Consumo de drogas lícitas e ilícitas aumentam as chances de infarto e AVC
Consumo de drogas lícitas e ilícitas aumentam as chances de infarto e AVC
Como conciliar o complexo tratamento para dependências químicas às necessidades inerentes à saúde cardiovascular?
O uso frequente e/ou abusivo de álcool, cigarro e outras drogas provoca distúrbios importantes no coração, no cérebro e pode levar o usuário a episódios de infarto agudo do miocárdio e de acidente vascular cerebral, o AVC.
Segundo o médico Jairo Pinheiro, cardiologista do HCor, todos esses processos químicos relacionados ao consumo de drogas podem provocar aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, causando arritmias, e podem provocar alteração da coagulação sanguínea deixando o sangue mais espesso e facilitando os fenômenos trombóticos. As alterações da pressão arterial e da coagulação e as inflamações na parede das artérias podem levar à ruptura das placas, causando infarto e AVC.
Mas como garantir saúde cardiovascular a uma pessoa que está lidando com o complexo tratamento contra a dependência química? Tudo, sempre, necessariamente, passa pela adoção de hábitos e estilo de vida saudáveis. “O mais importante é conhecer nossa saúde cardiovascular. Frequentar especialista ou clínico para que se faça check-ups vai permitir que a gente conheça nossa pressão arterial, saber se temos colesterol elevado, diabetes, doenças hormonais, se já temos alterações nas paredes das artérias. Segundo é incorporar no dia a dia os bons hábitos de vida, desde a realização de exercícios, dieta equilibrada, balanceada, com boa hidratação, sem abuso de carboidratos, de gorduras ruins, se atentar para a qualidade do sono”, explica o médico.
Ele também chama atenção para um outro aspecto particular aos dependentes químicos. “Um outro cuidado é que alguns medicamentos usados para o tratamento podem expor o paciente a alguma situação cardiovascular, por isso é importante o acompanhamento do especialista. Também é muito importante o acompanhamento com terapia, seja presencial, online, sempre associado ao tratamento medicamentoso. Isso é bastante importante para que possamos dominar essas questões”, reforça.
Tanto familiares como os próprios pacientes costumam manifestar dificuldade para mudar a rotina, mexer nos hábitos. Dr. Jairo lembra que tudo deve ser feito de forma gradativa, respeitosa e acolhedora. “A pessoa precisa entender que é capaz de tomar conta desse processo. A medida em que entende cada cuidado, todo o tratamento multidisciplinar, o uso de medicações específicas pelo especialista, o apoio fundamental do tratamento psiquiátrico ou da psicoterapia, a participação em grupos de apoio e o apoio da família e das pessoas que ama, isso com certeza vai trazer bons resultados ao longo do tempo”.
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