Se não tivesse nos deixado precocemente em agosto de 1989, aos 44 anos, Raul Seixas – o eterno Maluco Beleza do Brasil – estaria completando 78 anos no dia de hoje.

O cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor baiano foi um dos mais autênticos e geniais artistas que o mundo já conheceu.

Poeta nato, ele foi também um dos pioneiros do rock brasileiro – muitos o consideram o pai do rock no país – e influenciou uma geração de artistas com a sua música, sua irreverência e autenticidade.

Por isso, para celebrar este ícone da nossa música, nós preparamos uma matéria especial em homenagem a Raul Seixas, acompanhada de uma playlist dos seus maiores sucessos.

Raul Seixas foi um dos pioneiros do rock brasileiro | Foto: Divulgação

A inovação de Raul Seixas

Um artista adiante de seu tempo, Raul Seixas lançou 17 discos em 26 anos de carreira e inovou ao misturar o rock’n roll com o baião, trazendo brasilidade ao gênero e introduzindo uma nova vertente musical no Brasil.

Mais tarde e sempre inovador, Raul utilizou-se das influências também do folk, do country e do blues, além de outros ritmos nordestinos e do rock psicodélico.

Ele ocupa a posição 19, na lista dos 100 Maiores Artistas da Música Brasileira, promovida pela Revista Rolling Stone, em 2008.

Sua obra traz canções com mensagens impactantes, que unem protesto e críticas políticas e sociais – com um tom contestador e muitas vezes irônico – a angústias existenciais, misticismo, metafísica e filosofia, com ideais muito particulares.  

Mesmo muitos anos após a sua morte, a obra de Raul Seixas continua vivíssima e cultuadíssima, sendo um dos artistas de maior importância da música brasileira, uma lenda nacional.

Quem nunca ouviu um “Toca, Raul!” vindo da plateia de qualquer show, em qualquer época?

A história de Raul Seixas

O início de tudo

Baiano de Salvador, durante a infância e adolescência, Raul Seixas amava ler e era muito fã de literatura (seu pai possuía uma vasta biblioteca em casa) e também de rock’n roll.

O menino Raul era curioso e estudioso, mas odiava a escola. Ele dizia que tudo o que ele aprendia era nos livros e nas ruas e que a escola não dizia nada do que ele queria saber.

Repetiu cinco vezes a segunda série do ginásio na época, mas – já criança – escrevia e ilustrava livros, que encenava e vendia ao irmão mais novo. Inteligentíssimo, criava personagens e enredos, com tudo o que aprendia nos livros, que eram combustível para a sua imaginação e fantasia.

Raul Seixas já era apaixonado por música e passava horas escutando discos de rock’n roll – principalmente Elvis Presley e Little Richard – e também escutava o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, pelas ruas de sua cidade. Mas, a princípio , ele queria mesmo era ser escritor, como Jorge Amado.

Nos anos 60, Raul montou sua primeira banda de rock, Os Panteras, que tornou-se um sucesso em Salvador, e depois começou a tornar-se conhecida no resto do país, ao acompanhar alguns ídolos da Jovem Guarda – que estavam bombando na época – em seus shows.

Em 1967, Raul Seixas começou um relacionamento com Edith, filha de um pastor protestante americano, que não aceitava o namoro da filha com o músico. Para poder ficar com a garota, Raul – em seis meses – completou o segundo grau, fez cursinho pré-vestibular e passou em Direito, Psicologia e Filosofia.

Em 1966, Raul Seixas conheceu Edith Wisner | Foto: Divulgação/Perfil de Twitter Oficial de Raul Seixas.

Com isso, pôde casar-se com Edith. Logo em seguida, abandonou os estudos, focou no trabalho com Os Panteras e aceitou um convite de Jerry Adriani para ir para o Rio de Janeiro.

Tempos difíceis de Raulzito e Os Panteras

Em 1968, Raulzito e Os Panteras gravaram o seu primeiro e único álbum, que tinha bastante influência da banda inglesa que despontava na época, The Beatles, e seu disco com tons de psicodelismo Lucy in The Sky With Diamonds.

