por Lívia Nolla

Zélia Duncan é uma das mais importantes cantoras e compositoras da nossa música popular brasileira. Plural e autêntica, transita brilhantemente por vários estilos – do pop ao samba, do rock às baladas românticas – com sua voz grave, firme, cheia de personalidade e suingue. 

Completando 59 anos hoje, Zélia 40 anos de carreira, tem diversas canções em trilhas sonoras de novelas e muitas parcerias de sucesso com grandes nomes da MPB como:

  • Zeca Baleiro;
  • Lenine;
  • Simone;
  • Mart’nália;
  • Rita Lee;
  • John Ulhôa;
  • Arnaldo Antunes;
  • Moska;
  • e Lulu Santos.

Preparamos uma matéria especial para homenagear ZD neste dia, que traz detalhes sobre sua vida e obra.

Aproveitem!

Foto: Pedro Colombo / Divulgação

Zélia Duncan

Nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1964, Zélia Cristina Duncan Gonçalves Moreira mudou-se para Brasília com seis anos de idade.

Aos 16 anos, em 1981, Zélia enviou uma fita para a Sala Funarte de Brasília, que na época realizava concursos. Foi selecionada em primeiro lugar e apresentou lá o seu primeiro show, ainda como Zélia Cristina.

A apresentação foi muito bem sucedida e várias portas começaram a se abrir para Zélia: ela abriu um show de Luiz Melodia, no Teatro Nacional de Brasília, começou a se apresentar constantemente e foi selecionada para representar Brasília no Projeto Pixinguinha, viajando por sete diferentes cidades.

Uma curiosidade: com 10 anos de idade, Zélia interessou-se pelo basquete, uma paixão que cultivou até os 16. Nessa época, chegou a integrar a seleção feminina de Brasília e animava as viagens com o time, cantando acompanhada de seu violão. A opção definitiva pela música veio quando a data de um campeonato coincidiu com a de um festival e a música falou mais alto!

Em 1987, aos 22 anos, Zélia voltou a morar em Niterói e passou a fazer de tudo um pouco:

  • trabalhava no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região;
  • era locutora da rádio Fluminense FM, onde o usava nome Cristina Moreira;
  • foi backing vocal do cantor José Augusto e de Bebeto

Nesta época, Zélia começou a cursar Teatro na CAL (Casa das Artes das Laranjeiras) e fez o seu primeiro show no Rio de Janeiro, com um repertório que mesclava Itamar Assumpção, Caetano Veloso, The Beatles, The Police e algumas canções inéditas de outros compositores.

No final de 1989, a cantora conheceu a diretora de teatro Ticiana Studart, que trazia de Nova York ideias parecidas com as de Zélia, para um show arrojado e irreverente. Segundo conta em seu site oficial, a linha de pensamento era:

Os recursos eram caóticos e as idéias jorravam mais a cada dia. Muito bem, produzir é um caos, os espaços são um caos, a violência é um caos, o isolamento cultural é um caos, já tínhamos o repertório e o nome do show: Zélia Cristina no Caos.”

Primeiro álbum de Zélia Duncan e temporada nos Emirados Árabes

Embora ainda não tivesse exposição na grande mídia, nem a presença de críticos ou chamadas na TV, o resultado foi muito recompensador. Da Casa de Cultura Laura Alvim o show foi para o badalado Mistura Fina, ambos com lotações esgotadas. 

Um dia, se apresentando no Mistura Fina, Zélia recebeu um convite do Estúdio Eldorado para gravar o seu primeiro disco: Outra Luz, em 1990, ainda com o nome Zélia Cristina.

Embora não tenha gostado muito do resultado, com o álbum, Zélia recebeu duas indicações para o Prêmio Sharp daquele ano: como revelação e melhor cantora pop-rock.

O disco traz dez canções, entre elas, uma composição de Zélia com Christiaan Oyens (compositor, instrumentista e produtor musical uruguaio-brasileiro, grande parceiro da cantora em toda a sua carreira), a faixa que dá nome ao disco.

Há ainda a participação de Luiz Melodia na canção Segredo, escrita por ele, e as regravações de:

  • Super-Homem (A Canção) (de Gilberto Gil);
  • e de Pirataria (de Rita Lee e Lee Marcucci).

Com o álbum, Zélia fez shows por várias cidades do Brasil e participou de diversos programas de grande audiência na TV.

