Inês de Castro: “Fazer planos não é coisa de jovem”
Inês de Castro: “Fazer planos não é coisa de jovem”
Ter projetos a curto, médio e longo prazo contribui para um envelhecimento com qualidade
Você tem feito planos para o futuro ou está no “modo Zeca Pagodinho”, deixando a vida te levar? Não estou me referindo a planos para o envelhecimento, estou falando sobre planos de vida.
Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul mostrou que fazer planos é uma forma de estabelecer conexão com a própria vida e que perseguir metas é um caminho para evitar a sensação de ociosidade, de inutilidade.
Para quem passou a vida atrás de cumprir tarefas, de atender demandas do trabalho, da família, de tudo que nos cerca, ter tempo e disponibilidade para traçar novos planos e objetivos pode, inicialmente, nos jogar num vazio sem referências.
O jeito, aqui, é começar a se fazer perguntas como: qual é o tipo de atividade que me deixa feliz a ponto de me arrancar gargalhadas? E que coisa eu faço (ou fazia) que me levava de volta para casa com o coração alegre como se fosse dar pulinhos? O prazer é um grande orientador nesse tipo de escolha.
Haverá uma outra barreira que nós, os 60+, precisaremos ultrapassar: a opinião alheia. Não vão faltar amigos, filhos, parente e conhecidos para dizer que você já passou da idade, que essa nova escolha de vida vai te fazer gastar um dinheiro que você deveria guardar para uma emergência ou que isso é coisa para gente mais jovem que você.
Para todas as deliberações alheias sobre a SUA vida, você pode até escutar. Mas, depois, vai atrás do que te faz feliz.