Bruna Henares: “Vinho faz bem ao coração?”
Bruna Henares: “Vinho faz bem ao coração?”
Você já deve ter ouvido que a bebida pode fazer bem para saúde. Mas será que essa é uma afirmação verdadeira ou apenas um mito?
O vinho tinto contém resveratrol, um antioxidante encontrado na casca das uvas vermelhas, que tem sido associado a alguns benefícios à saúde. Estudos sugerem que o resveratrol pode ajudar a aumentar os níveis do colesterol HDL, conhecido como “colesterol bom”, e proporcionar uma ação antioxidante, que protege as células contra danos causados pelos radicais livres. Mas, atenção: a quantidade de resveratrol presente no vinho tinto é relativamente pequena.
Essa substância também está presente em alimentos como uvas vermelhas, amendoins e mirtilos, que são opções mais saudáveis para obter esse antioxidante sem os riscos do consumo de álcool.
O vinho realmente protege o coração?
Até o momento, não existem evidências científicas sólidas suficientes para afirmar que o consumo de vinho pode ser usado como medida de proteção ao coração.
O aumento do HDL, promovido pelo resveratrol, é um dos benefícios citados no consumo de vinho, mas a prática de exercícios físicos regulares e uma alimentação equilibrada são formas comprovadamente seguras e eficazes de aumentar o HDL e proteger a saúde cardiovascular. Além disso, esses hábitos oferecem uma série de outros benefícios, como controle da pressão arterial, peso saudável e melhora na capacidade cardiopulmonar.
Riscos:
• Doenças no fígado, coração e pâncreas
• Acidentes e quedas
• Hipertensão arterial
• Ganho de peso e obesidade
• Risco aumentado de AVC (derrame cerebral)
• Maior risco de alguns tipos de câncer, como câncer de mama, fígado e trato gastrointestinal
É seguro consumir álcool durante a gravidez?
Se você aprecia vinho, o ideal é consumi-lo de forma responsável e moderada, sem usar isso como desculpa para “proteger o coração”. Lembre-se de que a proteção cardiovascular vem de um estilo de vida saudável, que inclui boa alimentação, prática de atividades físicas, controle do estresse e visitas regulares ao médico para monitoramento da saúde.
Em resumo: o vinho pode até conter substâncias que, isoladamente, são benéficas, mas o álcool não deve ser considerado um “remédio” para o coração. A ciência ainda não comprova benefícios diretos no consumo de vinho para a saúde cardiovascular.
Portanto, ao invés de apostar no vinho como protetor, invista em hábitos que comprovadamente promovem a saúde do coração e o bem-estar geral.