Como a artista conta em seu site oficial:

“Foi um ano intenso e estimulante por um lado, mas por outro, o disco estava longe de se parecer comigo, não havia continuidade.”.

No ano seguinte ao lançamento do disco, Zélia recebeu um convite inesperado para passar três meses nos Emirados Árabes, cantando no Hotel Meridien. Após o choque inicial, ela aceitou o convite e os três meses viram cinco.

Esse foi um período muito importante para a artista, uma vez que, além da música oriental, ela entrou em contato com a música de artistas que a influenciaram muito nos seus trabalhos posteriores, como: Joni Mitchell, Joan Armatrading, Sam Cooke, Ry Cooder e Peter Gabriel.

Foi também um período bem criativo, em que Zélia passou a compor com muita frequência. 

A projeção e sucesso nacional

A cantora voltou para o Brasil em 1992, amadurecida pela experiência em Abu Dhabi e disposta a retomar seu trabalho, desta vez com um material autoral e uma sonoridade acústica. 

Fez uma longa temporada de shows no Torre de Babel foi é lá que tudo começa a mudar para Zélia. O produtor musical Guto Graça Mello foi assistir ao show e leva Zélia para gravar no estúdio, sem muito compromisso. Depois disso, ela foi convidada por outro produtor, Almir Chediak, para participar do Songbook de Dorival Caymmi, cantando Sábado em Copacabana (de Caymmi e Carlos Guinle).

Nesse dia, Almir apresentou Zélia para Beth Araújo, da WEA, que a convidou a entrar para o selo da gravadora. Em 1994, Zélia lançou o disco de grande sucesso – Zélia Duncan (que passou a ser o seu nome artístico a partir de então), com o qual ganhou projeção nacional, tornando-se uma das principais artistas da nossa música.

O álbum já traz – além do grande hit Catedral (versão de Zélia e Christiaan Oyens para a música Cathedral Song, de Tanita Tikaram) – outros sucessos importantes da sua carreira como:

  • Não Vá Ainda, Sentidos;
  • Nos Lençóis Desse Reggae;
  • e O Meu Lugar (todas parcerias de Zélia com Christiaan Oyens);
  • além da gravação de Lá Vou Eu (canção de Rita Lee e Luiz Carlini).

A música Nos Lençóis Desse Reggae logo entrou na trilha do clássico seriado Confissões de Adolescente, da TV Cultura e – seis meses após o lançamento do disco – a canção Catedral entrou para a trilha sonora da novela A Próxima Vítima, no horário nobre da Rede Globo, como tema dos protagonistas da trama e tornou-se um imenso sucesso, o primeiro hit da carreira de Zélia Duncan.

O reconhecimento pela crítica também não demorou muito a acontecer. A revista americana Billboard inclui o álbum Zélia Duncan na lista dos Dez Melhores Álbuns Latinos de 1994 e, já no segundo semestre de 1995, Zélia recebeu Disco de Ouro, pela venda das primeiras 100 mil cópias do que ela considera o seu verdadeiro álbum de estreia.

Com o álbum, também fez turnê por várias regiões do Brasil e encerrou o ano de 1996 com um show para mais de 20 mil pessoas no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Em 1996, Zélia lançou o disco Intimidade, que traz outros grandes clássicos de sua carreira como:

  • Enquanto Durmo (que foi incluída na trilha sonora da novela Salsa e Merengue, da Rede Globo);
  • Bom Pra Você (ambas parcerias com Christiaan Oyens) e Experimenta (com Christiaan Oyens e Fernando Vidal). 

Das 12 canções do disco, oito são parcerias com Christiaan, três com a cantora e compositora Lucina e apenas uma que não é autoral: Vou Tirar Você do Dicionário, de Alice Ruiz e Itamar Assumpção.

Em 1997, Zélia fez turnê do show do disco pelo Brasil e se apresentou também em Portugal e na Espanha, além de fazer uma série de 12 shows pelo Japão. Participou ainda do Festival de Música Brasileira nos Estados Unidos e cantou no Canecão pela primeira vez, em um show com a participação de Itamar Assumpção.

