
Inês de Castro: “O que os japoneses podem ensinar sobre envelhecimento”?

Inês de Castro: “O que os japoneses podem ensinar sobre envelhecimento”?
Seis palavras japonesas resumem parte da sabedoria oriental e elas são capazes de nos ajudar a viver melhor e por mais tempo


Fica no Japão uma das 5 blue zones, aquelas regiões onde a população é muito longeva – há vários habitantes com mais de 100 anos – e onde as taxas de demência são muito baixas.
A blue zone japonesa é Okinawa, uma região de clima tropical, cheia de cachoeiras e moradores que vivem pelo que eles chamam IKIGAI ou a razão por que alguém levanta da cama todos os dias, a sua motivação para viver.
Mas os ensinamentos japoneses da longevidade têm mais 5 palavras que a gente deveria aprender pra ter uma vida melhor… e mais longa.
Vou contar quais são essas palavras.
Wa – que quer dizer cooperação com a comunidade. Aquele senso de pertencimento de que a gente fala tanto e que é tão necessário para nos sentirmos acolhidos.
A segunda palavra é Shibui ou a beleza da maturidade. Shibui ensina a apreciar as experiências da vida.
Terceira palavra: Shizen, um termo que propõe reverenciar e respeitar a natureza porque assim como ela é capaz de nutrir também é capaz de destruir.
Quarta palavra: Hansei que é uma proposta de autorreflexão para a gente não focar no erro mas sim nos pequenos acertos de todo dia.
Zanzen é a quinta palavra e, como estamos falando em Japão, isso não ficaria de fora. Estou me referindo à meditação. Sabe aquela história de sentar confortavelmente, respirar e deixar os pensamentos fluírem sem julgamento? Zanzen é a meditação que nos leva ao equilíbrio.
Viu como essas palavras conversam entre si, são complementares? Resgatam a idéia de paz interior, propósito de vida, senso de comunidade, respeito à natureza e à nossa própria história…
Num tempo em que olhamos mais para a tela do celular do que para os nossos interlocutores, as palavras mágicas dos japoneses são um ensinamento que nos dão boas pistas sobre o bom envelhecimento.