Raul assinava oito das 12 canções (inclusive uma versão ousada da música dos ingleses), mas o disco não foi sucesso nem de crítica, nem de público.

A banda pensava em qualidade musical, mudança de conceitos, sonhos e agnosticismo (Raul Seixas era agnóstico, tendo a crença de que a capacidade humana é incapaz de saber se existem ou não divindades, pois elas são muito além da compreensão do ser humano), mas – ao mesmo tempo – tinha que se adequar a um mercado fonográfico.

Com isso, Raul e os Panteras passaram por muitas dificuldades no Rio de Janeiro, chegando a passar fome, mesmo tocando como banda de apoio do seu grande e primeiro incentivador, Jerry Adriani, em seus shows pela Jovem Guarda – o que fez com que Raul Seixas ganhasse bastante experiência.

O baiano ficou bem abalado com o não sucesso da banda e voltou para Salvador, onde continuou a ler muito sobre filosofia. Mas, logo conheceu um diretor da CBS Discos – mais uma vez com a ajuda de Jerry Adriani – e foi convidado para voltar ao Rio e trabalhar como produtor musical na gravadora, usando todo o seu conhecimento e talento.

Tempos de produtor musical e primeiros discos

Durante o tempo em que trabalhou como produtor na gravadora, Raul fez muitos amigos, contatos e parceiros. Artistas de peso na época começaram a gravar as composições do baiano e também a ser produzidos por ele, como – além de Jerry AdrianiLeno (da dupla Leno e Lilian), Renato e seus Blue Caps e Ed Wilson (todos da Jovem Guarda), além de Odair José.

Muitas composições de Raul Seixas – ainda conhecido como Raulzito – viraram hits nas vozes de outros artistas da CBS Discos.

Mas Raul queria mais. E podia mais. Muito mais. No começo dos anos 70, gravou discos em parceria com Sérgio Sampaio e também com Leno, buscando novos caminhos e experimentações, ambos censurados pela ditadura por conta das letras.

Na parceria com Sérgio Sampaio, Raul já mostrava a união de elementos como o samba, o baião e o choro, misturados às influências do rock de Frank Zappa e do famoso disco Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

Quando foi finalmente lançado, o disco não teve boa aceitação do público e nem da crítica: Raul Seixas ainda era incompreendido em sua genialidade.

VII Festival Internacional da Canção e o primeiro álbum solo de Raul Seixas

Em 1972, Raul – já não mais produtor da gravadora – foi convencido por Sérgio Sampaio a  participar do VII Festival Internacional da Canção.

O cantor compôs duas músicas: a clássica Let Me Sing, Let Me Sing (genial mistura de rock e baião), defendida por ele mesmo, e Eu Sou Eu, Nicuri é o Diabo, defendida por Lena Rios & Os Lobos.

Ambas chegaram à final, obtendo sucesso de crítica e de público e fazendo com que Raul fosse contratado – agora como artista – pela gravadora Phillips, alcançando o auge do seu sucesso pouco tempo depois.

Em 1973, Raul lançou seu primeiro disco solo, Krig-Ha, Bandolo!, que conta com a clássica canção Ouro de Tolo, em que relata sobre seu tempo de dificuldades quando chegou ao Rio de Janeiro e que ele diz ter tido inspiração para compor depois de ter passado uma tarde de meditações e visões de um disco voador.

Começava nesta época o interesse do cantor por extraterrestres, que – depois – refletiu-se em muitas de suas obras e em parceria com o escritor Paulo Coelho, que tem início neste primeiro disco.

Em 2009,  Ouro de Tolo foi escolhida pela revista Rolling Stone Brasil como a 16ª entre as 100 Maiores Músicas Brasileiras. E o disco ocupa a 12ª posição na lista dos 100 Maiores Discos de Música Brasileira, da mesma revista.

O título do álbum faz referência a um grito de guerra do personagem Tarzan, que significa:

“Cuidado, aí vem o inimigo”.

Ouro de Tolo seria também um ataque ao conformismo do país a respeito das ilusórias vantagens oferecidas pela ditadura e o disco voador seria uma referência a uma nova sociedade a ser construída, com despertar da consciência individual, visando à construção do que futuramente o cantor chamaria de Sociedade Alternativa. 

