Este conteúdo faz parte do Acervo MPB, podcast com áudio-biografias de grandes nomes da nossa MPB, escute aqui:

Leia o início do acervo aqui.

– Após o lançamento de seu primeiro single, Margareth Menezes assinou um contrato com a gravadora PolyGram do Brasil e lançou seu primeiro álbum, auto-intitulado, em novembro de 1988.

– O álbum rendeu à Margareth duas premiações do ‘Troféu Imprensa’ de Melhor Disco e Melhor Cantora, e a partir disso ela fez turnê no Brasil e na Argentina. A canção “Elegibô – Uma História de Ifá” se tornou uma das principais canções do álbum e da carreira da cantora. Outras músicas de destaque desse primeiro álbum são: “Tenda do Amor (Magia)”, “Alegria da Cidade” de Luiz Caldas e “Planeta África-Brasil”.

– Em 1990, Margareth se apresentou, ao lado de Gilberto Gil e Dominguinhos, em uma série de espetáculos do projeto Bast Chrome Music, dirigido por Milton Nascimento e pelo próprio Gil.

Margareth Menezes ao lado de Gilberto Gil

– Nesta mesma época, assinou contrato com a gravadora americana Mango/Island Records, com o objetivo de lançar o seu próximo álbum também nos Estados Unidos, Canadá e México. Margareth foi convidada por David Byrne, líder do grupo Talking Heads, para fazer o espetáculo de abertura de sua turnê mundial Rei Momo. A turnê passou pela América do Sul, América do Norte, Finlândia e Rússia, totalizando 42 países.

– No Brasil, ela lançou o seu segundo disco, ‘Um Canto Pra Subir’, que conta com o grande sucesso “Ifá”, além das canções de destaque “Marmelada”, “Negra Melodia” e “Co-Brador”, de Carlinhos Brown.

– Neste mesmo ano, a convite do diretor cinematográfico americano Zalman King, a cantora fez parte da trilha sonora do filme Orquídea Selvagem, interpretando a canção “Ellegibô”.

– Em 1991, devido a sua bem-sucedida carreira na América do Norte, a gravadora inglesa Polydor Records contratou Margareth Menezes visando o lançamento de um álbum em toda a Europa. A coletânea Ellegibô, produzida por David Byrne, reuniu as principais canções do primeiro e segundo álbum da cantora, e também foi lançada pela Mango, nos Estados Unidos e no Japão, recebendo destaque da imprensa mundial. O álbum gerou um videoclipe da canção “Tenda de Amor”, lançada exclusivamente na Inglaterra.

– O disco chegou ao topo da Billboard World Albums, nos Estados Unidos, ficando por lá durante onze semanas. Além disso, a revista Rolling Stone, elegeu o álbum como um dos cinco melhores da “world music”, em todo o mundo. Ele foi base para Margareth Menezes iniciar sua primeira turnê internacional se apresentando, inicialmente, em Nova York, onde foi ovacionada pelo público e crítica, e também na França, Itália, Canadá e Bélgica. Com ele, Margareth vendeu mais de 10 mil cópias, apenas nos Estados Unidos.

Margareth Menezes estampando jornais e revistas internacionais

– Em 1993, Margareth Menezes lançou o seu terceiro álbum no Brasil: Kindala, que em Yorubá quer dizer “lábios grandes”. Entre as canções de destaque do disco estão as regravações de Fé Cega”, “Faca Amolada” (de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) e “Mosca na Sopa” (de Raul Seixas), “Me Abraça e Me Beija”, “Vendaval Temporal” e “Jet Ski”, composição da própria Margareth.

Kindal rendeu à Margareth Menezes uma indicação ao Grammy Awards de Melhor Álbum de World Music.

– Em 1994, a artista lançou o disco Luz Dourada, fazendo turnê pela Inglaterra, Itália e Argentina, em um formato diferente dos shows anteriores, apresentando um espetáculo mais acústico, contando apenas com um violão e uma percussão. O álbum vendeu mais de duas mil cópias em apenas dois meses de lançamento na Suíça.

– Entre os destaques do disco estão as canções “Vou Mandar”, “Raça Negra”, “Olha o Farol (composição de Lenine), além de três composições solo de Margareth: “Vai Mexer”, “Mar de Amor” e “Até Rir o Mar”.

– Devido ao imenso sucesso do disco anterior, no ano seguinte, Margareth lançou o álbum Gente de Festa, que contou com a participação de Maria Bethânia, na faixa “Libertar” e de Caetano Veloso, na canção “Vestido de Prata”.

– Em 96, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, Daniela Mercury, AraKetu, entre outros intérpretes e bandas, Margareth participou da coletânea Tropicália: 30 anos, gravando a canção “Domingo no Parque”, de Gilberto Gil.

