal”


Entender o próprio perfil de personalidade é essencial para construir relações amorosas mais saudáveis e duradouras. É o que afirma a psicóloga, doutora em Ciências Médicas pela UFRGS e especialista em psicoterapia psicodinâmica Fernanda Barcelos Serralta. Para ela, “Saber como você reage emocionalmente e como lida com os outros ajuda não só na escolha do parceiro, mas também na manutenção do relacionamento”.
Os cinco grandes traços de personalidade e o impacto no amor
O modelo dos cinco fatores de personalidade, muito utilizado na psicologia moderna, oferece pistas valiosas sobre como funcionamos nos relacionamentos. Abertura à experiência, conscienciosidade, extroversão, amabilidade e neuroticismo compõem essa estrutura.
De todos os traços, o neuroticismo é o mais associado à instabilidade emocional e, consequentemente, à insatisfação nos relacionamentos. Pessoas com alto nível desse traço tendem a interpretar o comportamento do parceiro de forma negativa, têm maior propensão ao ciúme, insegurança e reações exageradas em momentos de estresse.
Por outro lado, características como amabilidade e conscienciosidade contribuem para relações mais equilibradas, empáticas e comprometidas. “Pessoas amáveis tendem a ouvir mais e a buscar soluções pacíficas, enquanto as conscienciosas são responsáveis e comprometidas, o que fortalece o vínculo”, explica a psicóloga.
Similaridade ou complementaridade: o que funciona melhor?
Muitas pessoas se perguntam se é melhor se relacionar com alguém parecido ou oposto. Segundo Fernanda Serralta, tanto a similaridade quanto a complementaridade podem favorecer um relacionamento, desde que haja respeito, diálogo e disposição para crescer juntos.
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“Não existe combinação perfeita. A satisfação amorosa depende mais de como lidamos com as diferenças e de nossa capacidade de construir uma parceria baseada na confiança do que de encontrar alguém ‘ideal’”, destaca.

Relacionamentos saudáveis começam com autoconhecimento
O primeiro passo para uma vida amorosa mais satisfatória está em compreender a si mesmo. Refletir sobre os próprios padrões, reações e expectativas pode evitar repetições negativas e abrir espaço para conexões mais maduras.
Relacionar-se bem com o outro é, antes de tudo, saber se relacionar consigo mesmo. O autoconhecimento é a base do amor verdadeiro — aquele que é vivido com presença, respeito e crescimento mútuo”, conclui a psicóloga.
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