
Inês de Castro: “Não queremos dominar nada”

Inês de Castro: “Não queremos dominar nada”
Uma das grandes conquistas do envelhecimento é a compreensão de que nós não precisamos (nem queremos) ter mais destaque social do que os outros. Só desejamos ser incluídos


Um consultor e palestrante – como tantos que há por aí – diz que os 50+ vão dominar o mundo porque já não somos minoria, temos poder de compra e somos responsáveis por 20% do consumo nacional.
Os dados estão corretos. Errado é querer relacionar essas condições ao poder. Poder de dominar o mundo, como ele sugere ser a nossa grande ambição.
Nós, os 50+, não vamos dominar nada. E nem queremos
Nós só queremos estar no mundo como todas as outras pessoas. As mais jovens que nós, as mais velhas que nós… todas.
Quando eu leio artigos sobre envelhecimento, quando vejo propagandas na tv retratando o público 50 ou 60+, quando estudo pesquisas sobre longevidade, a minha primeira providência é saber quem está por trás daquilo tudo.
Veja também:
Não que pessoas jovens não saibam ou não possam falar sobre envelhecimento, claro que não é isso.
Mas, em tempos de lacração, falar sobre longevidade tem dado palco e holofote, o que é um perigoso caminho para criar mais alguns estereótipos sobre a velhice.