Capa do disco “Krig-Ha, Bandolo!” (1973), de Raul Seixas | Foto: Reprodução

Raul Seixas se inspirou no costume dos falsos alquimistas que, na idade média, prometiam transformar chumbo em ouro, e apresentou uma crítica ácida sobre os sonhos e anseios patéticos da sociedade, em uma letra repleta de críticas sociais e econômicas. Surpreendentemente, a música não foi barrada pela censura.

Também são deste disco as canções icônicas Mosca na Sopa, Metamorfose Ambulante – um verdadeiro retrato de quem foi Raul Seixas e uma de suas músicas mais famosas – e Al Capone (essa última em parceria com Paulo Coelho). 

O curioso é que, neste mesmo ano, o artista gravou um álbum chamado Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock, lançado pela mesma gravadora, mas sem fazer referência a seu nome (apenas como produtor), para não atrapalhar a divulgação do primeiro disco.

Depois que Raul explodiu e tornou-se um fenômeno nacional, o álbum foi creditado com seu nome.

A Sociedade Alternativa e Gita

Em 1974, Raul Seixas e Paulo Coelho lançaram a Sociedade Alternativa – movimento espiritual que tinha até sede alugada, papel timbrado e relatórios mensais – e baseava-se nos preceitos do bruxo inglês Aleister Crowley, um membro da Ordem Hermética da Aurora Dourada, sociedade secreta surgida na Inglaterra, em 1888, que reunia várias vertentes do esoterismo.

O influente ocultista (como é conhecido quem tem conhecimento do oculto ou do paranormal) foi responsável pela fundação de uma doutrina ou filosofia, que batizou de Thelema.

Basicamente, a ideia de Raul e Paulo era criar uma comunidade “thelêmica” no Brasil, onde a lei seguia os preceitos do O Livro da Lei, de Crowley, que diz:

“Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei”, como diria também a canção Sociedade Alternativa, outro dos maiores sucessos de Raul Seixas.

Por conta da Sociedade Alternativa, Raul e Coelho tiveram muitos problemas com a censura, que acreditava que suas letras eram subversivas e um movimento revolucionário contra o governo.

Os dois foram presos pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), torturados e obrigados a se exilar nos Estados Unidos, onde ficaram por pouco tempo, pois o sucesso de Gita – próximo disco de Raul, que havia sido gravado meses antes – foi tanto, que eles voltaram aclamados ao país.

Gita, de 1974, rendeu à Raul Seixas disco de ouro e é considerado seu álbum de maior sucesso. Estão no álbum, além de Sociedade Alternativa, as clássicas Medo da Chuva e a canção que dá nome ao disco, que tornou-se um grande hino (gravada por Rita Lee anos depois, quando a cantora trocou a icônica frase “Foi justamente  num sonho, ele me falou” para “Foi justamente num sonho, que Raul me falou”).

Todas essas canções são em parceria com Paulo Coelho.

Mais sucessos

Em 1975, é a vez do disco Novo Aeon, com a épica balada rock Tente Outra Vez e também com o sucesso A Maçã, ambas de Raul e Paulo em parceria com Marcelo Motta. Este disco traz menos simbologias e misticismo nas letras, que passam a refletir mais os problemas do cotidiano.

O disco ocupa a 53ª posição na lista dos 100 Maiores Discos de Música Brasileira, da Revista Rolling Stone Brasil.

Em 1976, Raul lança o álbum Há 10 Mil Anos Atrás, em que volta ao seu misticismo clássico e que – além do grande sucesso Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás – conta com Meu Amigo Pedro, Eu Também Vou Reclamar e outras canções em parceria com Paulo Coelho, que encerra-se neste disco.

Em 1977, o baiano lança outro álbum com sucessos de rock nacional e internacional, Raul Rock Seixas e, no mesmo ano, o clássico disco O Dia Em Que A Terra Parou, que – além da faixa título – que é uma canção baseada em um sonho real tido por Raul, conta com a canção que o transformou no eterno Maluco Beleza, uma das mais famosas de sua carreira:

“Eu vou ficaaaaar, ficar com certeza, Maluco Beleza”!

Todas as canções do disco são em parceria com o amigo Cláudio Roberto e falam sobre uma busca e um desejo de emancipação pessoal.

A parceria com Cláudio trouxe uma nova simplicidade às canções, que não diminuiu em nada a qualidade estética do trabalho de Raul Seixas

Problemas de saúde e depressão

A partir do ano de 1978, Raul começou a sofrer com problemas de saúde, devido ao abuso no uso principalmente de álcool e também de outras drogas, o que lhe causou uma pancreatite aguda e a perda de 1/3 do pâncreas, pouco depois.

O cantor e compositor começou a beber mais e mais, à medida que não concordava com os direcionamentos dados por sua gravadora ao seu trabalho como artista. Ele se incomodava muito com o fato de a vendagem dos seus discos importar muito mais do que a sua estética musical.

Raul Seixas também passou a enfrentar uma depressão, depois que se separou da terceira esposa. As parceiras de seus dois casamentos anteriores – Vânia e Edith – também tinham mudado-se para os EUA com suas filhas de cada casamento – Simone e Scarlet. Tudo isso somado, o levou a um círculo vicioso de abusos e dificuldades para trabalhar.

Em 1978, Raul ainda lançou o LP Mata Virgem, em que tenta reatar a parceria com Paulo Coelho em algumas canções – sem sucesso. No ano seguinte, foi a vez do álbum Por Quem Os Sinos Dobram, com canções em parceria com Oscar Rasmussen.

Em 1980, após um tempo afastado tratando a pancreatite e também o alcoolismo, o artista lançou o disco Abre-te Sésamo, que conta com os clássicos Rock das Aranha e Aluga-se. Ambas sofreram censura: a primeira por seu conteúdo sexual e a segunda por ser uma forte crítica sobre a relação do governo brasileiro com outros países, principalmente os EUA. 

Anos depois, Aluga-se tornou-se um hino de sucesso, gravado pela banda Titãs. Além dessas, está no disco a canção Ângela, uma homenagem de Raul à sua companheira da época, Kika Seixas, com quem teve sua terceira filha, Vivian. As três canções também são parcerias com Cláudio Roberto

Raul e Angela, a “Kika”

Raul e Angela, a “Kika”. | Foto: Reprodução.

Em 1982, Raul Seixas fez um show bêbado em São Paulo e foi linchado pelo público – que continuava com presença significativa em seus shows, mas não acreditou que era mesmo Raul em cima do palco, achando que tratava-se de um impostor, de tão alterado que o artista estava.

Sem gravadora e contratos e enfrentando uma forte depressão, Raul Seixas afundou-se mais e mais no consumo de bebidas alcoólicas e de drogas.

O revigorante Plunct, Plact, Zuuum

Mas, em 1983, o cantor recebeu uma dose de ânimo, quando foi convidado para gravar o icônico especial infantil Plunct, Plact, Zuuum, da Rede Globo, para o qual compôs a famosa faixa Carimbador Maluco e do qual participou também como ator, dando uma boa guinada e recuperada em sua carreira.

No mesmo ano, lançou o LP Raul Seixas, com o qual ganhou disco de ouro e que conta com, além de Carimbador Maluco, várias faixas em parceria com Kika Seixas.

O disco representa o início da última fase da carreira de Raul, com a mudança pra São Paulo, as dificuldades para manter a carreira, a luta contra a dependência e os problemas de saúde.

Conta também com uma tentativa de mudança na autoimagem do artista, que tentava se estabelecer como um representante do “verdadeiro rock”, em oposição ao novo que surgia naquela época, ao mesmo tempo em que buscava desvincular-se da imagem de “profeta” que tanto sucesso tinha trazido na década anterior e também estar mais perto da família.

Em 1984, o baiano lançou o disco Metrô Linha 743, que conta com – além da faixa título – a canção Mamãe Eu Não Queria, vetada pela censura.

Ambas as faixas fazem referências à época em que Raul Seixas foi interrogado, torturado e exilado por conta da ditadura militar, dez anos antes. O álbum conta também com várias músicas em parceria com Kika, entre elas, a famosa Geração da Luz, em que Raul dá seu recado: 

“Eu já ultrapassei a barreira do som / Fiz o que pude às vezes fora do tom/ Mas a semente que ajudei a plantar já nasceu.

Eu vou / Eu vou me embora apostando em vocês/ Meu testamento deixo minha lucidez / Vocês vão ter um mundo bem melhor que o meu.

Quando algum profeta vier lhe contar / Que o nosso sol tá prestes a se apagar / Mesmo que pareça que não há mais lugar / Vocês ainda tem / A velocidade da luz pra alcançar.”

Em seguida, no mesmo ano, lançou o álbum Raul Seixas Ao Vivo – Único e Exclusivo, com canções em inglês.

Raul Seixas eterno

Mas, pouco tempo depois – em 1985 – Raul teve as portas das gravadoras fechadas novamente para ele, aumentando o seu consumo excessivo de álcool e as internações para tratar a dependência, levando-o a se separar de Kika

O artista realizou um último show em 1985 e depois ficou sem pisar em um palco até 1988, quando fez uma parceria com o músico Marcelo Nova, vocalista da banda Camisa de Vênus, e entrou em turnê com o amigo.

O afastamento dos palcos, acabou gerando uma espécie de ostracismo na carreira de Raul, já que ninguém mais falava sobre ele na imprensa.

Mesmo longe dos palcos, Raul ainda lançou – em 1985 – o disco independente Let Me Sing My Rock´n Roll, organizado por seu fã-clube, Raul Rock Club, e que conta com gravações raras de compactos e participações em LP’s de outros artistas, além de uma introdução e um encerramento falados, que foram gravados em brincadeiras de Raul em estúdio.

O disco conta com o sucesso da faixa título, parceria de Raul Seixas com Nadine Wisner, além de Não Pare Na Pista e Como Vovó Já Dizia, antigas parcerias com Paulo Coelho.

Em 1987, o baiano ainda lançou o álbum Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!, título em alusão ao canto de Elvis Presley, que conta com a clássica canção country-rock Cowboy Fora da Lei, em parceria com Cláudio Roberto), além de uma versão em inglês para o seu clássico Gita.

O álbum fez grande sucesso entre os fãs e ganhou disco de ouro. Sua última esposa, Lena Coutinho, é parceira de Raul em algumas faixas.

Em 1988, Raul Seixas lançou seu último disco solo, A Pedra do Gênesis, que também conta com parcerias com Lena e tem ecos do misticismo que marcou o início de sua carreira. 

O falecimento

Em 1989, Raul se preparava para lançar um disco em parceria com Marcelo Nova: A Panela do Diabo, com o qual fez uma turnê de 50 apresentações pelo Brasil, depois de anos sem pisar nos palcos.

Mas, infelizmente, o Maluco Beleza nos deixou um dia antes do lançamento do álbum, aos 44 anos, vítima de uma parada cardíaca causada pela pancreatite aguda da qual sofria em consequência de seus abusos com álcool e drogas. Raul também era diabético e não havia tomado insulina na noite anterior.

Depois de sua morte, Raul Seixas permaneceu entre as paradas de sucesso e continua fazendo sucesso entre as novas gerações, sendo um ícone nacional, uma lenda da nossa música. 

Foram produzidos vários álbuns póstumos, coletâneas, biografias, peças de teatro, filmes e documentários sobre sua vida e obra. Sua penúltima esposa, Kika Seixas, produziu um livro chamado O Baú do Raul, baseado em escritos dos diários de Raul Seixas desde os seis anos de idade até a sua morte.

Playlist Raul Seixas: 25 sucessos de Raul Seixas

Para homenagear Raulzito no dia do seu aniversário, preparamos uma Playlist Especial com os 25 principais sucessos do artista, listados em ordem cronológica de quando foram lançados.

Então, se você seguir a playlist na sequência, fará uma viagem pela vida e pela obra de Raul Seixas (aliás, você já escutou o Acervo MPB Raul Seixas, uma áudio-biografia exclusiva Novabrasil, que narra detalhes sobre a vida e a obra desse gigante da nossa nossa música?).