AVC e infarto: quais as diferenças, as semelhanças e os fatores de risco
AVC e infarto: quais as diferenças, as semelhanças e os fatores de risco
Causas mais comuns são parecidas; particularidades estão nos órgãos afetados e nas consequências para os pacientes
As doenças cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral são as que mais matam no mundo. Os dois casos são muito graves porque interrompem o fluxo sanguíneo para os tecidos, comprometendo o funcionamento do organismo.
O AVC afeta o cérebro e pode ser decorrente da obstrução de uma artéria cerebral, que é o AVC isquêmico, ou pela ruptura de um vaso sanguíneo, levando ao extravasamento sanguíneo no tecido cerebral, que é o AVC hemorrágico. Já o infarto acontece no coração e é resultado da obstrução da coronária, que acaba impedindo o fluxo sanguíneo para alguma parte do musculo cardíaco.
O médico cardiologista Dr. Jasvan Leite, do Hcor, traz detalhes sobre os fatores de risco. “Hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, sedentarismo, colesterol elevado e obesidade são comuns nos casos de infarto e AVC. No entanto há algumas particularidades.
Para um AVC, por exemplo, o controle da pressão arterial é muito importante, porque a hipertensão é um dos fatores de risco relacionados tanto ao AVC isquêmico quanto ao hemorrágico.
Já para o infarto, o controle do colesterol e a prevenção a outros fatores de risco relacionados à aterosclerose são fundamentais. Além disso, algumas arritmias como a fibrilação atrial aumentam mais as chances de AVC do que de infarto”.
Segundo o médico, o tratamento depende do tipo de evento. No caso do infarto pode incluir a administração de medicamentos como antiagregantes, betabloqueadores, estatinas e anti-hipertensivos, além da realização de procedimentos como cateterismo cardíaco e uma eventual colocação de stent.
Já no AVC o tratamento agudo pode contemplar o uso de trombolíticos, medicações que servem para dissolver os coágulos no caso do AVC isquêmico, além do acompanhamento multidisciplinar para a recuperação das funções neurológicas.
Quanto à prevenção, explica Dr. Jasvan Leite, é tudo aquilo que a gente já sabe: “Envolve uma abordagem multifatorial focando em hábitos saudáveis, o que inclui manter uma dieta balanceada rica em frutas, verduras e gorduras saudáveis, praticar exercícios físicos regularmente, controlar fatores de risco como pressão alta, diabetes e colesterol elevado e parar de fumar”.
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