Neurociência pode ser aproveitada na formação dos professores
Neurociência pode ser aproveitada na formação dos professores
A colunista da Novabrasil, Carla Tieppo, destaca os avanços nos estudos sobre desenvolvimento cerebral e como isso pode ser aproveitado na educação
Todo processo de educação pode ser beneficiar do estudo do funcionamento e do desenvolvimento cerebral. A análise é da neurocientista e colunista da Novabrasil, Carla Tieppo. “É muito comum a área da pedagogia, da educação, não compreender que os aspectos diretamente ligados ao desenvolvimento do cérebro influenciam diretamente na aquisição das habilidades sociais, emocionais e cognitivas”, diz Carla.
A Neurociência é conceituada como uma área que estuda o sistema nervoso central (SNC) e suas ações no corpo humano. Está presente em diferentes campos do conhecimento e interfere em diferentes áreas como a Linguística e Medicina, entre outras. E ela também pode contribuir para formação de profissionais da educação.
Carla Tieppo lembra que, no passado, não havia estudos a respeito do conhecimento sobre o desenvolvimento cerebral que pudessem beneficiar a pedagogia e a formação de professores. Atualmente, muito se desenvolveu sobre o conhecimento do cérebro típico, podendo ser aproveitado por profissionais da educação.
A colunista diz que, a partir disso, o professor pode se beneficiar desses conhecimentos da neurociência. Com isso, ele amplia sua atuação. “Vale para que ele não compreenda, por exemplo, a creche ou educação infantil apenas como um período de maternagem”, diz Carla.
Ela lembra que muitos dos estímulos que vão desenvolver funções cognitivas e executivas ocorrem na fase entre os 6 e 13 anos de idade. “Portanto, professores que, durante a formação, não receberam detalhes do desenvolvimento cerebral, podem acabar negligenciando etapas para uma alfabetização com tranquilidade”, na avaliação de Carla Tieppo.
Há experiência positivas na formação dos professores com o uso da neurociência e com resultado bons em relação aos estímulos, como contação de história e jogos, entre outros. Para a neurocientista, é importante “um chamamento, tanto para dirigentes nas formações de professores, como dirigentes governamentais, que pensem na possibilidade de incluir, de forma estrutural nessa formação, o conhecimento sobre desenvolvimento e a forma como as funções cerebrais são adquiridas nos primeiros anos”.
Carla Tieppo ressalta que é especialmente no ensino fundamental que a neurociência pode fazer diferença e modificar as práticas. Ela não precisa ser usada apenas no desenvolvimento atípico ou das práticas de inclusão. “O conhecimento sobre o cérebro avançou suficiente para que a gente tenha boas contribuições a fazer”, conclui Carla.
Confira abaixo: