AVC e infarto: o que o tabagismo tem a ver com isso
AVC e infarto: o que o tabagismo tem a ver com isso
Fumar é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares que mais matam no Brasil
O cigarro nas suas diversas formas traz malefícios à saúde de qualquer pessoa, compromete a qualidade de vida, encurta a expectativa de vida e é um dos mais importantes fatores de risco para casos de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
A médica cardiologista Jaqueline Scholz, diretora do programa de tratamento ao tabagismo do Incor, é categórica: “O indivíduo que fuma precisa parar de fumar tanto para prevenir doenças cardiovasculares, que é o que chamamos de prevenção primária, como para evitar novos episódios caso já tenha passado por eles”.
Ela reforça que muita gente não conhece os prejuízos do tabagismo para coração e cérebro. “Todo mundo acha que causa somente problemas pulmonares, como DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) por exemplo, mas também é fator de risco para vários tipos de câncer e principalmente para infarto e AVC”.
O cigarro contém milhares de toxinas que comprometem o organismo como um todo.
A nicotina provoca aumento da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, aumento de arritmias; o monóxido de carbono causa a diminuição da oxigenação dos tecidos do coração e do cérebro como um todo; e outros materiais presentes no cigarro são altamente inflamatórios e fazem com que as plaquetas, que são componentes do nosso sangue, fiquem com uma adesão maior, aumentando as chances de trombose. “Normalmente, 20, 30 anos após uma exposição, o organismo se cansa de ficar brigando contra tudo isso, as resistências do organismo caem e as doenças começam a aparecer”.
E a médica Jaqueline Scholz faz um alerta: “Com cigarro eletrônico os danos são ainda mais rápidos, porque a exposição acaba sendo maior em função da maneira como o indivíduo usa, ele acaba usando muito mais vezes do que o cigarro convencional, então os dois são péssimos para a saúde cardiovascular”.
Ela também reforça o que todos nós já sabemos: hábitos saudáveis e a prática regular de exercícios físicos são fundamentais para a saúde do coração. “Além de reduzir fatores de risco não só para doenças cardiovasculares, praticar atividade física devolve qualidade de vida às pessoas. A gente sabe que quem se exercita tem menor risco de adoecer. Então, seja ativo, proativo, caminhe, ande, corra, dance, faça qualquer coisa: só não fique parado!”.
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