
Diabetes gestacional cresce no Brasil e exige atenção durante o pré-natal, alerta ginecologista


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Diabetes gestacional cresce no Brasil e exige atenção durante o pré-natal, alerta ginecologista
Com aumento da idade materna e da obesidade, condição afeta milhares de gestantes e pode trazer riscos para mãe e bebê se não for bem controlada


O diabetes gestacional é uma das principais complicações da gravidez e tem se tornado cada vez mais comum entre mulheres brasileiras. A condição, que se caracteriza pela intolerância ao carboidrato desenvolvida durante a gestação, pode representar sérios riscos à saúde da mãe e do bebê se não for diagnosticada e tratada a tempo.
“Estamos vendo um aumento preocupante nos casos, muito por conta do adiamento da maternidade, da obesidade e de mudanças nos critérios de rastreamento”, explica a ginecologista Dra. Ana Horovitz.
Entenda o que é e quem está em risco
O diabetes gestacional é diagnosticado quando os níveis de glicose no sangue se elevam durante a gravidez, afetando também o feto. Entre os fatores de risco mais comuns estão:
- · Idade materna acima de 35 anos
- · Obesidade (IMC acima de 30)
- · Histórico familiar de diabetes
- · Síndrome dos ovários policísticos
- · Parto anterior com bebê maior que 4 kg
- · Diagnóstico de diabetes gestacional em gravidez anterior
- “Mulheres com fatores de risco devem receber orientações precoces para reduzir a resistência à insulina, com foco em alimentação equilibrada, prática de atividade física e abandono do tabagismo”, orienta a médica.
Diagnóstico precoce faz toda a diferença
Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, o rastreamento começa com a glicemia de jejum ainda no primeiro exame da gestante. No entanto, o teste mais sensível é a curva glicêmica, realizada entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. O exame avalia como o organismo responde à ingestão de açúcar e confirma o diagnóstico ao detectar alterações em qualquer uma das três medições feitas no intervalo de duas horas.
Tratamento e controle: a chave para evitar complicações
O tratamento inicial consiste em uma dieta com controle de açúcares e foco em carboidratos integrais e de baixo índice glicêmico. Acompanhamentos regulares com medição da glicose — seja por glicosímetro tradicional ou sensor contínuo — ajudam a monitorar os níveis.
“Cerca de 70% das gestantes conseguem controlar a glicemia apenas com alimentação e atividade física. Mas em alguns casos é necessário o uso de insulina”, explica Dra. Horovitz.
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Quando não tratado, o diabetes gestacional pode causar hipertensão, parto prematuro, macrossomia fetal (bebê com peso elevado), parto cesáreo de emergência, hemorragias e até óbito fetal. O bebê também corre risco de nascer com hipoglicemia e de desenvolver obesidade ou diabetes tipo 2 no futuro.
“O pré-natal é o momento mais importante para prevenir e controlar o diabetes gestacional. Com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível ter uma gestação segura e um bebê saudável”, finaliza a ginecologista.

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