Mais álbuns de sucesso de Zélia Duncan

Em 1998, foi a vez do disco Acesso, com uma pegada mais folk e pop e com participações de Jacques Morelenbaum e do grupo Uakti. O álbum traz 11 faixas, sendo oito delas parcerias com Christiaan Oyens (como Às Vezes Nunca, Toda Vez e Código de Acesso), uma parceria com Lucina (Depois do Perigo), e a regravação de sucesso da canção Quase Sem Querer, de Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Negrete, clássico da banda Legião Urbana.

Em 2001, completando 20 anos de carreira, Zélia lançou o disco Sortimento, que passeia do samba ao folk e traz grandes sucessos como:

  • Alma (de Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes);
  • Me Revelar (parceria de Zélia e Christiaan);
  • Eu Me Acerto (só de Zélia);
  • Flores (de Fred Martins e Marcelo Diniz);
  • e Desconforto (parceria da cantora com Rita Lee). 

O álbum conta ainda com as regravações de Partir, Andar (de Herbert Vianna, que participa da gravação) e de Eu Vou Estar (de Dinho Ouro Preto e Alvin L, do Capital Inicial, e que conta com a participação da banda).

Sobre o disco, que teve duas indicações ao Grammy Latino – de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro e de Melhor Canção Brasileira para AlmaZélia declara: 

“Sortimento não é só o lance de ser sortido, também significa provisão, mantimento, o que você acumula para viver. Estou tentando mostrar um pouco do que está acumulado em mim e tentando abrir para outras coisas. A unidade deste disco espero que seja eu cantando ali, mas não me preocupei com isso nos arranjos, na escolha do repertório. Eu quis fazer mesmo um negócio descabelado.”

A canção Alma fez parte das trilhas sonoras das novelas brasileiras: O Clone, exibida entre 2001 e 2002, Caminho das Índias, em 2009, e Alto Astral, como tema de abertura, exibida entre 2014 e 2015, todas da Rede Globo.

Com o disco, Zélia fez turnê no Brasil e em Portugal e depois também lançou o registro ao vivo do show: Sortimento Vivo, em 2002, em CD e DVD, que conta com vários sucessos consagrados de sua carreira, além de trazer as clássicas Pagu (parceria de Zélia com Rita Lee, escrita como um hino feminista em homenagem a escritora, desenhista, jornalista e militante política Patrícia Galvão, nome de destaque do Movimento Modernista de 1922), e Por Enquanto (de Renato Russo).

Uma artista múltipla e eclética 

Em 2004, Zélia lançou o disco Eu Me Transformo em Outras, sobre o qual declara:

“No repertório, minha memória recente e remota, o desejo de homenagear vozes e autores que me fizeram tomar a decisão de também dedicar minha vida à música. Minha Elizeth Cardoso, Araci de Almeida, Sílvia Telles, Ná Ozzetti, Herivelto Martins, Nelson Gonçalves, Wilson Batista, Hermínio Bello de Carvalho, Tom Zé, Itamar Assumpção, Tom e Vinícius, Haroldo Barbosa, Ella Fitzgerald, Luiz Tatit, Cartola, Lula Queiroga, Jacob, Wisnik, Claudionor Cruz, Pedro Caetano…”

Baseado no show homônimo, o disco traz interpretações da cantora que deixam de lado a marca pop que a consagrou para experimentar os caminhos do samba. São 20 canções em que Zélia homenageia todos esses nomes citados acima, como:

  • Janelas Abertas (de Tom Jobim e Vinicius de Moraes);
  • Nega Manhosa (de Herivelto Martins);
  • Jura Secreta (de Sueli Costa e Abel Silva);
  • e Eu Não Sou Daqui (Ataulfo Alves e Wilson Batista).

Em 2005, Zélia lançou o disco Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band, que explora o seu famoso ecletismo e traz diversas parcerias da artista. O álbum abre com a faixa-título, parceria com Lenine.

A balada Benditas é uma parceria com Mart’nália, em que Zélia inicialmente planejava um samba quando enviou a letra para a parceira musicar. O inverso aconteceu ao enviar a letra de Quisera Eu para Lulu Santos musicar como balada, e recebeu de volta um alegre samba. 

Outras canções de destaque são Carne e Osso, parceria com Paulinho Moska, que torna-se tema de abertura da novela Sete Pecados, da Rede Globo, e Mãos Atadas (composição de Simone Saback).