– Três anos depois Margareth funda o bloco Os Mascarados, no Carnaval baiano, como uma homenagem ao aniversário de 450 anos da cidade de Salvador, resgatando o uso das fantasias e a alegoria dos antigos festejos da folia para as quintas-feiras do circuito Dodô.

– Em 2001, depois de cinco anos sem gravadora, ela resolveu criar seu próprio selo, o Estrela do Mar, que – a partir de 2011 – passou a atuar também como produtora artística.

– Neste mesmo ano, sob a produção de Carlinhos Brown e Alê Siqueira, a cantora lançou o álbum Afro pop brasileiro, que conta com onze faixas, entre elas uma das principais canções da carreira de Margareth Menezes, o grande hit “Dandalunda”, composição de Carlinhos Brown, considerada a melhor música do carnaval de 2002, rendendo à cantora um Troféu Dodô e Osmar de Melhor Música e de Melhor Cantora do Carnaval Baiano.

– Ainda em 2001, Margareth Menezes participou do álbum dos Tribalistas, interpretando a canção Passe em Casa, de sua autoria em parceria com Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes.

Margareth ao lado de Carlinhos Brown

– Também neste ano, ao lado do bloco-afro Ilê Aiyê, a artista participou do encerramento da 6º Festival do Mercado Cultural da Bahia, apresentando a Missa do Rosário dos Pretos e também do documentário sobre o samba, Moro no Brasil, dirigido pelo cineasta finlandês Mika Kaurismaki.

– Em 2002, a cantora representou o Brasil na festa de comemoração da independência do Timor-Leste, que reuniu cantores de Língua Lusófona. Cantando para cerca de 250 mil pessoas, Margareth interpretou suas canções, ao lado de artistas como Anito Matos, do Timor-Leste e Luís Represas, de Portugal.

– No ano seguinte, a baiana lançou o seu primeiro álbum ao vivo, Tete a Tete, pelo seu selo Estrela do Mar, gravado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves e que contou com os principais sucessos de sua carreira, além de canções clássicas da MPB, e também com a participação de Carlinhos Brown e da banda Cidade Negra. Deste disco, a gente destaca o sucesso “Toté de Maianga”.

-Em 2003 a cantora estreou o espetáculo Margareth Menezes Convida, no Canecão, Rio de Janeiro, onde recebeu as cantoras Alcione, Elba Ramalho, Ivete Sangalo e Sandra de Sá. Além disso, foi convidada para cantar ao lado de Gilberto Gil, Alcione e Toni Garrido, no Centro Cultural da Rocinha, para o lançamento do espaço.

-Segundo Margareth, o Afropop “é um movimento que promove a beleza e a riqueza ancestral junto à contemporaneidade e que acolhe todos que acreditam na igualdade de direitos. É o abraço entre o tambor e o computador”. O projeto reúne artes visuais, música e o Giro Cultural – ação com jovens de projetos sociais.

– Em 2004, com as participações de Alcione e da bateria da Mangueira, Margareth gravou o seu primeiro DVD, o Ao vivo no Festival de Verão Salvador, que também trouxe sucessos consagrados de sua carreira, além de canções clássicas da MPB e vendeu 50 mil cópias. Na época, depois de matérias nos jornais The New York Times, Le Monde e Washington  Post, Margareth foi apelidada pelo Los Angeles Times de “Aretha Franklin Brasileira”.

– Em 2005, Margareth Menezes liderou o lançamento do Movimento Afropop Brasileiro, o bloco sem cordas que festejava a cultura negra no Brasil e que recebeu o apoio de grandes blocos afro como: Ilê Aiyê, Muzenza, Cortejo Afro, Filhos de Gandhy e Malê de Balê, além de reunir nomes como Gilberto Gil, Daniela Mercury, Virgínia Rodrigues, Mariene de Castro, entre outros artistas.

– Segundo Margareth, o Afropop “é um movimento que promove a beleza e a riqueza ancestral junto à contemporaneidade e que acolhe todos que acreditam na igualdade de direitos. É o abraço entre o tambor e o computador”. O projeto reúne artes visuais, música e o Giro Cultural – ação com jovens de projetos sociais.

– Em 2006 é a vez do disco Margareth Menezes Pra Você, que contou com as participações de Ivete Sangalo e Cláudio Zoli, e trouxe um lado mais pop e MPB da artista. Entre as canções: “Contra o Tempo” (de Vander Lee), “Boléia Brasil” e “Só Eu e Mais Ninguém”. O álbum foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Brasileiro.

– Em seguida, Margareth participou do Ano do Brasil na França e se apresentou na Copa da Cultura, em Berlim.

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