O disco também traz Zélia interpretando quatro parcerias de Itamar Assumpção:

  • Vi Não Vivi (com Christiaan Oyens);
  • Tudo ou Nada e Milágrimas (com Alice Ruiz);
  • e Dor Elegante (com Paulo Leminski).  

Também em 2005, Zélia Duncan foi convidada por sua amiga, a cantora Simone, para participar da gravação de seu DVD Simone Ao Vivo, cantando Não Vá Ainda e A Idade do Céu (versão de Paulinho Moska para a canção La Edad Del Cielo, do uruguaio Jorge Drexler).

Os Mutantes e outras parcerias

Em 2006, Zélia Duncan passou a fazer parte da nova formação de Os Mutantes – substituindo os vocais que um dia foram de Rita Lee – e se unindo aos irmãos Sérgio e Arnaldo Baptista, em uma turnê de reunião do grupo pelo Brasil e pela Europa. 

O histórico show no Barbican Theater, em Londres, foi registrado em CD e DVD e traz clássicos como:

  • Caminhante Noturno (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias);
  • Baby (Caetano Veloso);
  • Top Top (Arnaldo Baptista, Rita Lee, Sérgio Dias e Liminha);
  • Balada do Louco (Arnaldo e Rita);
  • Bat Macumba e Panis Et Circenses (ambas de Gilberto Gil e Caetano Veloso).

Zélia foi bem recebida pelos fãs do grupo e elogiada pela crítica, anunciando sua saída de Os Mutantes só no segundo semestre de 2007.

Ainda em em 2007, a cantora lançou o DVD ao vivo Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band, pelo seu selo, a Duncan Discos.

Em 2008, Zélia se uniu mais uma vez à Simone, para lançar o CD e DVD Amigo é Casa, que traz uma série de canções importantes nas trajetórias das duas artistas, mas que nunca tinham sido gravadas por elas antes, como:

  • Alguém Cantando e Gatas Extraordinárias (ambas de Caetano Veloso);
  •  Petúnia Resedá (de Gonzaguinha);
  • Grávida (de Arnaldo Antunes e Marina Lima);
  • e Encontros e Despedidas (de Milton Nascimento e Fernando Brant).

A turnê do show, marcado pela forte parceria entre as duas, percorre todo o Brasil e passa também por Portugal, sendo um sucesso de público e crítica.

Em 2009, Zélia gravou o disco Pelo Sabor do Gesto, que recebeu uma indicação de Melhor Álbum de MPB no Grammy Latino.

O disco conta com a produção de John Ulhoa (junto com Beto Villares) e com a participação de Fernanda Takai, ambos do Pato Fu, na primeira faixa: Boas Razões, versão de Zélia para a canção De Bonnes Raisons, de Alex Beaupain.

Outras faixas de destaque do álbum são:

  • Todos Os Verbos (de Marcelo Jeneci e Zélia Duncan, e Marcelo participa como músico de todas as faixas do disco);
  • Tudo Sobre Você (de John Ulhoa e Zélia Duncan), Sinto Encanto (de Moska e Zélia);
  • Esporte Fino Confortável (de Chico César e Zélia Duncan, com a participação de Chico);
  • Ambição (de Rita Lee);
  • e Se Um Dia Me Quiseres (parceria com Zeca Baleiro).

Em 2010, Zélia realizou a turnê de divulgação do álbum pelo Brasil e cantou no Festival Sawa Sawa, no Quênia, e no Brazil Film Fest, em Toronto, Canadá.

E ela não pára!

Em 2011, a cantora e compositora niteroiense completou 30 anos de carreira e – em comemoração – gravou o CD e DVD Pelo sabor do Gesto Em Cena (indicado, em 2012, ao Grammy Latino e dirigido pela atriz Ana Beatriz Nogueira). 

Entre as canções, além de sucessos já consagrados: O Tom Do Amor (parceria com Moska e com a participação dele) e Borboleta (de Marcelo Jeneci, Arnaldo Antunes, Alice Ruiz e Zélia Duncan e com a participação de Jeneci).

No mesmo ano, Zélia estreou o espetáculo Totatiando, inspirado na obra de Luiz Tatit e dirigido pela atriz Regina Braga, que virou DVD em 2013, com canções como Felicidade, Sem Destino, Essa é Pra Acabar e De Favor.

Em 2012, Zélia lança o disco Tudo Esclarecido – Zélia Duncan canta Itamar Assumpção, um tributo ao cantor e compositor, de quem a artista é grande admiradora e já havia gravado diversas outras músicas e parcerias em álbuns passados.

Sobre o álbum, a cantora declarou:

“Faz alguns anos, comecei a dizer que, um dia, gravaria um disco só de Itamar Assumpção. Ao longo do tempo e dos meus álbuns, disfarçadamente já fui fazendo isso. Ao todo, 11 faixas, espalhadas pela minha vida fonográfica, já deixavam os rastros de sua importância pra mim, até este momento.

Agora, como se eu tivesse finalmente engolido a orquídea, flor que ele tanto amava, me transformo de uma vez por todas em uma daquelas do seu jardim.

Nos anos 80, só pensava em ir pra Sampa, batalhar uma vaga como sua vocalista. Isso não acontece, mas eu nunca vou deixar de me sentir uma delas. Mastigo suas palavras, mais vivas do que nunca. Elas me dão nutrientes, oxigênio, pétalas, cores, perfumes e cheiros fortes de terra fértil e negra.”

Das 13 faixas do álbum, seis são inéditas e sete são regravações de músicas menos conhecidas. Cinco são parcerias de Assumpção com Alice Ruiz.

A faixa que fecha o álbum, Zélia Mãe Joana, foi um presente do próprio Itamar para Zélia, dada em uma folha de calendário. Ney Matogrosso participa da canção Isso Não Vai Ficar Assim e Martinho da Vila da música É De Estarrecer. 

Em 2015, Zélia Duncan lançou mais um disco dedicado ao samba: Antes do Mundo Acabar, que traz 14 canções – dez inéditas e nove com a assinatura de Zélia com parceiros como:

  • Xande de Pilares (Destino Tem Razão, No Meu País e Olha, O Dia Vem Aí);
  • Arlindo Cruz (Dormiu, mas Acordou);
  • Zeca Baleiro (Antes do Mundo Acabar);
  • e Pedro Luiz (Um Final).

Ainda em 2015, Zélia inaugurou uma coluna semanal no jornal O Globo, um dos veículos de maior circulação nacional.

Paralelamente aos shows, Zélia começou uma incursão pelos palcos também como atriz, ao aceitar o convite do diretor teatral Moacyr Góes para estrear o musical Alegria, Alegria, em São Paulo, em 2017. 

No ano seguinte, também atuou na comédia Mordidas, do argentino Gonzalo de Maria, ao lado de Ana Beatriz Nogueira, Regina Braga e Luciana Braga.

Também em 2017, Zélia lançou o disco Invento +, no qual interpreta Milton Nascimento, acompanhada apenas pelo grande cellista Jaques Morelenbaum. Entre as canções:

  • O Que Foi Feito Deverá;
  •  Ponta de Areia, San Vicente;
  • Travessia;
  • e Encontros e Despedidas (todas de Milton Nascimento e Fernando Brant) e Cais (de Milton com Ronaldo Bastos).

Em 2019, a cantora lançou o disco Tudo É Um, indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. Entre as faixas, destaque para:

  • Canção De Amigo (parceria com Christiaan Oyens);
  • Só Pra Lembrar (parceria com Dani Black, com a participação do artista);
  • Me Faz Uma Surpresa (com Zeca Baleiro, que participa da canção);
  • e Tudo É Um (com Chico César).

Em 2021, Zélia Duncan celebrou 40 anos de carreira e lança o disco Minha Voz Fica, um tributo à compositora mato-grossense Alzira E, irmã de Tetê Espíndola e mãe e Iara Rennó, com canções como:

  • Vai Que (parceria de Alzira com Arruda);
  • Solidão (de Alzira E e Lucina);
  • e Mesmo Que Mal Eu Diga (com Itamar Assumpção).

Alzira E é referência na cena musical independente de São Paulo, com raízes no centro-oeste do país.

No mesmo ano, afinado com a sua alma ativista, a cantora lançou o álbum Pelespírito, que conta com 15 músicas de Zélia Duncan em parceria com o compositor pernambucano Juliano Holanda.

Agora em 2023, Zélia saiu em turnê com o show Um Par Ímpar, em parceria com o amigo de longa data, o cantor e compositor Paulinho Moska.

Viva, ZD!

Por: Lívia Nolla